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Política

Deputado Marcone confirma: FIOL seguirá até Ilhéus

Após questionamento do deputado Marcone Amaral, empresa reafirma que ferrovia manterá traçado original até o Porto Sul

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Durante reunião da Comissão Especial da FIOL na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), realizada nesta segunda-feira (29), o deputado estadual Marcone Amaral (PSD) garantiu uma resposta direta sobre os rumores de possível mudança no traçado da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL). Questionado pelo parlamentar, o presidente da BAMIN (Bahia Mineração), Eduardo Ledsham, foi enfático ao afirmar que Ilhéus continuará sendo o ponto final da ferrovia.

A declaração veio em resposta à preocupação apresentada por Marcone, que levou à comissão a apreensão de moradores do Sul da Bahia sobre a possível exclusão de Ilhéus da rota da FIOL.

“Há rumores que têm causado apreensão. A pergunta é simples e objetiva: existe alguma chance de o traçado da FIOL ser alterado para fora de Ilhéus?”, indagou o deputado.

Deputado estadual Marcone Amaral (PSD) / Foto: ALBA

Em resposta, o presidente da BAMIN assegurou que o traçado permanece inalterado. “Não existe a menor alternativa de outro desenho. Após a concessão, revisamos cada quilômetro da ferrovia, avaliamos mais de 55 obras, e está tudo dentro do esperado”, afirmou Ledsham.

Comissão Infraestrutura e Desenvolvimento Econômico, apresentação da BAMIN, presença do presidente, Eduardo Ledsham. Foto: Vaner Casaes / ALBA

Compromisso com o desenvolvimento regional

Com a confirmação, Marcone Amaral comemorou a permanência de Ilhéus como ponto estratégico no projeto da ferrovia. “A fala do presidente da BAMIN é clara e tranquilizadora. Agora, nosso foco é a retomada das obras. Seguimos firmes na fiscalização e no apoio, junto ao Governo do Estado e ao Governo Federal, para que esse sonho avance”, destacou o parlamentar.

A FIOL é considerada uma das principais obras de infraestrutura logística em andamento no Brasil. O projeto prevê a ligação entre Caetité, no interior da Bahia, e o Porto Sul, em Ilhéus, criando um importante corredor de escoamento da produção mineral e agrícola. A obra deve gerar milhares de empregos diretos e indiretos, impactando positivamente a economia da região.

A confirmação do traçado original fortalece a confiança no potencial transformador da FIOL para o Sul da Bahia, garantindo a inclusão de Ilhéus em um eixo logístico que promete atrair investimentos, impulsionar o comércio exterior e consolidar a cidade como polo estratégico no mapa do desenvolvimento nacional.

Redação Saiba+

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Política

PF prende ex-ministro Gilson Machado por suspeita de fraude em passaporte

Ex-titular do Turismo no governo Bolsonaro é investigado por tentar facilitar fuga de Mauro Cid com passaporte português; caso se soma às acusações de tentativa de golpe

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Reprodução

A Polícia Federal (PF) prendeu nesta sexta-feira (13), em Recife (PE), o ex-ministro do Turismo Gilson Machado, sob suspeita de envolvimento em um esquema para a emissão fraudulenta de passaporte português. A ação faz parte de um desdobramento da investigação sobre a tentativa de golpe de Estado que envolve Jair Bolsonaro, Mauro Cid e outros aliados próximos.

Segundo informações obtidas com fontes da investigação, Machado teria atuado, em maio de 2025, para facilitar a saída de Mauro Cid do Brasil, por meio da emissão de um documento europeu irregular. Cid, que foi ajudante de ordens do ex-presidente, é réu por participar da suposta conspiração golpista e vem sendo alvo de diversas frentes de apuração da PF e da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Na última terça-feira (10), a PGR encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para investigar formalmente o ex-ministro. O órgão também solicitou mandados de busca e apreensão, além da quebra dos sigilos telefônico e de mensagens de Gilson Machado. Para os procuradores, há elementos suficientes que indicam a tentativa de facilitar a fuga de um réu investigado por crimes contra o Estado democrático de direito.

A prisão do ex-ministro marca mais um capítulo da ofensiva judicial contra integrantes do núcleo político próximo a Bolsonaro. Gilson Machado foi ministro do Turismo entre 2020 e 2022, tendo também ocupado cargos ligados à promoção do governo nas redes sociais. Ele é conhecido pela defesa pública do ex-presidente e atuação ativa em pautas conservadoras.

A investigação segue sob sigilo, mas os desdobramentos indicam que novas prisões ou medidas cautelares podem ser autorizadas nos próximos dias, em meio ao avanço do inquérito que apura a tentativa de subversão do resultado das eleições de 2022.

Redação Saiba+

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Política

Lula diz que é presidente por “milagre” e dispara contra extrema direita

Durante cerimônia em Minas Gerais, presidente afirma que pode disputar um quarto mandato e critica Bolsonaro e a ausência de Romeu Zema no evento.

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Presidente Lula durante viagem a França na semana passada - Ludovic Marin - 9.jun.25/AFP

Em um discurso marcado por referências religiosas e provocações políticas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou nesta quinta-feira (12) que sua presença na Presidência da República é um milagre. A fala ocorreu durante cerimônia em Minas Gerais, voltada ao acordo de reparação da tragédia de Mariana.

“Duvido que tenha um presidente que tenha feito metade do que eu fiz. Sou um cara agradecido a Deus. Um cara filho da Dona Lindu virar presidente só pode ser milagre. Uma, duas, três vezes, e se duvidar é a quarta vez. Se preparem, esse país não vai cair na mão da extrema direita”, afirmou Lula, em tom enfático.

