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Microlua Rosa será visível no Brasil neste domingo (13)

Fenômeno atinge o auge às 19h48 e marca o ponto mais distante da Lua em sua órbita ao redor da Terra

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Microlua rosa de abril (Imagem: Virtual Telescope Project/Reprodução)

O céu brasileiro será palco, neste domingo (13), de um fenômeno astronômico especial: a Microlua Rosa, que poderá ser observada a partir das 19h48 (horário de Brasília), quando atinge seu ponto máximo de visibilidade. O evento marca a Lua cheia no apogeu — ou seja, no ponto mais distante de sua órbita ao redor da Terra — e será a menor Lua cheia do ano de 2025.

Apesar do nome, a Lua não apresentará coloração rosada. A nomenclatura vem da tradição do Old Farmer’s Almanac, publicação americana que associa nomes específicos às Luas cheias de cada mês. No caso de abril, a “Pink Moon” (Lua Rosa) faz referência ao florescimento da Phlox subulata, uma flor silvestre de tom rosado típica do leste dos Estados Unidos durante a primavera no Hemisfério Norte.

Duas imagens da lua capturadas em maio e dezembro de 2021 em Calcutá, Índia, apresentam uma comparação entre o tamanho aparente da superlua (à esquerda) e da microlua (à direita). Ambas as imagens foram capturadas com a mesma câmera e lente na mesma distância focal para uma comparação fiel de seus tamanhos. Crédito: Soumyadeep Mukherjee

Segundo especialistas, como o astrônomo Marcelo Zurita, o fenômeno acontece devido ao formato elíptico da órbita lunar. O apogeu — momento em que a Lua está mais afastada da Terra, a cerca de 406.700 km — contrasta com o perigeu, que ocorre quando o satélite está mais próximo, a cerca de 356.500 km. O ciclo completo entre esses pontos leva cerca de 27,5 dias.

Além do Brasil, o fenômeno será visível em diversas regiões do Hemisfério Sul. No entanto, a visualização depende das condições climáticas e atmosféricas locais. Céus nublados e poluição podem prejudicar a observação a olho nu.

O termo “Lua rosa” remete à floração da Phlox subulata, flor rosa nativa do leste dos EUA, que desabrocha na primavera (Crédito: Kristine Rad – Shutterstock)

A “Lua Rosa” de abril também carrega significados culturais diversos ao redor do mundo. Para os hindus, coincide com o Hanuman Jayanti, celebração do deus-macaco Hanuman. Já para os budistas do Sri Lanka, marca o Bak Poya, dia sagrado que relembra uma visita do Buda ao país. No calendário cristão ocidental, o fenômeno aparece próximo à Páscoa e também é conhecida como Lua Pascal.

Embora o brilho da microlua seja menor, é possível acompanhar o fenômeno por meio de plataformas digitais. Sites como o InTheSky.org oferecem monitoramento em tempo real da posição dos corpos celestes. Transmissões ao vivo em canais de astronomia no YouTube também são alternativas para quem enfrenta condições climáticas desfavoráveis.

Visibilidade depende das condições do céu em cada cidade (Imagem: Darkfoxelixir – Shutterstock)

Calendário das próximas Luas cheias de 2025:

  • 13 de janeiro – Lua do Lobo
  • 12 de fevereiro – Lua de Neve
  • 14 de março – Lua de Minhoca
  • 12 de abril – Lua Rosa
  • 12 de maio – Lua das Flores
  • 11 de junho – Lua de Morango
  • 10 de julho – Lua dos Cervos
  • 9 de agosto – Lua do Esturjão
  • 5 de novembro – Lua do Castor
  • 4 de dezembro – Lua Fria
Redação Saiba+

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Irã ataca Israel e mata 11; Trump prevê acordo de paz

Conflito entra no terceiro dia com mísseis sobre Tel Aviv e Teerã; Trump diz que paz e novo acordo nuclear estão próximos, e vetou ataque ao líder supremo iraniano

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Policiais e operários trabalham diante de escombros de casa atingida por mísisl iraniano em Tamra, no norte de Israel; quator mulheres de uma mesma família morreram - David Cohen/Jini/Xinhua

O conflito entre Israel e Irã atingiu seu momento mais tenso neste domingo (15), com ao menos 11 mortos e 200 feridos em território israelense após intensos bombardeios com mísseis balísticos disparados pelo Irã. Trata-se do ataque mais letal contra Israel desde o início da atual escalada militar.

Os mísseis iranianos atingiram áreas residenciais em Bat Yam, nos arredores de Tel Aviv, e em Tamra, no norte do país. Entre as vítimas estão civis, incluindo duas crianças, segundo a organização Magen David Adom, equivalente à Cruz Vermelha local.

Em resposta, Israel lançou novos ataques contra alvos estratégicos em Teerã, incluindo o prédio do Ministério da Defesa e um depósito de petróleo. O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, prometeu continuar a ofensiva: “Arrancaremos a pele da cobra iraniana em Teerã e em todos os lugares.”

