Política
Lula mira neutralidade de partidos de centro e direita em 2026
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Com o apoio formal dos principais partidos de centro e direita cada vez mais improvável, o presidente Lula (PT) e aliados do Palácio do Planalto articulam uma nova estratégia para as eleições de 2026: garantir que União Brasil, PSD, MDB, PP e Republicanos adotem posição de neutralidade no primeiro turno. O objetivo é evitar que essas siglas se alinhem oficialmente com um candidato do campo bolsonarista, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Essas cinco legendas controlam 11 ministérios e foram fundamentais para sustentar a governabilidade de Lula até aqui, dada a composição minoritária da esquerda no Congresso. Ainda assim, o cenário mudou. A queda de popularidade do presidente, associada a desgastes com o Congresso e a crises como a do Pix, INSS e IOF, minaram o entusiasmo dessas siglas com uma eventual reeleição petista.
Até pouco tempo, havia conversas para que MDB ou PSD indicassem o vice de Lula em 2026. Hoje, essa possibilidade é vista como remota, inclusive por lideranças do próprio PT. Assim, a ordem é minimizar danos: garantir que, mesmo sem apoio institucional, alas regionais desses partidos não se alinhem a adversários do governo.
A movimentação remete ao segundo turno de 2022, quando nenhuma das cinco legendas apoiou formalmente Lula, mas o petista contou com o suporte informal de nomes como Simone Tebet (MDB), hoje ministra do Planejamento. Agora, a expectativa é repetir esse modelo, com alianças regionais e dissidências internas.
Dentro do MDB, o grupo de Tebet, o governador Helder Barbalho (PA) e o senador Renan Calheiros (AL) são considerados aliados firmes de Lula. No Republicanos, o ministro Silvio Costa Filho (Portos) tende a seguir com o Planalto. Já no PSD, o ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia) declarou publicamente apoio à reeleição do presidente. O governo também aposta em nomes como Rodrigo Pacheco, Eduardo Paes, Otto Alencar e o líder na Câmara, Antonio Brito (BA).
Mesmo no PP, onde a resistência é mais forte, o ministro André Fufuca (Esporte) e o ex-presidente da Câmara Arthur Lira (AL) mantêm diálogo com o Planalto. No União Brasil, os nomes de Davi Alcolumbre (AP), presidente do Senado, e Celso Sabino (Turismo) são considerados fundamentais. Sabino, inclusive, trabalha nos bastidores para aproximar a cúpula da sigla do presidente e já negocia um encontro entre Lula e o presidente nacional do União, Antonio Rueda.
A ideia de Lula é iniciar uma série de reuniões com presidentes partidários da base aliada, retomando um movimento que já vinha sendo cogitado, mas que agora terá como pano de fundo a construção da campanha presidencial. A ministra Gleisi Hoffmann (Secretaria de Relações Institucionais) está à frente dessas articulações.
Apesar disso, a infidelidade na base é crescente. Um levantamento das votações na Câmara mostra que 55% dos parlamentares desses partidos votaram contra mais da metade dos projetos do governo em 2025. A federação entre União Brasil e PP já anunciou oposição ao novo pacote de aumento de impostos, mesmo antes de o texto ser apresentado.
Nos bastidores, lideranças dessas legendas trabalham para viabilizar a candidatura de Tarcísio de Freitas em 2026. O único fator que trava o avanço da ideia é a figura de Jair Bolsonaro, inelegível, mas ainda o maior nome da direita. O ex-presidente não confirmou apoio a nenhum nome e avalia alternativas como Michelle Bolsonaro, Eduardo ou Flávio Bolsonaro.
Política
Podemos ganha força após fracasso de fusão com PSDB
Tiago Dimas e Rafael Fera assumem mandatos após novo entendimento do TSE sobre sobras eleitorais

