Mundo
As frases inesquecíveis do Papa Francisco: de Tinder a aborto

Durante os 12 anos em que liderou a Igreja Católica, o Papa Francisco marcou seu pontificado não apenas pelas ações, mas pelas palavras. Com um estilo direto, humilde e surpreendentemente moderno, ele foi capaz de atravessar fronteiras religiosas e políticas, levando reflexões profundas e muitas vezes, polêmicas, para o centro do debate público mundial.
Francisco morreu nesta segunda-feira, 21 de abril, um dia após celebrar a Páscoa. Sua partida encerra um ciclo de liderança espiritual marcado por gestos simbólicos e posicionamentos firmes em temas como desigualdade, meio ambiente, imigração, conservadorismo, direitos das mulheres e até mesmo aplicativos de relacionamento.
Confira algumas das frases mais marcantes do pontificado de Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco:
Sobre a Igreja e os pobres:
“Como gostaria de uma Igreja pobre para os pobres!” — 16 de março de 2013, logo após sua eleição.
Sobre os homossexuais:
“Se uma pessoa é gay e busca o Senhor e tem boa vontade, quem sou eu para julgá-la?” — 29 de julho de 2013, durante voo de volta do Brasil.
Sobre o aborto:
“É justo contratar um assassino de aluguel para resolver um problema? Não. Não é justo eliminar uma vida humana.”, 10 de outubro de 2018, homilia no Vaticano.
“No século passado, o mundo se escandalizou com os nazistas. Hoje, fazemos o mesmo com luvas brancas.”, 16 de junho de 2018, sobre aborto em casos de malformação.
Sobre o papel da mulher na Igreja:
“As mulheres teólogas na Igreja são como morangos no bolo: necessárias.” 5 de dezembro de 2014.
Sobre os jovens e o Tinder:
“Os jovens têm essa ânsia de se conhecer, e isso é muito bom.” resposta em documentário, ao ouvir falar sobre o Tinder.
Sobre escândalos e a imprensa:
“A mídia não deve cair na doença da coprofilia, a obsessão por escândalos e sujeira.” 7 de dezembro de 2016.
Sobre celulares na missa:
“Fico triste ao ver celulares erguidos durante a missa, inclusive de padres e bispos. A missa não é um espetáculo.” 8 de novembro de 2017.
Sobre o clero e suas “doenças espirituais”:
Citou problemas como “Alzheimer espiritual”, “coração de pedra”, “cara fúnebre” e “esquizofrenia existencial” em mensagem de Natal à cúria, em 2014.
Sobre si mesmo:
“Eu também, quando rezo, às vezes acabo adormecendo.” 31 de outubro de 2017.
Sobre a fé e o respeito:
“Se alguém fala mal da minha mãe, pode esperar um soco. Não se pode zombar da fé.”, 15 de janeiro de 2015.
Uma voz ética em um mundo em crise
Francisco não foi apenas o primeiro papa latino-americano, foi também um dos mais politicamente influentes da história recente. Seu discurso público confrontou desigualdades, denunciou abusos do capitalismo, combateu o autoritarismo e promoveu o acolhimento de migrantes.
Seu estilo pastoral se contrastava com os muros que o mundo erguia. Em vez do silêncio conveniente, preferiu a palavra profética. Lavou os pés de refugiados, denunciou guerras, abraçou os marginalizados, tudo isso sem perder o tom firme com aqueles que promoviam o ódio, a exclusão e a intolerância.
Apesar de não ter conseguido grandes reformas internas na Igreja, Francisco se impôs no cenário global como uma consciência ativa, uma presença que lembrava, até o último dia, que a fé não pode se dissociar da justiça social.
Mundo
Efeito Trump: FMI reduz previsão de crescimento do Brasil

O Fundo Monetário Internacional (FMI) diminuiu a expectativa de crescimento da economia global após o governo dos Estados Unidos, comandado por Donald Trump, adotar novas tarifas comerciais. A medida deve impactar o mundo todo, com efeitos considerados os maiores em 100 anos, segundo o próprio fundo.
O Brasil também foi afetado, mas de forma mais branda. A previsão de crescimento do país para 2025 e 2026 caiu de 2,2% para 2%, uma redução de 0,2 ponto percentual. Já outras economias, como China e Estados Unidos, sofreram cortes mais significativos nas projeções.
A nova análise faz parte do relatório Perspectivas Econômicas Mundiais de abril, que atualiza os dados divulgados em janeiro. O crescimento global, que antes era estimado em 3,3% para 2025, agora deve ser de 2,8%. Em 2026, a projeção caiu de 3,3% para 3%.
O economista-chefe do FMI, Pierre-Olivier Gourinchas, afirmou que estamos entrando em uma “nova era”, com mudanças profundas no sistema econômico global, que já dura cerca de 80 anos. Segundo ele, as tarifas comerciais impostas pelos EUA representam um choque de grandes proporções.
Entre os países mais impactados está a China, cuja previsão de crescimento em 2025 caiu de 4,6% para 4%. Já os Estados Unidos, epicentro das novas medidas, tiveram a projeção para 2024 reduzida para 1,8%, quase 1 ponto percentual a menos do que o previsto anteriormente.
Mundo
“O Rei dos Reis” leva crianças à conversão, diz Ana Paula Valadão
A animação, que já teve estreia histórica, emociona crianças e adultos ao recontar a vida de Jesus com sensibilidade e criatividade.