Segundo informações da mídia internacional, o ataque inicial de Israel visava eliminar ao menos 20 líderes militares iranianos, incluindo um assessor direto do líder supremo do país, Ali Khamenei, morto na operação. Fontes americanas afirmam que Donald Trump vetou um plano israelense para assassinar o próprio Khamenei, o que poderia ter desencadeado uma guerra regional de grandes proporções.

Apesar da escalada, Trump declarou que acredita em um acordo de paz e nuclear em breve, caso Irã e Israel recuem. Em sua rede Truth Social, escreveu: “Irã e Israel devem fazer um acordo, e farão um acordo. Teremos paz logo.”

Contudo, o cenário permanece altamente volátil. A mídia iraniana fala em mais de 80 mortes causadas pelos bombardeios israelenses, enquanto o número de mortos do lado israelense chega a 14. Apesar de ter maior poder de fogo, Israel enfrenta dificuldades para desmantelar as capacidades nucleares do Irã sem apoio direto dos EUA — como o uso das bombas MOP, capazes de penetrar instalações subterrâneas, que só podem ser lançadas por bombardeiros B-2 americanos.

Socorristas trabalham em escombros de prédio atingido por míssil iraniano em Bat Yam, perto de Tel Aviv – Ronen Zvulun/Reuters

O envolvimento americano direto, no entanto, depende de um ataque iraniano contra forças dos EUA na região. Trump sinalizou que só tomará essa decisão em caso de agressão direta. No entanto, a presença de tropas e porta-aviões dos EUA nas proximidades mantém a tensão no limite, especialmente após o Irã ameaçar fechar o Estreito de Hormuz, por onde passam mais de 30% do petróleo mundial.

Apoios internacionais ao Irã também aumentaram. A Rússia reiterou apoio a Teerã, a China manifestou preocupação com o avanço israelense, e a Turquia, mesmo membro da Otan, se solidarizou com os iranianos — o que sinaliza um possível isolamento diplomático de Israel caso o conflito escale ainda mais.

Internamente, o governo de Binyamin Netanyahu segue endurecendo o discurso, sugerindo até mesmo a possibilidade de mudança de regime no Irã: “Eles estão fracos.” Com a guerra na Faixa de Gaza ainda em curso e a popularidade abalada, o primeiro-ministro aposta na mobilização nacional diante da ameaça iraniana.

Enquanto isso, a comunidade internacional observa com preocupação a possibilidade de que o Oriente Médio entre em um conflito regional de grandes proporções, com riscos globais no fornecimento de energia e novos rearranjos geopolíticos.

Redação Saiba+

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Meta investe US$ 14,3 bi na Scale AI para disputar liderança em superinteligência artificial

Gigante de Mark Zuckerberg aposta em startup americana para impulsionar sua divisão de IA e competir com OpenAI, Google e Microsoft no avanço da superinteligência

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A Meta está se esforçando para alcançar os concorrentes da IA, como Google, Microsoft, OpenAI e Anthropic Foto: Josh Edelson/AFP

A Meta, empresa liderada por Mark Zuckerberg, anunciou nesta quinta-feira (12) um investimento bilionário de US$ 14,3 bilhões na startup americana Scale AI, marcando seu maior movimento estratégico até hoje no setor de inteligência artificial (IA). A operação representa cerca de 10% da receita da empresa em 2024 e posiciona a Meta em nova fase de disputa com gigantes como OpenAI, Google, Microsoft e Anthropic.

Este é o primeiro grande investimento externo da Meta desde a compra do WhatsApp, em 2014. A aposta tem como objetivo fortalecer sua até agora discreta atuação em IA e inaugurar um novo capítulo com a criação do laboratório de Superinteligência, estrutura interna que contará com Alexandr Wang, CEO da Scale AI, como líder da divisão.

A Meta finalizou nossa parceria estratégica com a Scale AI. Vamos aprofundar o trabalho conjunto, focados na produção de dados para modelos de IA, e Alexandr Wang se junta à Meta para impulsionar nosso esforço em superinteligência”, informou a empresa em comunicado oficial.

Com apenas 28 anos, Wang é considerado um dos nomes mais promissores da nova geração da tecnologia e levará consigo parte da equipe técnica da Scale AI para integrar a nova unidade da Meta. Ele permanecerá no conselho da startup, que passa a ter Jason Droege como novo CEO.

Estrutura do acordo busca evitar pressão regulatória

O investimento da Meta foi estrategicamente estruturado para minimizar o risco de investigações antitruste. A empresa deterá apenas uma participação minoritária na Scale AI e não terá controle direto sobre a gestão da startup. O formato segue o modelo adotado por outras big techs, como a Amazon com a Anthropic e a Microsoft com a OpenAI, que buscam formar alianças estratégicas sem ferir normas regulatórias.

A Comissão Federal de Comércio (FTC) dos Estados Unidos, sob nova liderança, continua monitorando com atenção esse tipo de operação. A Meta, por sua vez, ainda aguarda decisões judiciais sobre processos relacionados às aquisições do Instagram e do WhatsApp.

