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Polícia

Governo Lula abre licitação para comunicação digital por R$ 98 milhões

Concorrência anterior, no valor de R$ 197,7 milhões, foi suspensa em 2024 por suspeitas de irregularidades

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Sidônio Palmeira conversa com Lula em evento em Brasília, em março - Adriano Machado - 18.mar.25/Reuters

Após um processo anterior marcado por suspeitas de irregularidades e vazamentos, o governo federal abriu uma nova licitação de R$ 98,3 milhões para contratar agências de comunicação digital. A iniciativa, conduzida pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), visa selecionar três empresas para atuar por 12 meses na gestão das redes sociais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A nova tentativa de contratação ocorre pouco mais de um ano após o Tribunal de Contas da União (TCU) suspender um edital anterior, no valor de R$ 197,7 milhões, que previa a contratação de quatro empresas. A suspensão ocorreu em junho de 2024, após denúncias de que um jornalista teria antecipado — de forma cifrada — as iniciais das vencedoras do certame, levantando suspeitas de vazamento de informações e direcionamento.

Com a chegada do novo ministro da Secom, Sidônio Palmeira, o governo decidiu anular o processo antigo e reformular a concorrência. O objetivo agora é apostar em uma estratégia de comunicação digital mais eficaz, transparente e focada em conter o avanço da oposição nas redes sociais, especialmente os ataques promovidos por setores ligados ao bolsonarismo.

A nova licitação prevê que as empresas contratadas serão responsáveis por:

  • Planejamento estratégico de conteúdo digital;
  • Moderação de perfis e publicações nas redes sociais;
  • Análise de sentimentos e engajamento do público;
  • Implementação de formatos inovadores de comunicação digital.

As plataformas-alvo são: Instagram, Facebook, YouTube, TikTok, Kwai, Pinterest e LinkedIn. Além disso, o material técnico da Secom exige que as empresas elaborem campanhas específicas para divulgar programas prioritários do governo, como Minha Casa Minha Vida – Classe Média, Pé-de-Meia, Crédito do Trabalhador, Farmácia Popular, Bolsa Família, Fies, Prouni e Luz do Povo.

Ao invés de focar apenas em combater fake news, essa licitação busca promover de forma envolvente os resultados concretos das políticas públicas federais”, afirma o briefing técnico do processo.

O contrato poderá ser prorrogado, desde que os valores e entregas sejam considerados vantajosos ao governo. A previsão é que o processo dure de seis a oito meses até a contratação definitiva das empresas vencedoras.

A crise anterior ainda repercute nos bastidores de Brasília. As quatro empresas citadas nas denúncias — Usina Digital, Área Comunicação, Moringa L2W3 e o consórcio BR e Tal — não tiveram os contratos efetivados, e o episódio foi considerado um dos momentos mais embaraçosos da gestão de Paulo Pimenta à frente da Secom.

Com o novo modelo, o Planalto tenta mostrar que aprendeu com os erros e reconstruir sua comunicação institucional, agora com maior foco em transparência, engajamento social e impacto digital, especialmente entre o público beneficiado pelas políticas sociais.

Redação Saiba+

Polícia

Trabalho escravo é flagrado a 200 m da sede da polícia em Salvador

Depósito precário é denunciado como “filme de terror” após resgate de trabalhadores em condições degradantes

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Depósito em Salvador aparece na "lista suja" do trabalho escravo do país Crédito: Maysa Polcri

Na proximidade da sede da polícia no bairro Dois de Julho, em Salvador, foi flagrada uma situação chocante: um depósito funciona em regime de trabalho análogo à escravidão, segundo auditoria do Ministério do Trabalho. O local estava apenas cerca de 200 metros da delegacia, o que acentua o contraste entre ilegalidade e proximidade institucional.

Autoridades identificaram que o empresário responsável, Laurencio Rios dos Santos, foi incluído na “lista suja” do trabalho escravo após resgate de cinco trabalhadores em condições degradantes. Os funcionários residiam no mesmo local, dormindo sobre carrinhos, sem sanitários adequados, comida precária e sem registro formal.

A fiscalização constatou ausência de higiene, instalações insalubres e pagamento irrisório: alguns trabalhadores recebiam cerca de R$ 200 por mês — valor que corresponde a apenas 13% do salário mínimo, configurando exploração extrema e desrespeito à dignidade humana.

Mesmo após a autuação, o depósito continuou operando, o que gerou suspeita de omissão ou falhas no acompanhamento das medidas de correção e fiscalização. A inclusão do empresário no cadastro de infratores agrava sua situação, sujeitando-o a sanções trabalhistas, penais e morais.