O Podemos deve ampliar sua bancada na Câmara dos Deputados na próxima terça-feira (17), com a diplomação dos deputados Tiago Dimas (TO) e Rafael Fera (RO). A mudança ocorre após um novo entendimento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a distribuição das sobras eleitorais. Com isso, o partido passará a contar com 17 parlamentares federais.
A movimentação vem logo após o fracasso da fusão entre Podemos e PSDB, que vinha sendo negociada há meses, mas foi abandonada nesta semana por desacordo sobre o comando da nova legenda. O Podemos defendia a presidência da fusão por quatro anos, enquanto os tucanos queriam alternância na liderança, o que levou ao fim das tratativas.
Do outro lado, o PSDB enfrenta um processo de esvaziamento, agravado pelo colapso da fusão. A sigla deve perder nas próximas semanas seu último governador em exercício, Eduardo Riedel (MS), que negocia sua filiação ao PP ou ao PSD. Riedel deve seguir o mesmo caminho de Raquel Lyra (PE) e Eduardo Leite (RS), que também deixaram o PSDB recentemente rumo ao PSD de Gilberto Kassab.
A interpretação do TSE sobre as sobras eleitorais tem provocado reações em diversas bancadas e pode impactar o equilíbrio de forças no Congresso Nacional. Com os dois novos nomes, o Podemos se posiciona como uma legenda de médio porte em crescimento, sobretudo com a janela partidária se aproximando.
Política
PF prende ex-ministro Gilson Machado por suspeita de fraude em passaporte
Ex-titular do Turismo no governo Bolsonaro é investigado por tentar facilitar fuga de Mauro Cid com passaporte português; caso se soma às acusações de tentativa de golpe

A Polícia Federal (PF) prendeu nesta sexta-feira (13), em Recife (PE), o ex-ministro do Turismo Gilson Machado, sob suspeita de envolvimento em um esquema para a emissão fraudulenta de passaporte português. A ação faz parte de um desdobramento da investigação sobre a tentativa de golpe de Estado que envolve Jair Bolsonaro, Mauro Cid e outros aliados próximos.
Segundo informações obtidas com fontes da investigação, Machado teria atuado, em maio de 2025, para facilitar a saída de Mauro Cid do Brasil, por meio da emissão de um documento europeu irregular. Cid, que foi ajudante de ordens do ex-presidente, é réu por participar da suposta conspiração golpista e vem sendo alvo de diversas frentes de apuração da PF e da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Na última terça-feira (10), a PGR encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para investigar formalmente o ex-ministro. O órgão também solicitou mandados de busca e apreensão, além da quebra dos sigilos telefônico e de mensagens de Gilson Machado. Para os procuradores, há elementos suficientes que indicam a tentativa de facilitar a fuga de um réu investigado por crimes contra o Estado democrático de direito.
A prisão do ex-ministro marca mais um capítulo da ofensiva judicial contra integrantes do núcleo político próximo a Bolsonaro. Gilson Machado foi ministro do Turismo entre 2020 e 2022, tendo também ocupado cargos ligados à promoção do governo nas redes sociais. Ele é conhecido pela defesa pública do ex-presidente e atuação ativa em pautas conservadoras.
A investigação segue sob sigilo, mas os desdobramentos indicam que novas prisões ou medidas cautelares podem ser autorizadas nos próximos dias, em meio ao avanço do inquérito que apura a tentativa de subversão do resultado das eleições de 2022.
Política
Lula diz que é presidente por “milagre” e dispara contra extrema direita
Durante cerimônia em Minas Gerais, presidente afirma que pode disputar um quarto mandato e critica Bolsonaro e a ausência de Romeu Zema no evento.

Em um discurso marcado por referências religiosas e provocações políticas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou nesta quinta-feira (12) que sua presença na Presidência da República é um milagre. A fala ocorreu durante cerimônia em Minas Gerais, voltada ao acordo de reparação da tragédia de Mariana.
“Duvido que tenha um presidente que tenha feito metade do que eu fiz. Sou um cara agradecido a Deus. Um cara filho da Dona Lindu virar presidente só pode ser milagre. Uma, duas, três vezes, e se duvidar é a quarta vez. Se preparem, esse país não vai cair na mão da extrema direita”, afirmou Lula, em tom enfático.
O presidente ainda criticou duramente o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mencionando a falta de entregas do seu antecessor no estado mineiro. “Eu duvido que vocês digam, mesmo aquele que for mais bolsonarista, que diga uma obra que o Bolsonaro fez em Minas”, provocou.
Lula também exaltou programas de sua gestão, destacando o retorno de iniciativas sociais abandonadas no governo anterior. “Nós estamos fazendo um milagre nesse país. Primeiro recuperamos várias coisas que tinham acabado, como o Minha Casa Minha Vida, que vamos entregar 3 milhões de casas até o fim do mandato”, declarou, reforçando o tom messiânico do discurso.
O evento, porém, foi marcado pela ausência do governador de Minas, Romeu Zema (Novo). A não participação do chefe do Executivo estadual gerou críticas públicas por parte de ministros do governo federal, que acusaram o governador de boicote institucional e desrespeito à população mineira.
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