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Brasil

Lula já gastou mais de R$ 4 bilhões em publicidade

Em campanhas do governo e estatais; valor já representa 58% de todo o montante usado por Bolsonaro em quatro anos.

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Lula em 30 de janeiro de 2025 — Foto: Reuters/Adriano Machado

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aumentou os investimentos em publicidade estatal em relação à gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). De acordo com levantamento do SaibaMaisBahia, nos dois primeiros anos do atual mandato, foram gastos R$ 4,1 bilhões com campanhas publicitárias promovidas por ministérios, estatais e pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom).

O valor representa uma média de R$ 2 bilhões por ano, 15% a mais do que a média anual de R$ 1,8 bilhão registrada durante o governo Bolsonaro. Considerando os dois primeiros anos de cada gestão, Lula gastou 31% a mais que o antecessor, cuja soma no mesmo período (2019-2020) foi de R$ 3,1 bilhões. Todos os valores foram corrigidos pela inflação até dezembro de 2024.

O levantamento considerou dados do Sistema de Comunicação de Governo do Poder Executivo Federal (Sicom), da Secom e dos portais oficiais de empresas públicas como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e BNDES.

Estatais puxam fila de gastos

Os bancos públicos continuam sendo os principais responsáveis pelos gastos com publicidade. O Banco do Brasil manteve níveis semelhantes aos da gestão passada, com crescimento de apenas 3% na média anual. Já a Caixa Econômica aumentou seus investimentos em propaganda em 18%.

A média anual de gastos de todos os bancos públicos federais (incluindo BNDES, Banco do Nordeste e Basa) subiu de R$ 971 milhões entre 2019 e 2022 para R$ 1,1 bilhão em 2023-2024 — um aumento de 14%.

Perda de transparência e o fim do IAP

Apesar da atualização dos dados, especialistas apontam que houve perda na transparência das informações sobre a publicidade estatal. Entre 1999 e 2016, o acompanhamento era feito de forma sistemática pelo Instituto para Acompanhamento da Publicidade (IAP), entidade financiada por agências que prestavam serviços ao governo. Em 2017, o órgão foi desativado durante o governo Michel Temer, e os dados das estatais deixaram de ser publicizados com o mesmo nível de detalhe.

Com o fim do IAP, cidadãos e jornalistas deixaram de ter acesso facilitado a dados como valores individualizados por campanha, agência responsável e mídia contratada. Desde então, o acompanhamento depende de consultas isoladas aos sites das estatais e da Secom.

Nova campanha institucional e mudança no comando

Em janeiro de 2025, Lula nomeou Sidônio Palmeira para comandar a Secom. A secretaria afirma que não interfere nas execuções de publicidade de outros ministérios e das empresas estatais. Segundo nota, as ações da pasta seguem os decretos nº 6.555/2008 e nº 11.362/2023, com foco em “divulgar direitos dos cidadãos, políticas públicas e serviços à disposição da população”.

A campanha mais recente, intitulada “Brasil É dos Brasileiros”, foi lançada em abril de 2025 e deve custar R$ 50 milhões. O primeiro vídeo estreou no intervalo do Jornal Nacional e depois foi veiculado nas redes sociais do presidente.

Redação Saiba+

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Brasil

Rui Costa celebra recorde de empregos no Brasil: “Economia bombando”

Ministro da Casa Civil destaca crescimento do mercado de trabalho, baixa no desemprego e queda no preço dos alimentos durante evento do metrô em Salvador

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Durante cerimônia realizada na manhã desta segunda-feira (9), na Praça do Campo Grande, em Salvador, o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), destacou números positivos da economia brasileira, com ênfase na geração recorde de empregos formais, crescimento do PIB e redução no preço de alimentos.

A ocasião marcou o anúncio da licitação do Tramo IV do metrô Salvador–Lauro de Freitas, além da aquisição de 10 novos trens para o sistema metroviário da capital baiana. Em seu discurso, Rui Costa comemorou os resultados recentes do mercado de trabalho:

“Temos hoje o maior número de pessoas com carteira assinada da história do Brasil: 48,6 milhões de trabalhadores formais. Somando os trabalhadores informais e os MEIs, são mais de 106 milhões de brasileiros com mão de obra ocupada”, declarou o ministro.

