Saúde
Raissa Soares desafia Ministério da Saúde e expõe efeitos da vacina infantil
Médica percorreu o Paraná alertando pais sobre riscos das injeções contra a Covid-19 em crianças
A médica Dra. Raissa Soares, conhecida por seu posicionamento crítico durante a pandemia da Covid-19, foi convocada pelo deputado estadual Ricardo Arruda (PL-PR) para liderar uma caravana em defesa da proteção à infância no Paraná. A iniciativa tem como foco alertar sobre os riscos da vacinação infantil contra a Covid-19 e denunciar o que os organizadores chamam de “crise de saúde silenciosa” instalada no país desde o início da campanha de imunização.
A ação, que conta com o apoio do World Council for Health, entidade internacional com atuação em 44 países, tem percorrido diversas cidades do estado, promovendo audiências públicas e encontros com pais e profissionais da saúde. Ao longo da caravana, Dra. Raissa Soares tem apresentado seus protocolos de atendimento e reforçado seu posicionamento contra o uso de vacinas de RNA mensageiro em crianças.
“A aplicação desses imunizantes em crianças é precipitada e irresponsável. Estamos tratando de um tipo de terapia genética que pode alterar o funcionamento do corpo humano de forma irreversível”, declarou a médica durante um dos eventos.
A médica afirma já ter tratado mais de 7 mil pacientes com Covid-19 e cerca de 2.500 com sintomas que associa à “síndrome Spike” — condição que, segundo ela, estaria relacionada às vacinas ou ao próprio vírus. Raissa relata taxa de sucesso superior a 90% com seu protocolo alternativo de tratamento.

Além das falas médicas, a caravana também contou com a participação de dois advogados representantes do World Council for Health, que esclareceram os direitos dos pais quanto à recusa da vacinação infantil. Segundo eles, os responsáveis legais têm autonomia para decidir sobre a saúde dos filhos, especialmente em casos de vacinas sem comprovação definitiva de eficácia e segurança.
As transmissões ao vivo realizadas no canal oficial da Dra. Raissa no YouTube ampliaram o alcance da caravana, que tem gerado grande repercussão nacional e reaberto discussões sobre imunização obrigatória, transparência de dados e possíveis efeitos adversos não divulgados amplamente à população.
Para os organizadores, o movimento marca um momento decisivo na conscientização dos brasileiros sobre as consequências médicas, sociais e jurídicas da pandemia. “A ciência precisa de debate e não de censura”, concluiu Dra. Raissa Soares.
Saúde
Nova grade de Medicina inclui robótica e telemedicina. Veja
Conselho Nacional de Educação discute nova diretriz para cursos de Medicina no Brasil; proposta prevê 10% da carga horária voltada à tecnologia e reforço nos estágios práticos

