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Mundo

Irã ataca Israel após ofensiva dos EUA contra instalações nucleares

Mísseis atingem Tel Aviv e outras cidades; 23 pessoas ficam feridas e conflito ainda não escala

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O Irã lançou uma série de mísseis contra Israel na manhã deste domingo (22), atingindo diretamente Tel Aviv e outras regiões, como resposta ao ataque dos Estados Unidos, que bombardeou três instalações nucleares iranianas na madrugada anterior.

A ofensiva deixou ao menos 23 pessoas feridas e causou graves danos estruturais em bairros residenciais de Tel Aviv, segundo as autoridades locais. “As casas aqui foram atingidas com muita, muita gravidade”, afirmou o prefeito Ron Huldai, destacando a sorte de um dos prédios afetados estar desocupado no momento por estar destinado à demolição.

Os mísseis também atingiram áreas em Haifa, ao norte, e Ness Ziona, ao sul da capital comercial israelense. Em Haifa, escombros cobriram uma praça pública, com lojas e casas ao redor fortemente danificadas.

De acordo com o chefe do serviço de resgate Magen David Adom, Eli Bin, foram registradas 23 vítimas, sendo duas em estado moderado e o restante com ferimentos leves. O exército israelense afirmou que duas salvas de mísseis foram disparadas por volta das 7h30 da manhã (1h30 no horário de Brasília).

Sirenes de alerta soaram em diversas cidades, incluindo Tel Aviv e Jerusalém, com relatos de explosões ouvidas por jornalistas da AFP. A polícia confirmou também a queda de fragmentos de armas no norte do país, nas proximidades do porto de Haifa.

Segundo os militares israelenses, mais de 450 mísseis e cerca de 1.000 drones foram interceptados desde o início da escalada entre Irã e Israel, em 13 de junho.

O ataque dos EUA às instalações nucleares iranianas foi confirmado pelo ex-presidente Donald Trump, que celebrou a ação como “bem-sucedida” em sua rede social Truth Social. “Fordow já era. Agora é tempo para a paz”, declarou Trump, indicando que novas ofensivas podem ocorrer se Teerã não aceitar um acordo.

Israel confirmou que a operação foi coordenada com os Estados Unidos, mas não forneceu detalhes adicionais. Como medida de precaução, o governo israelense decretou que, neste domingo, apenas atividades essenciais estarão autorizadas, com escolas e repartições públicas fechadas em todo o país.

Apesar da troca de ataques, analistas internacionais destacam que a resposta iraniana não representa uma escalada clara do conflito, mas sim a manutenção da retórica agressiva entre os dois rivais regionais.

Redação Saiba+

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Milei obtém vitória legislativa crucial e fortalece rumo do governo argentino

Com cerca de 40% dos votos, o presidente Javier Milei e seu partido garantem base ampliada no Congresso e reforçam a agenda de reformas

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O presidente da Argentina, Javier Milei, comemora os resultados das eleições legislativas Foto: Luis Robayo/AFP

O presidente Javier Milei alcançou uma vitória significativa nas eleições legislativas da Argentina, em que seu partido, La Libertad Avanza, obteve cerca de 40,8% dos votos, superando a oposição peronista e garantindo uma nova condição de poder no Parlamento.

Essa conquista representa um avanço estratégico para o governo, pois permite maior fôlego institucional para impulsionar sua agenda de reformas econômicas, além de reduzir a vulnerabilidade frente a vetos ou entraves parlamentares.

Mesmo sem alcançar absoluta maioria, o resultado dá ao presidente Milei maior credibilidade política e um mandato reforçado para atuar no Congresso. Analistas indicam que o desempenho eleitoral neutraliza o risco de estagnação político-legislativa e abre caminho para o endurecimento ou aceleração de propostas como reformas fiscais, privatizações e abertura de mercados.

A vitória também marca simbolicamente uma virada em relação à derrota sofrida recentemente na província de Buenos Aires, considerada tradicional bastião opositor, na qual Milei havia sido superado por mais de 10 pontos percentuais. Neste pleito, contudo, a base governista conseguiu recuperar terreno e consolidar sua atuação em províncias-chave e grandes centros eleitorais.

Para o mercado, o resultado é interpretado como sinal positivo de estabilidade política e possibilidade de maior previsibilidade nas decisões econômicas. Ao mesmo tempo, cresce a pressão sobre o governo para que traduza o triunfo em avanços concretos para a sociedade – sobretudo em meio a inflação alta, desemprego e insatisfação popular.

