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Política

Em live nos EUA, Eduardo Bolsonaro faz duras criticas ao STF

Deputado afirma que não voltará ao Brasil agora e diz que seguirá com o mandato por mais três meses mesmo fora do país

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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou neste domingo (20) que não irá renunciar ao cargo e pretende seguir no mandato por pelo menos mais três meses, mesmo estando fora do Brasil. A declaração foi feita em uma live transmitida em seu canal no YouTube, diretamente dos Estados Unidos, onde está licenciado desde março.

“De cara, adianto para vocês: não vou fazer nenhum tipo de renúncia. Se eu quiser, consigo levar o meu mandato pelo menos pelos próximos três meses”, afirmou Eduardo. Sua licença oficial termina neste domingo (20), e ele deve ser automaticamente reconduzido ao cargo. No entanto, não há previsão de retorno ao país.

Durante a live, o parlamentar alegou estar sendo alvo de perseguição política e voltou a fazer críticas diretas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele também mencionou os ministros Flávio Dino e Luís Roberto Barroso. Segundo ele, sua atuação nos EUA estaria incomodando integrantes da Suprema Corte.

“O sistema está me perseguindo por conta do meu trabalho. Se você um dia tiver dúvida: ‘De quem é essa criança bonita que está cancelando visto de ministro do STF?’ É do Eduardo Bolsonaro. Por isso estão com raiva vindo atrás de mim”, disse, em referência à revogação de vistos de ministros brasileiros pelo governo dos Estados Unidos.

A reação de Moraes

Na véspera, o ministro Alexandre de Moraes afirmou que Eduardo teria intensificado condutas ilícitas após medidas contra Jair Bolsonaro, como o uso de tornozeleira eletrônica, restrições ao uso de redes sociais e proibição de comunicação com outros investigados. Eduardo Bolsonaro respondeu: “É uma humilhação. Espero que os EUA mandem uma resposta a isso.”

A situação do mandato

Eduardo Bolsonaro está licenciado desde 18 de março de 2025, com pedido de 122 dias de afastamento — dois por motivos de saúde e 120 por questões particulares. A vaga foi ocupada pelo suplente José Olímpio (PL-SP).

Segundo o Regimento Interno da Câmara dos Deputados, um parlamentar pode se licenciar sem remuneração por até 120 dias. Como o retorno é automático após o fim da licença, Eduardo reassume o mandato nesta segunda-feira (21), mas poderá enfrentar questionamentos legais caso continue ausente das sessões.

A regra determina que um deputado só perde o mandato por morte, renúncia ou ausência injustificada em mais de um terço das sessões. Atualmente, Eduardo ainda não ultrapassou esse limite.

Crítica a Barroso baseada em informação falsa

Eduardo também criticou o ministro Luís Roberto Barroso, mencionando falsamente que sua filha teria sido deportada dos EUA. “Eu queria perguntar ao ministro Barroso se ele acha justo que a filha dele tenha que trancar os estudos e voltar ao Brasil. Porque a minha situação é muito pior”, afirmou.

Na verdade, Luna van Brussel Barroso, filha do ministro, voltou ao Brasil em 2023, após concluir uma pós-graduação em Yale. Hoje, ela é doutoranda em Direito Constitucional pela USP e atua como advogada.

Redação Saiba+

Política

Trump questiona Luiz Inácio Lula da Silva sobre prisão e menciona “perseguição”

Durante reunião diplomática, Donald Trump retirou o foco dos temas oficiais para comentar trajetória do presidente brasileiro e o chamou de “vítima de perseguição”.

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Kuala Lampur, Malásia. 26.10.2025 Presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, durante Encontro com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante o 47ª Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático - ASEAN em Kuala Lampur, Malásia. Fotos: Ricardo Stuckert / PR Foto: Ricardo Stuckert / PR

Em um encontro marcado por tensões e gestos diplomáticos, o presidente Donald Trump mostrou um interesse inesperado na vida pessoal do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo relatos dos bastidores, Trump teria perguntado “quanto tempo você ficou preso?” ao líder brasileiro, se referindo aos processos e à detenção anterior de Lula.

Mais do que curiosidade, Trump qualificou a trajetória de Lula como sendo de alguém “perseguido” politicamente, o que levanta interpretações sobre o clima e a estratégia de aproximação entre as duas nações.

Apesar de a pauta oficial da reunião tratar de comércio bilateral, tarifas e cooperação, o episódio revela que as interlocuções diplomáticas assumem múltiplas camadas — entre negociações técnicas e simbolismos políticos. A ênfase na vida pessoal serve como elemento simbólico: ao exaltar a volta de Lula à presidência após enfrentar acusações e prisão, Trump procura manifestar admiração ou buscar narrativa de reviravolta.