O ensino da Medicina no Brasil está prestes a passar por uma reformulação significativa. O Conselho Nacional de Educação (CNE) discute a atualização das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) do curso, em vigor desde 2014, com o objetivo de alinhar a formação médica às inovações tecnológicas e às necessidades emergentes do sistema de saúde.
Entre os principais pontos da proposta está a destinação de 10% da carga horária do curso para atividades voltadas ao uso de tecnologias como telemedicina, robótica e inteligência artificial aplicadas ao diagnóstico e tratamento médico. A atualização visa integrar o estudante ao que há de mais moderno na prática clínica, sem perder o foco na humanização e no atendimento primário à população.
“A técnica deve estar atrelada à Medicina, não ser um fim em si mesma. O aluno precisa ver na prática como essas tecnologias se aplicam, por exemplo, em uma cirurgia de pulmão com uso de robôs”, afirmou Elizabeth Guedes, relatora das novas diretrizes e presidente do conselho deliberativo da Associação Nacional das Universidades Particulares (Anup).
Além do foco tecnológico, as novas DCNs devem reforçar a importância das atividades práticas — como os internatos obrigatórios nos níveis primário (postos de saúde), secundário (ambulatórios e maternidades) e terciário (hospitais). O papel do SUS e da atenção básica continuará como base da formação, mas com maior responsabilidade atribuída à preceptoria e aos estágios supervisionados.
A proposta também está em sintonia com medidas recentes do Ministério da Educação (MEC), como a criação do Exame Nacional da Formação Médica (Enamed), que será aplicado anualmente e servirá como critério para ingresso em residências médicas. Outra frente anunciada é a mudança no modelo de avaliação dos cursos de Medicina, com foco na prática clínica e nos ambientes reais de atendimento.
A qualidade do ensino médico é uma preocupação crescente diante da rápida expansão de vagas nos últimos anos. Desde 2013, mais de 50 mil médicos se formaram em cursos com nota mínima nas avaliações do MEC, número que representa 21% do total de egressos da área.
A Associação Brasileira de Educação Médica (Abem), que entregou ao CNE uma proposta construída com a participação de mais de 3 mil profissionais da área, defende que os novos médicos devem estar aptos a usar “tecnologias digitais da informação, sistemas de saúde digital e inteligência artificial” em todos os níveis de atenção, gestão e educação médica.
A expectativa é que a versão final das novas diretrizes seja aprovada em agosto, após uma nova rodada de consulta pública. Uma vez aprovada pelo CNE, a proposta seguirá para homologação pelo ministro da Educação, Camilo Santana.
A mudança representa um marco importante na tentativa de modernizar a formação médica no Brasil, equilibrando inovação tecnológica com compromisso social e excelência prática.
Saúde
Lagartixa em casa: vilã ou aliada? Saiba mais
Pequenas e ágeis, as lagartixas podem assustar à primeira vista, mas são inofensivas e desempenham papel importante no controle de pragas urbanas

Presença constante em lares brasileiros, especialmente durante a noite, as lagartixas costumam causar surpresa — e até certo desconforto — quando surgem repentinamente nas paredes ou tetos. Mas afinal, por que esses pequenos répteis aparecem dentro de casa? E sua presença é algo bom ou ruim?
De acordo com o herpetólogo Miguel Trefaut Rodrigues, professor do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP), a espécie mais comum nas residências é a Hemidactylus mabouia, conhecida como lagartixa-de-parede. “Ela veio da África, provavelmente trazida nos navios negreiros, e se espalhou amplamente pelo território brasileiro”, explica o especialista. Com cerca de 7 centímetros, elas são adaptadas ao ambiente urbano e se escondem durante o dia, surgindo à noite em busca de alimento.

Lagartixa: Hemidactylus mabouia é a espécie mais comum encontrada dentro de casa. Foto: Vinicius Rodrigues de Souza/Adobe Stock
Por que as lagartixas entram nas casas?
As lagartixas são atraídas por locais que oferecem abrigo, temperatura amena e, principalmente, alimento. Como são animais ectotérmicos — ou seja, que dependem do ambiente para regular sua temperatura corporal —, elas preferem ambientes quentes e com frestas ou cantos escuros para se proteger. Fontes de luz também as atraem indiretamente, pois iluminam o caminho para insetos como mosquitos, mariposas e baratas, que fazem parte de sua dieta.
Lagartixa faz mal?
Apesar de causarem certo incômodo visual, lagartixas não oferecem risco à saúde humana. Pelo contrário, são grandes aliadas no controle biológico de pragas urbanas, ajudando a reduzir a população de mosquitos, inclusive os transmissores de doenças como o Aedes aegypti. Elas também se alimentam de baratas, aranhas, escorpiões e traças.
“Elas não são venenosas, não transmitem doenças e não representam qualquer ameaça direta”, garante Rodrigues.
E a tal ‘doença da lagartixa’?
Um dos mitos mais comuns é o de que lagartixas transmitem doenças aos humanos. No entanto, o único risco real identificado está relacionado aos gatos. A chamada platinosomose felina é uma parasitose transmitida aos felinos pela ingestão da lagartixa ou de outros répteis infectados. Ainda assim, é um caso isolado e restrito ao mundo animal.

