Política
Alba: novo empréstimo de R$ 600 milhões é aprovado
Oposição critica aumento do endividamento estadual; governo afirma que recursos serão destinados a obras de infraestrutura e saneamento

A Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) aprovou, nesta terça-feira (6), o pedido do governador Jerônimo Rodrigues (PT) para contratar um novo empréstimo de R$ 600 milhões junto à Caixa Econômica Federal. A operação financeira será realizada por meio do Programa de Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (FINISA).
A proposta foi aprovada com ampla maioria dos votos da base governista no plenário da Alba. Parlamentares da oposição se posicionaram contra a medida, manifestando preocupação com o avanço do endividamento do Estado, que já acumula uma série de autorizações de crédito nos últimos anos.
De acordo com o governo estadual, os recursos obtidos com o novo empréstimo serão aplicados diretamente em obras de infraestrutura e em projetos de saneamento básico, considerados estratégicos para o desenvolvimento econômico e social da Bahia.
Apesar da justificativa, membros da oposição alegam que não há clareza suficiente sobre a destinação exata dos recursos, e apontam a ausência de transparência nos critérios de escolha das obras que serão financiadas. “O governo está assumindo compromissos financeiros pesados sem apresentar os resultados dos empréstimos anteriores”, criticou um dos deputados oposicionistas.
Nos bastidores da Casa Legislativa, o clima foi de embate político. Enquanto aliados do governador defenderam a medida como “essencial para garantir o avanço de obras paralisadas”, opositores classificaram o novo crédito como “mais uma fatura que cairá no colo das futuras gestões e da população baiana”.
Política
Eleições de 2026: Bolsonaro pode migrar para o PP
Articulações entre aliados apontam que o ex-presidente avalia filiação ao Progressistas como alternativa estratégica para o próximo pleito

As movimentações nos bastidores da política nacional indicam uma possível mudança partidária do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que pode se filiar ao Progressistas (PP) visando o fortalecimento da direita no cenário nacional para as eleições de 2026.
A eventual ida de Bolsonaro para o PP está sendo tratada como uma jogada estratégica. O partido, que possui capilaridade nacional e forte bancada no Congresso, pode oferecer uma estrutura sólida e maior tempo de televisão, além de facilitar alianças regionais. A sigla já conta com nomes de peso no campo conservador, como o presidente da Câmara, Arthur Lira, o que amplia a viabilidade do movimento.
Se confirmada, a ida de Bolsonaro ao Progressistas deve redefinir o tabuleiro da direita brasileira, impulsionando candidaturas majoritárias e fortalecendo a oposição ao governo Lula.
Política
‘Tanto faz?’: o silêncio de ACM Neto sobre as falas de Jerônimo
Vice-presidente nacional do União Brasil permanece calado 24h após governador petista sugerir “levar bolsonaristas para a vala”.

A ausência de posicionamento público do ex-prefeito de Salvador e vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, após as falas polêmicas do governador Jerônimo Rodrigues (PT) contra bolsonaristas, vem gerando estranheza entre eleitores e lideranças políticas da Bahia. Passadas mais de 24 horas desde que o governador sugeriu, durante evento oficial, que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus apoiadores fossem “levados para a vala”, o líder baiano da oposição segue em completo silêncio.
Durante a inauguração da Escola Estadual Nancy da Rocha Cardoso, no município de América Dourada, na sexta-feira (3), Jerônimo disparou:
“Tivemos um presidente que sorria daqueles que estavam na pandemia sentindo falta de ar. Ele vai pagar essa conta dele e quem votou nele podia pagar também a conta. Fazia no pacote. Bota uma ‘enchedeira’. Sabe o que é uma ‘enchedeira’? Uma retroescavadeira. Bota e leva tudo para vala.”
As declarações, que já foram repudiadas por lideranças conservadoras e até pelo próprio ex-presidente Bolsonaro, só ganharam resposta do governador nesta segunda-feira (5), quando, sob pressão, ele apresentou um pedido de desculpas genérico e sem autocrítica.
No entanto, o que mais chama atenção é o completo silêncio de ACM Neto, que lidera um dos principais partidos de oposição ao PT na Bahia e ocupa cargo de destaque nacional no União Brasil. Nem uma palavra de repúdio, nem mesmo uma tentativa de esclarecimento. Nada. Pelo visto, aquele velho jargão “tanto faz” continua seguindo os passos dele.
Estaria o “líder da oposição baiana” relativizando um discurso de incitação ao ódio simplesmente por conveniência política?
A neutralidade neste momento crítico pode ser interpretada por muitos como omissão. Em tempos de polarização e discursos inflamados, a expectativa sobre líderes públicos é de que mantenham coerência e responsabilidade — especialmente aqueles que se autoproclamam como alternativa ao atual governo.
Seja por receio de se indispor com setores da esquerda ou por desinteresse em defender os eleitores bolsonaristas que ajudaram a construir a base conservadora na Bahia, a verdade é que, até o momento, ACM Neto escolheu não se posicionar. O gesto, ou a ausência dele, não passa despercebido, especialmente entre os que esperam uma oposição firme e ativa diante de declarações graves como a do atual governador.
Política
Deputado que criticou João Roma pode ser cassado
Deputado do PL é acusado de quebra de decoro por ofensas à ministra Gleisi Hoffmann e pode ter mandato suspenso.