A líder e fundadora da banda Diante do Trono, Ana Paula Valadão, é mais uma entre os milhares de brasileiros impactados pelo filme O Rei dos Reis. Em vídeo publicado nas redes sociais, a cantora exaltou a produção e afirmou que, em países onde o longa já estreou, muitas crianças têm se convertido a Cristo após assistirem à história.
A animação, dirigida pelo sul-coreano Seong-ho Jang, está em cartaz nos cinemas de todo o país com sessões lotadas nas cinco regiões do Brasil. A obra tem mobilizado famílias inteiras, fortalecendo ainda mais a presença das produções religiosas nas telonas.
Inspirado na obra A Vida de Nosso Senhor, escrita por Charles Dickens entre 1846 e 1849, o filme narra momentos marcantes da vida de Jesus Cristo sob a ótica de uma criança. A narrativa emociona por sua abordagem sensível, criativa e profundamente espiritual.

Reprodução: Instagram
Produzido pelo Angel Studios, responsável por sucessos como The Chosen: Os Escolhidos e Som da Liberdade, o filme conta com um elenco renomado na dublagem original: Kenneth Branagh como Charles Dickens, Uma Thurman como Catherine Dickens, Pierce Brosnan como Pôncio Pilatos, Mark Hamill como Rei Herodes e Forest Whitaker como Pedro.
Nos Estados Unidos, O Rei dos Reis fez história ao se tornar a maior estreia de uma animação cristã, superando o clássico O Príncipe do Egito (1998), que havia arrecadado US$ 14 milhões no fim de semana de estreia. No Brasil, o filme segue a mesma trilha de sucesso, atraindo públicos de todas as idades em busca de fé, arte e reflexão.
Ana Paula finalizou seu vídeo com um convite aos seguidores:
“Levem suas famílias. Esse filme pode marcar gerações.”
Mundo
Dom Odilo diz que próximo papa pode ser africano

Após a morte do Papa Francisco, na madrugada desta segunda-feira (21), o cardeal dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, comentou o futuro da Igreja Católica e o perfil desejado para o novo pontífice. Em entrevista concedida na Catedral da Sé, o religioso destacou o legado de Francisco e disse que ninguém deve esperar uma cópia exata do papa recém-falecido.
“O próximo papa será uma pessoa humana, não um robô”, afirmou.
Dom Odilo, que deverá participar do conclave que elegerá o novo papa, também reforçou a possibilidade de um sucessor não europeu. “O colégio de cardeais hoje é muito mais internacional. Ninguém deveria se surpreender se for um cardeal africano ou asiático”, disse. Ele ressaltou que 80% dos cardeais atuais foram nomeados pelo próprio Francisco, muitos vindos de regiões como África, Ásia e América Latina.
Rebatendo rótulos como “progressista” ou “conservador”, dom Odilo afirmou que a Igreja é fiel ao Evangelho, e, por isso, defende tanto valores tradicionais quanto causas como justiça social e cuidado com imigrantes.
“A preocupação com a paz, os pobres e a dignidade humana não é ideológica, é cristã”, pontuou.
Ele também elogiou a firmeza do Papa Francisco no combate aos abusos sexuais no clero. “Foi ele quem tomou medidas drásticas para corrigir essa chaga moral que afeta a Igreja”, afirmou, reconhecendo os avanços iniciados pelos papas João Paulo II e Bento XVI, mas aprofundados por Francisco.
Dom Odilo recebeu com pesar, mas sem surpresa, a notícia da morte do pontífice. Segundo ele, os sinais de fragilidade do papa como o uso constante de cadeira de rodas e medicamentos, já indicavam que sua saúde estava em declínio.
“A pneumonia foi um golpe forte”, avaliou.
Questionado com humor sobre uma possível candidatura ao papado, o arcebispo desconversou:
“Todos têm direito de torcer”, brincou. Em 2013, dom Odilo chegou a ser citado como um dos favoritos no conclave que elegeu o argentino Jorge Mario Bergoglio como Papa Francisco.
Atualmente com 75 anos, dom Odilo já solicitou a renúncia ao comando da Arquidiocese de São Paulo, conforme previsto pela norma da Igreja. Francisco, no entanto, pediu que ele permanecesse até o fim de 2026.
Com a morte do primeiro papa latino-americano da história, a Igreja inicia um novo capítulo. Mas, como lembrou dom Odilo, o espírito de Francisco deve permanecer vivo:
“Ninguém espere um papa que não cuida dos pobres ou que seja a favor da guerra. A essência do Evangelho continua”.
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