Para o governo brasileiro, o gesto pode representar uma vitória de imagem: ser reconhecido internacionalmente como líder que superou obstáculos e voltou ao poder. Para os Estados Unidos, a conversa revela uma tentativa de estabelecer redenção ou afinidade política, possivelmente projetada em futuros diálogos comerciais ou estratégicos.

No entanto, o episódio também gera críticas: especialistas em política externa apontam que, quando questões pessoais ganham tanto destaque, elas podem diluir o foco das negociações técnicas e criar expectativas desequilibradas. Um analista resumiu: “o que era uma reunião sobre tarifas virou cenário para narrativa pessoal”.

Em resumo, o encontro entre Trump e Lula ilustra que na diplomacia contemporânea os detalhes – como uma pergunta sobre prisão – podem ter impacto simbólico tão relevante quanto os acordos formais. Como resultado, resta acompanhar se o reconhecimento da trajetória de Lula se traduzirá em avanços concretos nas relações comerciais e estratégicas entre Brasil e Estados Unidos.

Redação Saiba+

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Política

Lula afirma que ainda não há exigências de Trump sobre o “tarifaço”

Em encontro diplomático marcado na Malásia, Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump se preparam para negociar futura redução de tarifas, sem pé na mesa por enquanto

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Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante declaração conjunta à imprensa, na Residência do Primeiro-Ministro da Malásia. Putrajaya (Malásia) Foto: Ricardo Stuckert

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que o governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump, ainda não apresentou exigências formais em relação à redução do chamado “tarifaço” aplicado sobre produtos brasileiros. Segundo Lula, o momento é de diálogo e construção de consensos, e não de imposições.

Durante agenda internacional, o presidente ressaltou que as negociações entre os dois países devem ocorrer com respeito mútuo e equilíbrio econômico, destacando que “não há exigências dele, e não há exigências nossas ainda”. A fala evidencia a estratégia de manter abertas as portas para o entendimento, sem assumir compromissos unilaterais que possam prejudicar a indústria nacional.

A medida de Trump, que elevou tarifas sobre exportações brasileiras em setores estratégicos, é vista pelo governo como um desafio diplomático que precisa ser tratado com prudência e firmeza política. Lula reiterou que o Brasil buscará condições justas de comércio internacional, priorizando o fortalecimento das exportações e a valorização da produção nacional.

O encontro entre os dois líderes, previsto para os próximos dias, deve definir os rumos da relação econômica bilateral. De acordo com o Palácio do Planalto, a expectativa é que a reunião aproxime as posições e crie um ambiente propício para um acordo comercial mais equilibrado.

A postura de Lula reforça a imagem de um governo disposto ao diálogo, mas atento à defesa dos interesses brasileiros, sobretudo em temas ligados à competitividade, à indústria e à soberania econômica.

Redação Saiba+

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Política

Haddad prefere “ser gastador” a “caloteiro”, diz ministro da Fazenda

Em tom firme, Fernando Haddad defende o pagamento de precatórios e reafirma compromisso com a responsabilidade fiscal

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O ministro Fernando Haddad — Foto: Maria Isabel Oliveira

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a defender nesta sexta-feira que o governo federal deve manter o pagamento regular dos precatórios, reforçando a importância de preservar a credibilidade financeira do país. Em suas palavras, ele afirmou que prefere “ter a pecha de ter gastado mais do que a de caloteiro”, deixando claro que a prioridade é honrar as dívidas judiciais da União.

Durante o discurso, Haddad criticou a ideia de adiar ou suspender pagamentos de precatórios, classificando tal prática como ilegal, inconstitucional e irracional. Para ele, a postergação desses valores não apenas compromete o equilíbrio fiscal, mas também afeta cidadãos e empresas que aguardam há anos por decisões judiciais transitadas em julgado.

O ministro enfatizou que o governo federal tem condições de cumprir suas obrigações sem recorrer a manobras contábeis. “A União tem capacidade de financiamento e deve dar o exemplo”, disse Haddad, destacando que a credibilidade econômica é construída com previsibilidade e respeito às regras.

A fala ocorre em meio às discussões sobre novas normas de controle de gastos públicos e revisão das regras fiscais. Haddad reforçou que o equilíbrio das contas públicas não deve vir à custa de descumprimentos judiciais, mas por meio de gestão responsável e planejamento de longo prazo.

O posicionamento do ministro foi visto como uma tentativa de consolidar uma imagem de responsabilidade e transparência diante de um cenário de incertezas fiscais. Com a declaração, Haddad sinaliza que o governo busca manter o compromisso com a estabilidade econômica, ainda que enfrente críticas por ampliar despesas em algumas áreas.

Redação Saiba+

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