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados deve analisar nesta terça-feira (6) o pedido de suspensão cautelar e abertura de processo de cassação do mandato do deputado federal Gilvan da Federal (PL-ES). O parlamentar é acusado de ter quebrado o decoro parlamentar ao proferir ofensas contra a ministra Gleisi Hoffmann (PT), durante sessão da Comissão de Segurança Pública.
De acordo com a representação assinada pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), Gilvan excedeu os limites da liberdade de expressão ao atacar a ministra com termos como “amante” e “prostituta”, o que configura, segundo o documento, abuso de prerrogativas parlamentares e comportamento incompatível com o mandato.
O relator designado para o caso é o deputado Ricardo Maia (MDB-BA), que deverá conduzir os trabalhos no colegiado. A reunião está prevista para as 11h, embora o local ainda não tenha sido oficialmente definido.
Se aprovada, a suspensão cautelar do mandato de Gilvan da Federal poderá durar até seis meses. Em seguida, o processo de instrução poderá culminar em sua cassação, decisão que dependerá de votação em plenário. Gilvan ainda poderá recorrer da decisão.
As declarações ofensivas foram feitas no último dia 29, durante uma acalorada sessão da Comissão de Segurança Pública. Na ocasião, além dos ataques a Gleisi Hoffmann, o deputado também entrou em conflito com Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do PT na Câmara. Gilvan ainda relembrou a chamada “lista da Odebrecht”, da Operação Lava Jato, mencionando a ministra em supostos esquemas de repasse ilegal de recursos, sem apresentar provas.
Dias antes, o deputado já havia causado polêmica ao desejar publicamente a morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em outra sessão parlamentar, gerando forte reação no Congresso e pedidos de investigação por parte de parlamentares e entidades civis.
Após intensa repercussão e críticas de diversos setores, Gilvan pediu desculpas, mas o gesto não impediu o avanço das medidas disciplinares no Conselho de Ética.
Recentemente, Gilvan também direcionou críticas ao presidente do PL na Bahia, João Roma. O motivo foi uma entrevista em que Roma repudiou as falas do deputado. Em resposta, Gilvan o acusou de hipocrisia por ter destinado recursos ao PDT — partido que moveu a ação responsável pela inelegibilidade de Jair Bolsonaro — e afirmou que Roma “não tem moral” para criticá-lo. Ele também mencionou voto da deputada federal Roberta Roma (PL-BA), esposa de João Roma, a favor de uma proposta do PSOL, como evidência de contradições internas no partido
- Polícia4 dias atrás
Reajuste da PMBA gera revolta entre policiais e parlamentares
- Política5 dias atrás
Nenhum deputado do PT assinou a CPI do INSS
- Saúde3 dias atrás
Brasil tem 50 mil médicos de cursos mal avaliados
- Polícia2 dias atrás
Policial Lázaro Alexandre é solto com medidas cautelares após prisão na Operação Falsas Promessas
- Polícia6 dias atrás
Polícia Militar da Bahia entrega mais de 500 honrarias
- Brasil3 dias atrás
Lady Gaga vira meme patriota e agita direita brasileira nas redes
- Brasil4 dias atrás
Cobertura de R$ 9 milhões é a nova “prisão” de Collor
- Brasil6 dias atrás
Piada pronta: no Brasil camisa vale mais que bilhões