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Páscoa: história, significado e curiosidades

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Ovos de chocolate são uma opção de presente tradicional durante a Páscoa (Foto: Banco de imagens)

A Páscoa é, para milhões de pessoas ao redor do mundo, um momento de reflexão, celebração e união familiar. No entanto, por trás dos ovos de chocolate e do simpático coelho, há uma rica história que mistura tradições religiosas, elementos culturais e até lendas pagãs. A seguir, entenda as origens e o significado dessa data tão simbólica.

Páscoa cristã e judaica: origens distintas, datas próximas

Para os cristãos, a Páscoa marca a ressurreição de Jesus Cristo, três dias após sua crucificação. É considerada a celebração mais importante do calendário religioso cristão, simbolizando a vitória da vida sobre a morte e a esperança da salvação.

Já para os judeus, a celebração da Páscoa, conhecida como Pessach (ou “passagem”, em hebraico), relembra a libertação do povo hebreu da escravidão no Egito, há mais de 3 mil anos. Embora tenham significados completamente distintos, as datas se aproximam por uma razão histórica: Jesus Cristo, segundo relatos bíblicos, teria celebrado a Pessach antes de ser crucificado.

Ovos, coelhos e deusa Ostara: tradições que atravessaram os séculos

Muito antes do cristianismo, povos do hemisfério norte já celebravam a chegada da primavera com rituais que homenageavam a fertilidade, a renovação e o renascimento. Um dos cultos mais populares era à deusa Ostara, da mitologia nórdica e germânica, associada à fertilidade e à renovação da vida.

Durante essas festas, era comum o uso de ovos decorados e a presença de coelhos e lebres, animais que simbolizavam a chegada do calor e o despertar da natureza após o inverno. Esses costumes pagãos foram gradualmente incorporados à Páscoa cristã, ganhando novas formas e significados.

A evolução dos ovos de chocolate

Os ovos como símbolo de Páscoa têm origens muito antigas. No século 13, o rei Eduardo I da Inglaterra presenteava sua corte com ovos de galinha pintados com folhas de ouro. Com o tempo, os ovos passaram a ser decorados manualmente e trocados entre amigos como símbolo de boa sorte.

Foi apenas no século 19 que o chocolate entrou para a tradição. Em 1847, a empresa Fry’s — hoje parte da Cadbury — criou a primeira barra de chocolate sólida. Anos depois, surgiram os primeiros ovos de Páscoa de chocolate, que inicialmente eram considerados artigos de luxo e prestígio.

A popularização só veio décadas depois, com a produção em larga escala e preços mais acessíveis, especialmente a partir da década de 1970. No Brasil, os ovos de Páscoa se tornaram uma tradição forte, com destaque até para o maior ovo de chocolate do mundo, que fica na cidade catarinense de Pomerode, reconhecido oficialmente pelo Guinness World Records.


Hoje, a Páscoa é celebrada de maneiras diversas ao redor do mundo, unindo fé, cultura, tradições e, claro, muito chocolate. Independentemente da crença ou costume, o espírito da data segue sendo o mesmo: renovação, esperança e recomeço.

Redação Saiba+

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Ex-presidente sul-coreano é acusado de suborno às vésperas da eleição

Moon Jae-in, do mesmo partido do favorito nas pesquisas, é acusado de troca de favores envolvendo nomeação pública e emprego para familiar.

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Moon Jae-in, então presidente da Coreia do Sul, em 2021 - Foto: Brendan Smialowski

A turbulência política na Coreia do Sul ganhou um novo capítulo nesta quinta-feira (24) com o indiciamento do ex-presidente Moon Jae-in, de 72 anos. O ex-mandatário, que governou o país entre 2017 e 2022, é acusado pela Promotoria de ter nomeado o ex-parlamentar Lee Sang-jik para um cargo público em troca de um favor envolvendo seu genro.

De acordo com as investigações, Lee teria garantido um emprego ao familiar de Moon em uma empresa tailandesa controlada por ele entre 2018 e 2020. Como contrapartida, o então presidente o nomeou chefe de uma agência governamental voltada ao fomento de pequenas empresas e startups. A Promotoria considera o salário pago ao genro uma forma de propina. Moon e Lee foram formalmente indiciados por suborno, e o ex-deputado também responderá por abuso de confiança.

O escândalo estoura a menos de dois meses das eleições presidenciais antecipadas, marcadas para 3 de junho, e promete abalar ainda mais o cenário político do país. Moon é filiado ao Partido Democrata, o mesmo do atual líder nas pesquisas, Lee Jae-myung, que perdeu a última eleição por uma margem apertada de 0,73 ponto percentual.

A crise institucional se agravou desde dezembro, quando o então presidente Yoon Suk Yeol — sucessor direto de Moon — tentou impedir investigações contra si em uma tentativa de autogolpe. O episódio resultou em seu impeachment e breve prisão. Ele foi solto no mês passado, após um tribunal apontar falhas processuais, mas ainda responde por insurreição e pode ser condenado à prisão perpétua ou até à pena de morte — embora o país não execute sentenças capitais há décadas.