Em suma, o governo de Javier Milei sai das urnas com uma base legislativa reforçada, mas entra numa nova fase em que será exigido entregar resultados. A vitória amplia seu horizonte de atuação, mas também amplia as expectativas de governança e eficácia.

Redação Saiba+

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Argentina sob Marel Milei: avanços fiscais e crescente insatisfação social

Após dois anos no governo, as reformas liberais de Javier Milei mostram progresso macroeconômico, mas criam tensões profundas na indústria, emprego e dissonância social

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O presidente Javier Milei segura um megafone ao participar de um comício de campanha em Tres de Febrero, na província de Buenos Aires Foto: Rodrigo Abd/AP

Após dois anos no poder, o presidente Javier Milei transformou a Argentina em um grande laboratório econômico. Suas medidas de ajuste fiscal e reformas liberais provocaram forte impacto na economia, gerando redução da inflação e superávit nas contas públicas, mas também aprofundando tensões sociais e trabalhistas em diversas regiões do país.

A agenda de Milei conseguiu restaurar parte da confiança dos investidores e estabilizar o câmbio, resultados celebrados pelo governo como prova de eficiência da política econômica. No entanto, os custos sociais da transformação são altos: o desemprego aumentou, o setor industrial perdeu fôlego, e os índices de pobreza cresceram, especialmente entre trabalhadores informais e famílias de baixa renda.

A rápida abertura comercial e o corte de subsídios afetaram a indústria nacional, que enfrenta queda na produção e fechamento de fábricas. Muitos empresários alertam para um processo de desindustrialização precoce, que ameaça empregos e compromete a recuperação de longo prazo.

No campo social, as manifestações contra as medidas de austeridade se multiplicam. Sindicatos e movimentos populares denunciam reduções em programas sociais, aumento do custo de vida e concentração de renda. Mesmo assim, Milei mantém apoio de parte da população que acredita na necessidade de “sacrifícios” para reconstruir o país.

Com a economia ajustada, mas o tecido social em tensão, a Argentina entra em uma nova fase de desafios: reconquistar o crescimento com inclusão, estabilizar o emprego e preservar o apoio político para consolidar as reformas. O futuro do governo Milei dependerá da capacidade de equilibrar resultados econômicos com justiça social — e de provar que seu projeto libertário pode ser sustentável.

Redação Saiba+

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Israel retoma ataques em Gaza e ameaça acordo de cessar-fogo mediado pelos EUA

Missão diplomática liderada por enviados de Donald Trump tenta conter escalada de violência após novas ofensivas israelenses

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Fumaça é vista em Khan Younis, no sul de Gaza, após ataque israelense - 20.out.25/Reuters

A tensão voltou a crescer no Oriente Médio. Israel retomou os ataques à Faixa de Gaza nesta segunda-feira (20), apenas dez dias após a assinatura do acordo de cessar-fogo, colocando em risco o frágil plano de paz mediado pelos Estados Unidos.

De acordo com autoridades locais, três palestinos morreram durante uma nova ofensiva israelense no bairro de Tuffah, na Cidade de Gaza. O Exército de Israel afirmou que os disparos ocorreram após a identificação de “terroristas cruzando a linha amarela” na região de Shejaiya, e declarou que continuará a “eliminar qualquer ameaça imediata”.

Enquanto isso, os enviados americanos Steve Witkoff e Jared Kushner, genro do ex-presidente Donald Trump, chegaram a Tel Aviv para tentar preservar o cessar-fogo e se reunirão com membros do governo de Binyamin Netanyahu. O Egito, por sua vez, sediará uma reunião com o Hamas, buscando avançar nas negociações de paz.

Testemunhas relataram disparos de tanques israelenses e afirmam que moradores ainda estão confusos sobre o traçado da área de recuo militar, já que não há sinalizações visíveis no território devastado.

A escalada de violência ocorre em meio a impasses sobre a devolução dos corpos de reféns israelenses. Israel acusa o Hamas de atrasar propositalmente o processo, enquanto o grupo alega dificuldades para recuperar corpos soterrados sob escombros.

O primeiro-ministro Netanyahu também anunciou que a passagem de Rafah, na fronteira com o Egito, permanecerá fechada por tempo indeterminado, condicionando sua reabertura ao cumprimento integral do acordo.

O plano de paz idealizado pelo ex-presidente Trump enfrenta agora seus maiores desafios, com pendências sobre o desarmamento do Hamas, a governança futura de Gaza e o avanço na criação de um Estado palestino — pontos ainda sem consenso entre as partes envolvidas.

Redação Saiba+

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