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Política

8/01: Câmara aprova suspensão de processo contra Bolsonaro

Projeto aprovado por ampla maioria na Câmara tenta barrar ação penal no STF contra Bolsonaro, Ramagem e outros 32 denunciados por tentativa de golpe de Estado.

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Bolsonaro: Reprodução

Em uma decisão polêmica e de grande repercussão política, a Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (7), um projeto de resolução que suspende o andamento da ação penal movida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros 32 denunciados por tentativa de golpe de Estado. O texto foi aprovado por 315 votos a favor e 143 contrários, com apoio expressivo da oposição e do Centrão.

A proposta tem como base o artigo 53 da Constituição Federal, que permite ao Congresso Nacional sustar o andamento de processos contra parlamentares, mas foi redigida de forma ampla o suficiente para incluir todos os denunciados na Petição 12.100, em tramitação no STF. O trecho central da proposta determina: “Fica sustado o andamento da Ação Penal contida na Petição n. 12.100, em curso no Supremo Tribunal Federal, em relação a todos os crimes imputados”.

Segundo o relator Alfredo Gaspar (União-AL), a Constituição não faz distinção sobre quem pode ser beneficiado pela suspensão. “Se a ação é conjunta, a sustação deve ser igualmente ampla”, justificou.

A decisão da Câmara, no entanto, encontra resistência no Supremo Tribunal Federal. O ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma do STF, já havia informado previamente à Câmara que o processo não pode ser suspenso integralmente. A tendência é que a Corte não acate a sustação, criando um impasse institucional entre os Poderes.

O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), criticou a proposta. “Estão tentando blindar Bolsonaro e outros denunciados. Essa proposta não tem respaldo constitucional. Estão empurrando a Câmara para a irrelevância institucional”, afirmou.

A ação penal foi proposta pela Procuradoria-Geral da República (PGR) com base em investigações da Polícia Federal (PF), que apontam o envolvimento direto de Bolsonaro e Ramagem em uma tentativa de ruptura institucional. A PGR acusa os réus de golpe de Estado, organização criminosa, dano qualificado e outros crimes. As penas combinadas podem ultrapassar 40 anos de prisão.

O PL, partido de Bolsonaro, justificou que todos os atos atribuídos a Ramagem ocorreram após a sua diplomacão como deputado, tornando válida a aplicação do artigo 53. Ainda segundo o relator, o Ministério Público poderia ter feito uma denúncia separada, mas optou por incluir todos os acusados em um mesmo processo.

Redação Saiba+

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Política

Câmara aprova aumento no número de deputados federais

Proposta eleva para 531 o total de vagas na Câmara a partir de 2026; mudança atende determinação do STF e deve custar R$ 64,6 milhões por ano

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Câmara põe para votar projeto que aumenta o número de deputados Foto: Wilton Júnior

A Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (6), o projeto de lei que amplia o número de deputados federais de 513 para 531 a partir da legislatura de 2026. A medida altera a Lei Complementar nº 78/1993 e atende a uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a readequação da representação parlamentar de acordo com os dados do Censo 2022.

Com 270 votos favoráveis e 207 contrários, o texto segue agora para análise do Senado. Segundo o relator da proposta, deputado Damião Feliciano (União-PB), a distribuição das novas cadeiras será baseada nos dados demográficos apurados pelo IBGE e validados pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Os estados contemplados com mais vagas são:

  • Santa Catarina: +4 cadeiras
  • Pará: +4 cadeiras
  • Amazonas: +2 cadeiras
  • Rio Grande do Norte: +2 cadeiras
  • Mato Grosso: +2 cadeiras
  • Goiás: +1 cadeira
  • Ceará: +1 cadeira
  • Minas Gerais: +1 cadeira
  • Paraná: +1 cadeira

O aumento de 18 vagas na Câmara representa, de acordo com estimativas da Direção-Geral da Casa, um impacto anual de aproximadamente R$ 64,6 milhões. Isso equivale a cerca de R$ 3,6 milhões por novo parlamentar.

A proposta busca evitar que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) assuma a responsabilidade de redefinir a distribuição das cadeiras, conforme previsto caso o Congresso não cumpra a determinação do STF até 30 de junho. Nesse cenário, o TSE poderá estabelecer os novos números de representantes por estado com base no Censo 2022, respeitando os limites mínimos e máximos definidos pela Constituição.