Superinteligência e a corrida global da IA

A Meta tenta recuperar espaço após ficar atrás no boom de IA iniciado em 2022, com o lançamento do ChatGPT pela OpenAI. Apesar de ter ganhado atenção por abrir o código de sua IA LLaMA 4, a empresa ainda não alcançou a qualidade dos modelos líderes de mercado.

O novo laboratório de superinteligência é parte da estratégia para desenvolver modelos de próxima geração, mirando o que tecnólogos consideram o “próximo estágio da IA”: sistemas capazes de superar a inteligência humana, indo além da chamada IA Geral (AGI).

“A inteligência artificial é uma das tecnologias mais revolucionárias de nosso tempo”, afirmou Wang em comunicado. “Ela tem o potencial de transformar empresas, governos e a vida das pessoas em todo o mundo.”

Com este investimento, a Meta sinaliza que está disposta a entrar com força total na corrida global da inteligência artificial, mesmo que tardiamente. A movimentação reforça a tendência de alianças estratégicas entre big techs e startups inovadoras como forma de acelerar avanços tecnológicos e driblar barreiras regulatórias.


Redação Saiba+

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Israel ataca instalações nucleares no Irã e mata chefe da Guarda Revolucionária

Em ofensiva sem precedentes, governo Netanyahu mira cientistas e militares iranianos; tensão com Teerã aproxima Oriente Médio de guerra total

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Imagem mostra bombardeios de Israel contra a capital do Irã, Teerã - 12.jun.25/Reprodução

Em uma das mais graves escaladas do conflito no Oriente Médio nas últimas décadas, Israel lançou uma ofensiva aérea contra o Irã na noite desta quinta-feira (12), atingindo instalações nucleares, bairros militares e alvos estratégicos em Teerã e outras regiões. A operação foi confirmada pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que classificou o momento como “decisivo na história de Israel”.

Entre os alvos atacados está o complexo de Natanz, uma das principais bases de enriquecimento de urânio do Irã. Segundo a mídia estatal iraniana, o ataque provocou explosões, incêndios e deixou mortos, inclusive o chefe da Guarda Revolucionária Islâmica, Hossein Salami, além de dois cientistas nucleares de destaque: Fereydoun Abbasi-Davani e Mohammad Mehdi Tehranchi.

“Atacamos o coração do programa nuclear iraniano. Nossa luta não é contra o povo do Irã, mas contra sua ditadura”, disse Netanyahu em pronunciamento oficial. Ele anunciou ainda a convocação de milhares de reservistas e o início da operação batizada de “Leão em Ascensão”.

A televisão iraniana confirmou que áreas residenciais foram atingidas, inclusive o bairro de Shahrak Shahid Mahalati, onde vivem altos comandantes militares. Três prédios teriam sido destruídos e há relatos de crianças entre as vítimas fatais. As defesas aéreas do Irã estão em alerta máximo, e o clima é de tensão generalizada no país.

EUA fora da operação, mas atentos

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, afirmou que o país não participou do ataque, mas alertou que irá proteger seus interesses e pessoal na região. O presidente Donald Trump, que retomou o poder em 2024, convocou uma reunião emergencial de gabinete e voltou a defender uma solução diplomática com o Irã, ainda que tenha dito que o ataque israelense “poderia muito bem acontecer” nos últimos dias.

Apesar da distância oficial, Israel conta com o apoio estratégico dos EUA e espera respaldo militar em caso de retaliação iraniana.

Guerra à vista e estado de emergência em Israel

O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, declarou emergência nacional. Escolas, universidades e reuniões públicas foram suspensas, e o espaço aéreo israelense foi fechado. A expectativa é de que o Irã lance mísseis e drones contra o território israelense nas próximas horas ou dias.

De acordo com as Forças Armadas de Israel, o Irã possui material físsil suficiente para produzir até 15 bombas nucleares em poucos dias, o que explicaria o caráter preventivo da ofensiva.

Contexto: fracasso diplomático e tensão nuclear

O ataque ocorre em meio ao fracasso das negociações nucleares entre EUA e Irã, intensificado após a retirada americana do acordo nuclear de 2015, durante o primeiro mandato de Trump. Nesta semana, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) acusou formalmente o Irã de violar suas obrigações de não proliferação, após Teerã anunciar a criação de uma terceira usina de enriquecimento de urânio, sem informar a localização.

A deterioração das negociações levou os EUA a reduzir sua presença diplomática em países do Oriente Médio, como Iraque, Bahrein e Kuwait, em preparação para uma possível escalada regional.

Risco regional e resposta iraniana

O Irã, que financia grupos como o Hezbollah e o Hamas, já prometeu retaliação “proporcional e devastadora”. O temor é que a guerra se amplie, atingindo Líbano, Síria e a Faixa de Gaza, onde Israel já mantém uma operação militar há quase dois anos, com mais de 50 mil mortos palestinos.

O ataque desta quinta-feira marca a primeira vez em que instalações nucleares subterrâneas foram diretamente bombardeadas, elevando o risco de uma guerra total entre as duas potências regionais.

Redação Saiba+

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