Com Moon indiciado, Yoon em julgamento e o pleito se aproximando, a Coreia do Sul atravessa sua maior instabilidade política em anos. A Reuters informou que não conseguiu contato com os advogados de defesa de Moon e Lee até o momento.

Redação Saiba+

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Trump mira universidades e FMI em nova ofensiva nacionalista

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Donald Trump assina novos decretos com foco em doações estrangeiras para universidades, agências de credenciamento e políticas de igualdade e inclusão. Foto: Haiyun Jiang/The New York Times

O presidente Donald Trump iniciou uma nova fase de sua estratégia política mirando dois alvos centrais de sua retórica: o sistema educacional americano e a influência da China nas instituições globais. Em um movimento coordenado, Trump assinou uma série de decretos executivos que endurecem o controle sobre universidades e agências de credenciamento, ao mesmo tempo em que seu governo amplia o embate com o Fundo Monetário Internacional (FMI), prometendo restaurar a liderança americana no cenário econômico internacional.

Controle sobre universidades e financiamento estudantil

Na quarta-feira (24), Trump assinou decretos que obrigam as universidades americanas a uma maior transparência sobre doações estrangeiras com foco especial em recursos oriundos da China, e propôs a reformulação das agências de credenciamento que avaliam instituições de ensino. Essas agências são essenciais para a liberação de mais de US$ 120 bilhões anuais em bolsas e empréstimos estudantis do governo federal.

“A ideologia DEI (Diversidade, Equidade e Inclusão) está destruindo o nosso sistema educacional”, declarou Trump. “Essas agências precisam focar em qualidade de ensino e empregabilidade, e não em política identitária.”

A medida reacende um embate com instituições como a Universidade de Harvard, acusada pela Casa Branca de omitir informações sobre doações estrangeiras. A universidade nega irregularidades e denuncia interferência governamental na liberdade acadêmica. Segundo o novo decreto, universidades que violarem a lei poderão ter seus repasses federais suspensos.

Estados Unidos querem mais poder no FMI

Simultaneamente, o governo Trump, por meio do secretário do Tesouro Scott Bessent, lançou críticas duras ao FMI e ao Banco Mundial, acusando ambas as instituições de se afastarem de seus objetivos originais ao priorizarem temas como mudança climática e questões sociais. Em discurso no Institute of International Finance, Bessent defendeu que o Fundo deve focar exclusivamente na estabilidade financeira global e deixar de lado “pautas ideológicas”.

“O FMI precisa parar de subsidiar a superprodução chinesa com políticas ineficazes. Os países devem consumir mais, poupar menos e equilibrar suas economias. E o Fundo deve cobrar isso”, disse Bessent, prometendo usar o poder de veto dos EUA — que detêm 16,49% dos votos no conselho do FMI — para barrar políticas que, segundo ele, favorecem adversários estratégicos como a China.

Agenda nacionalista ganha fôlego

Os movimentos reforçam o projeto trumpista de restaurar a liderança global dos EUA por meio do endurecimento das políticas internas e do reposicionamento estratégico das instituições multilaterais. Para críticos, as ações representam interferência direta na autonomia educacional e diplomática do país. Já os aliados de Trump comemoram o que chamam de “retomada da soberania americana”.

O deputado republicano Tim Walberg (Michigan) resumiu o espírito da nova ofensiva:

“A China está usando nossas universidades para nos enfraquecer. Chegou a hora de colocar um fim nisso.”

Com foco em disciplina interna e hegemonia internacional, Trump sinaliza que sua visão de governo vai além da política doméstica — e mira nas engrenagens do sistema global.

Redação Saiba+

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Efeito Trump: FMI reduz previsão de crescimento do Brasil

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Foto: Reprodução

O Fundo Monetário Internacional (FMI) diminuiu a expectativa de crescimento da economia global após o governo dos Estados Unidos, comandado por Donald Trump, adotar novas tarifas comerciais. A medida deve impactar o mundo todo, com efeitos considerados os maiores em 100 anos, segundo o próprio fundo.

O Brasil também foi afetado, mas de forma mais branda. A previsão de crescimento do país para 2025 e 2026 caiu de 2,2% para 2%, uma redução de 0,2 ponto percentual. Já outras economias, como China e Estados Unidos, sofreram cortes mais significativos nas projeções.

A nova análise faz parte do relatório Perspectivas Econômicas Mundiais de abril, que atualiza os dados divulgados em janeiro. O crescimento global, que antes era estimado em 3,3% para 2025, agora deve ser de 2,8%. Em 2026, a projeção caiu de 3,3% para 3%.

O economista-chefe do FMI, Pierre-Olivier Gourinchas, afirmou que estamos entrando em uma “nova era”, com mudanças profundas no sistema econômico global, que já dura cerca de 80 anos. Segundo ele, as tarifas comerciais impostas pelos EUA representam um choque de grandes proporções.

Entre os países mais impactados está a China, cuja previsão de crescimento em 2025 caiu de 4,6% para 4%. Já os Estados Unidos, epicentro das novas medidas, tiveram a projeção para 2024 reduzida para 1,8%, quase 1 ponto percentual a menos do que o previsto anteriormente.

Redação Saiba+

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