O presidente ainda criticou duramente o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mencionando a falta de entregas do seu antecessor no estado mineiro. “Eu duvido que vocês digam, mesmo aquele que for mais bolsonarista, que diga uma obra que o Bolsonaro fez em Minas”, provocou.

Lula também exaltou programas de sua gestão, destacando o retorno de iniciativas sociais abandonadas no governo anterior. “Nós estamos fazendo um milagre nesse país. Primeiro recuperamos várias coisas que tinham acabado, como o Minha Casa Minha Vida, que vamos entregar 3 milhões de casas até o fim do mandato”, declarou, reforçando o tom messiânico do discurso.

O evento, porém, foi marcado pela ausência do governador de Minas, Romeu Zema (Novo). A não participação do chefe do Executivo estadual gerou críticas públicas por parte de ministros do governo federal, que acusaram o governador de boicote institucional e desrespeito à população mineira.

Redação Saiba+

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Política

Depoimentos no STF escancaram contradições, piadas e estratégias frágeis

De bom humor de Moraes a “sincericídio” de Heleno, interrogatórios revelam falas comprometedoras, tentativas de distorção da legalidade e comportamento dúbio de Bolsonaro e militares acusados de golpismo

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O ministro Alexandre de Moraes e o ex-presidente Jair Bolsonaro no STF - Andre Borges/EFE

O interrogatório dos oito réus do núcleo central da suposta trama golpista, conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal, evidenciou posturas contrastantes e falas comprometedoras. As audiências, realizadas nos dias 9 e 10 de junho, colocaram frente a frente o ex-presidente Jair Bolsonaro, generais, ex-ministros e o delator Mauro Cid. A seguir, os principais destaques, separados por tópicos:


1. Alexandre de Moraes adota tom irônico e bem-humorado com réus

Em contraste com o tom severo adotado com testemunhas, Alexandre de Moraes surpreendeu ao conduzir os interrogatórios com descontração, piadas e permissividade.

  • No depoimento de Mauro Cid, quando este relatou que o decreto golpista previa a prisão apenas de Moraes, o ministro respondeu em tom irônico: “Os outros receberam um habeas corpus”, arrancando risos do plenário.
  • Com o advogado do general Heleno, que reclamou do horário, Moraes disse: “O senhor tem quarta-feira para um brunch, quinta para jantar e sexta para quermesse.”
  • Bolsonaro também entrou na brincadeira e chegou a convidar Moraes para ser seu vice em 2026. “Declino novamente”, respondeu o ministro.

Esses momentos revelam uma postura atípica, em total contraste com o comportamento adotado nos depoimentos de testemunhas, como o ex-ministro Aldo Rebelo e o general Freire Gomes, quando Moraes chegou a ameaçar prisão e acusou advogados de tentar fazer “circo”.


2. Augusto Heleno se contradiz e enfraquece própria defesa

O general da reserva Augusto Heleno, ex-chefe do GSI, adotou uma estratégia de silêncio parcial, mas acabou se atrapalhando com as próprias palavras e prejudicando sua defesa.

  • Heleno alegou que não tomou medidas ilegais por “falta de clima” e chegou a dizer que “tinha que aceitar” o resultado das eleições, revelando uma postura de resignação forçada, não de convicção democrática.
  • Em outra fala polêmica, mencionou a necessidade de uma “virada de mesa” antes das eleições, expressão associada diretamente à ruptura institucional.
  • Especialistas apontam que Heleno cometeu um “sincericídio” ao indicar que só não houve golpe por ausência de condições políticas e apoio militar.

O general também confirmou que havia militares mobilizados em direção à trama golpista, embora dissesse estar afastado desses grupos.


3. Bolsonaro reforça narrativa militar e tenta justificar ilegalidades

O ex-presidente Jair Bolsonaro adotou uma retórica que mistura legalismo militar com distorção da Constituição para tentar justificar as reuniões sobre estado de sítio.

  • Em depoimento, afirmou ter considerado alternativas “dentro das quatro linhas”, mas admitiu que “abandonou” essas ideias ao perceber o “ocaso” de seu governo.
  • Especialistas afirmam que Bolsonaro e Mauro Cid utilizam uma noção deturpada de legalidade, chamada de “legalidade instrumental”, típica da cultura militar, em que a cadeia de comando se sobrepõe à Constituição.
  • Bolsonaro também mentiu ao justificar cortes de verbas na imprensa, alegando motivos fiscais, quando os fatos indicam perseguição deliberada aos meios de comunicação.

A tentativa de sustentar um discurso de respeito à Constituição enquanto discutia medidas autoritárias fragiliza a defesa do ex-presidente e reforça os argumentos da acusação.


4. Legalidade instrumental e a lógica militar do golpismo

Um ponto central dos interrogatórios foi a revelação de como setores militares interpretam a legalidade sob uma ótica hierárquica e autoritária.

  • Mauro Cid afirmou que militares não agiriam sem ordem superior, mesmo com suspeitas sobre o processo eleitoral.
  • A visão de que “o presidente pode ordenar e os militares apenas cumprem” entra em choque com o princípio constitucional de que “nenhuma ordem inconstitucional deve ser cumprida”.
  • Especialistas apontam que essa cultura ainda resiste nas Forças Armadas por falta de reformas profundas na educação militar pós-ditadura.

A deturpação da legalidade constitucional democrática é vista como uma das bases da tentativa de golpe, onde se busca legitimar o rompimento institucional com roupagem jurídica.

Redação Saiba+

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