A ação que motivou a revisão foi movida pelo governo do Pará, que reivindica o acréscimo de parlamentares com base no crescimento populacional desde 2010.

Confira como votou cada deputado da Bahia:

A favor: Alex Santana (Republicanos), Alice Portugal (PCdoB), Antonio Brito (PSD), Arthur Maia (União Brasil), Bacelar (PV), Charles Fernandes (PSD), Claudio Cajado (PP), Dal Barreto (União Brasil), Daniel Almeida (PCdoB), Diego Coronel (PSD), Elmar Nascimento (União Brasil), Félix Mendonça Jr (PDT), Gabriel Nunes (PSD), Ivoneide Caetano (PT), João Leão (PP), João Carlos Bacelar (PL), Jorge Solla (PT), Joseildo Ramos (PT), Josias Gomes (PT), Leo Prates (PDT), Leur Lomanto Jr. (União Brasil), Lídice da Mata (PSB), Márcio Marinho (Republicanos), Mário Negromonte J (PP), Neto Carletto (Avante), Otto Alencar Filho (PSD), Pastor Isidório (Avante), Paulo Azi (União Brasil), Paulo Magalhães (PSD), Ricardo Maia (MDB), Rogéria Santos (Republicanos), Valmir Assunção (PT), Waldenor Pereira (PT) e Zé Neto (PT)

Contra: Capitão Alden (PL)

Não votaram: Adolfo Viana (PSDB), José Rocha (União Brasil) e Raimundo Costa (Podemos)

Não aparece na lista: Roberta Roma (PL)

Fonte: Câmara dos Deputados

Redação Saiba+

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Política

Eleições de 2026: Bolsonaro pode migrar para o PP

Articulações entre aliados apontam que o ex-presidente avalia filiação ao Progressistas como alternativa estratégica para o próximo pleito

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) (Cristobal Herrera/EFE)

As movimentações nos bastidores da política nacional indicam uma possível mudança partidária do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que pode se filiar ao Progressistas (PP) visando o fortalecimento da direita no cenário nacional para as eleições de 2026.

A eventual ida de Bolsonaro para o PP está sendo tratada como uma jogada estratégica. O partido, que possui capilaridade nacional e forte bancada no Congresso, pode oferecer uma estrutura sólida e maior tempo de televisão, além de facilitar alianças regionais. A sigla já conta com nomes de peso no campo conservador, como o presidente da Câmara, Arthur Lira, o que amplia a viabilidade do movimento.

Se confirmada, a ida de Bolsonaro ao Progressistas deve redefinir o tabuleiro da direita brasileira, impulsionando candidaturas majoritárias e fortalecendo a oposição ao governo Lula.

Redação Saiba+

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Política

Alba: novo empréstimo de R$ 600 milhões é aprovado

Oposição critica aumento do endividamento estadual; governo afirma que recursos serão destinados a obras de infraestrutura e saneamento

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Assinatura município de Palmas de Monte Alto (05/05/2025) / flickr: jeronimorodrigues

A Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) aprovou, nesta terça-feira (6), o pedido do governador Jerônimo Rodrigues (PT) para contratar um novo empréstimo de R$ 600 milhões junto à Caixa Econômica Federal. A operação financeira será realizada por meio do Programa de Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (FINISA).

A proposta foi aprovada com ampla maioria dos votos da base governista no plenário da Alba. Parlamentares da oposição se posicionaram contra a medida, manifestando preocupação com o avanço do endividamento do Estado, que já acumula uma série de autorizações de crédito nos últimos anos.

De acordo com o governo estadual, os recursos obtidos com o novo empréstimo serão aplicados diretamente em obras de infraestrutura e em projetos de saneamento básico, considerados estratégicos para o desenvolvimento econômico e social da Bahia.

Apesar da justificativa, membros da oposição alegam que não há clareza suficiente sobre a destinação exata dos recursos, e apontam a ausência de transparência nos critérios de escolha das obras que serão financiadas. “O governo está assumindo compromissos financeiros pesados sem apresentar os resultados dos empréstimos anteriores”, criticou um dos deputados oposicionistas.

Nos bastidores da Casa Legislativa, o clima foi de embate político. Enquanto aliados do governador defenderam a medida como “essencial para garantir o avanço de obras paralisadas”, opositores classificaram o novo crédito como “mais uma fatura que cairá no colo das futuras gestões e da população baiana”.

Redação Saiba+

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