Thecadactylus rapicauda, espécie de lagartixa encontrada na Amazônia, que chega a 12 centímetros de comprimento. Foto: BENNY TRAPP/Adobe Stock
Como lidar com lagartixas sem machucá-las?
Para quem não quer conviver com as lagartixas dentro de casa, a dica do especialista é clara: “Capture com cuidado e solte em outro ambiente”. Esses animais têm a pele delicada e podem soltar a cauda como mecanismo de defesa — processo conhecido como autotomia caudal. A cauda se regenera, mas o susto pode ser desnecessário para ambos os lados.
Mitos populares
A lagartixa ainda é cercada por lendas urbanas sem embasamento científico. Entre as mais conhecidas: “lagartixa dá coceira”, “só solta se chover” ou “morde e não larga mais”. Todas infundadas. Segundo Rodrigues, essas ideias vêm da confusão com outros répteis, como as osgas em Portugal, e se perpetuam principalmente em regiões mais afastadas.
No fim das contas, se você encontrar uma lagartixa pela casa, o melhor a fazer é agradecer: ela está apenas fazendo seu trabalho de forma discreta e eficaz.
Saúde
Brasil tem 50 mil médicos de cursos mal avaliados
Mais de 20% dos médicos formados na última década saíram de faculdades com notas baixas no Enade; debate sobre qualidade e regulação volta à pauta com força

O Brasil formou, entre 2013 e 2023, quase 230 mil médicos. Desse total, cerca de 50 mil profissionais (21,4%) se graduaram em instituições que receberam as piores notas (1 e 2) no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), segundo levantamento feito pelo consultor Alexandre Nicolini a partir de dados oficiais do MEC. A informação acende um alerta: o que fazer com dezenas de milhares de médicos vindos de cursos de qualidade questionável?
O ensino de Medicina movimenta um mercado bilionário. Com mensalidades que ultrapassam os R$ 9 mil, evasão quase nula e alta demanda, cada vaga representa cerca de R$ 2 milhões em receita para as instituições privadas. Nos últimos 10 anos, o número de estudantes dobrou, superando os 40 mil ingressantes anuais — grande parte motivada pela expansão promovida pelo programa Mais Médicos, a partir de 2013.
A tentativa de frear o crescimento descontrolado veio em 2018, com uma moratória para novos cursos. Mas liminares em massa e decisões judiciais derrubaram parte da iniciativa, até que o Supremo Tribunal Federal decidiu, em 2024, que novas vagas só poderiam ser autorizadas se seguissem critérios regionais de carência médica — como previa originalmente o Mais Médicos.
Apesar disso, a qualidade continua sendo um desafio central. O último Enade, divulgado em abril, mostrou que os cursos novos — em especial os privados — têm desempenho inferior aos mais tradicionais. Na capital paulista, apenas duas faculdades privadas de Medicina atingiram nota máxima: a Santa Casa e a Faculdade Albert Einstein, ambas sem fins lucrativos.
Para enfrentar a situação, o Ministério da Educação anunciou uma nova prova anual obrigatória para formandos em Medicina, que não impacta o diploma, mas será usada como critério para entrada na residência médica. Ainda assim, os médicos poderão atuar como generalistas, sem especialização formal.
Já o Conselho Federal de Medicina (CFM) vai além: defende a criação de um exame nos moldes da OAB, exigido para o exercício da profissão. A proposta tramita no Congresso Nacional e é alvo de debates acalorados. Críticos alegam que a medida fere a autonomia universitária, cria uma reserva de mercado e pode levar instituições a focar apenas na aprovação no exame, prejudicando a formação integral.
Enquanto isso, milhares de médicos já estão em atividade. Sem mecanismos eficazes de controle de qualidade, a saúde pública e privada do país corre riscos. O momento exige uma resposta clara: o Brasil precisa qualificar melhor seus profissionais de saúde para garantir atendimento digno à população.
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