Especialistas destacam que a proximidade ilegal ao órgão policial reforça a audácia do crime. A expectativa é que o caso mobilize ações coordenadas entre Ministério Público, Justiça Trabalho e órgãos de fiscalização, visando responsabilização, reparação e prevenção em casos similares.

Redação Saiba+

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Polícia

Casos de intoxicação por metanol geram alerta e suspensão de caipirinhas no Brasil

Cresce a preocupação nacional após aumento de registros de contaminação; autoridades reforçam fiscalização e alertam para riscos de consumo de bebidas adulteradas.

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Com casos de intoxicação de metanol sob investigação, brasileiros mudam hábito no fim de semana Foto: Adobe Stock

O Brasil vive um momento de alerta sanitário após o registro de mais de 100 casos suspeitos e confirmados de intoxicação por metanol em diferentes estados. A contaminação, ligada ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas, provocou a suspensão temporária da venda de caipirinhas e outras bebidas artesanais em diversos estabelecimentos.

De acordo com autoridades sanitárias, o metanol é uma substância altamente tóxica, cuja ingestão pode causar cegueira, falência múltipla de órgãos e até a morte. As investigações apontam que a contaminação ocorre em lotes clandestinos de cachaça e destilados, fabricados sem controle de qualidade ou registro legal.

Bares e restaurantes em várias regiões do país adotaram medidas de precaução, retirando temporariamente do cardápio bebidas com origem duvidosa. Órgãos de vigilância e fiscalização intensificaram as operações para identificar e recolher produtos suspeitos, enquanto o Ministério da Agricultura e a Anvisa reforçam orientações para a população sobre como identificar sinais de adulteração.

Especialistas recomendam que os consumidores verifiquem sempre o selo fiscal e a procedência da bebida antes da compra. A orientação é clara: não consumir produtos de origem desconhecida ou sem rotulagem adequada. A preocupação cresce especialmente em regiões turísticas e festas populares, onde o consumo de caipirinhas é tradicional.

O surto de intoxicação por metanol reacende o debate sobre a necessidade de maior controle e rastreabilidade na produção de bebidas artesanais no Brasil. O governo estuda novas medidas para endurecer penalidades e reforçar a fiscalização, buscando proteger a saúde pública e a credibilidade do setor.

Redação Saiba+

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Polícia

Pernambuco investiga suspeita de intoxicação por metanol

Dois óbitos e um caso com sequela grave mobilizam fiscalização e alerta sanitário

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Vítimas foram internadas no Hospital Mestre Vitalino, em Caruaru, interior de Pernambuco. Foto: SES-PE/Divulgação.

O estado de Pernambuco enfrenta novo alerta de saúde pública ao registrar três casos suspeitos de intoxicação por metanol, sendo que dois homens já faleceram e outro teve perda visual permanente. A ocorrência reforça preocupações sobre adulteração de bebidas e exige atuação rápida das autoridades sanitárias.

Os casos foram notificados por hospitais da região Agreste e atenderam a pacientes oriundos de cidades como Lajedo e João Alfredo. Os óbitos suscitam investigação especializada, com envio de material ao Instituto de Medicina Legal para confirmar a causa exata. O paciente sobrevivente segue sob monitoramento médico, pois apresentou como sequela cegueira bilateral — uma das manifestações mais graves da intoxicação por metanol.

Diante da gravidade, a Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) intensificou fiscalização em distribuidoras de bebidas alcoólicas, requisitou a coleta de amostras suspeitas e articula cooperação com Procon local e Ministério Público. As ações visam identificar a origem das bebidas adulteradas, traçar a cadeia de distribuição e impedir novos casos.

As autoridades de saúde alertam que os primeiros sintomas da intoxicação — como náuseas, vômitos, dor abdominal e sonolência — podem facilmente ser confundidos com os efeitos do álcool comum. Porém, entre 6 a 24 horas após o consumo, podem manifestar-se sinais graves como visão turva, cegueira, convulsões e coma. O socorro médico emergencial é essencial para reduzir danos e risco de morte.

A população é orientada a adotar cautela: comprar bebidas somente em pontos de venda confiáveis, verificar lacre, registro no órgão competente e evitar ofertas suspeitas com preços muito abaixo do mercado. Também é recomendado que pessoas que consumiram bebidas potencialmente adulteradas procurem imediatamente assistência à saúde, mesmo que os sintomas iniciais pareçam leves.

Com a investigação em curso, Pernambuco reforça sua estrutura de vigilância e lança alerta nacional para os estados monitorarem casos similares — sobretudo considerando a dinâmica recente de surtos de bebidas adulteradas com metanol em outras regiões do país.

Redação Saiba+

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