Ele também destacou a menor taxa de desemprego da história, atualmente em 6,6%, e afirmou que o país vive um momento de retomada consistente da economia.

“A economia brasileira cresceu 3% em 2023 e deve repetir o desempenho em 2024. Se mantivermos esse ritmo, chegaremos a 2025 entre os cinco países do mundo que mais investem e geram empregos”, afirmou Rui.

Além do crescimento do emprego, Rui Costa ressaltou a queda significativa nos preços dos alimentos, reflexo de políticas implementadas pelo governo federal.

“O povo esperava, e estamos vendo: arroz, ovo e frango caíram bastante de preço. Atuamos fortemente para reduzir o imposto de importação, e agora os resultados estão chegando à mesa dos brasileiros”, disse ele.

O ministro garantiu que o governo continuará monitorando os preços para garantir acesso à alimentação com qualidade e preço justo, reforçando o compromisso social da gestão do presidente Lula.

Com o avanço nas obras de infraestrutura e os investimentos em mobilidade urbana e geração de empregos, Rui Costa reforçou que o Brasil está em uma trajetória sólida de crescimento econômico e inclusão social.

Redação Saiba+

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Brasil

Governo reduz IOF e mira apostas para compensar arrecadação

Acordo entre Haddad e Congresso prevê corte nas alíquotas do IOF e aumento da tributação sobre apostas esportivas, além de revisão em isenções fiscais

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O ministro Fernando Haddad (Fazenda), com o vice-presidente Geraldo Alckmin, os senadores Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), presidente do Congresso, e os deputados José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara, e Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara - Adriano Machado/Reuters

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou um acordo com o Congresso Nacional para reduzir as alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), estabelecidas em decreto no fim de maio. Para evitar perdas de arrecadação, o governo pretende compensar a medida com o aumento da tributação sobre apostas esportivas, o corte de isenções fiscais e a taxação de novos instrumentos financeiros atualmente isentos.

A proposta foi apresentada por Haddad em uma reunião com líderes partidários da Câmara e do Senado no último domingo (8). O plano inclui a cobrança de 5% de Imposto de Renda sobre aplicações como LCIs e LCAs, além da tributação de juros sobre capital próprio. As medidas deverão ser formalizadas por meio de uma Medida Provisória e de um Projeto de Lei Complementar.

Outro ponto central do acordo é a revisão da cobrança de IOF sobre operações de risco sacado, considerado um dos trechos mais polêmicos do decreto anterior. A mudança atende à pressão do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que chegou a anunciar a possibilidade de derrubar o decreto via projeto legislativo.

A nova calibragem do IOF deve reduzir em média 65% das alíquotas previstas inicialmente, limitando a arrecadação a cerca de um terço do valor projetado pelo Ministério da Fazenda. Para cobrir essa diferença, Haddad propôs elevar a alíquota das apostas esportivas de 12% para 18%, retomando um patamar já considerado pelo Executivo no passado.

Segundo o ministro, o plano será discutido em detalhes com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta terça-feira (10), com previsão de envio imediato das propostas ao Congresso.

Além da taxação sobre bets, o governo pretende reduzir em até 10% o volume de isenções fiscais, como parte de um esforço estrutural para reorganizar a arrecadação federal sem depender de medidas paliativas. As conversas também abordaram a possibilidade de limitação de deduções médicas no Imposto de Renda, revisão de gastos do Fundeb e aumento da carga tributária sobre fintechs.

A reunião de domingo ocorreu após dias de forte tensão entre o governo e o Congresso. Motta chegou a ameaçar colocar em votação um projeto para anular o decreto que aumentou o IOF, gerando pressão para um recuo técnico do Ministério da Fazenda.

Nos bastidores, integrantes do governo confirmaram que a compensação exigirá uma PEC, um projeto de lei e uma medida provisória, sinalizando que a recomposição da arrecadação deve ocorrer em múltiplas frentes. O objetivo é blindar o equilíbrio fiscal previsto para os anos de 2025 e 2026, sem que isso resulte em desgaste político adicional ao governo.

Mesmo com resistência de setores influentes, como bancos e empresas do setor imobiliário, o governo considera que o novo pacote representa uma alternativa viável para evitar o colapso do decreto original. A expectativa é de que a proposta avance com apoio da base aliada, dada a flexibilidade apresentada por Haddad nas negociações com o Legislativo.

Redação Saiba+

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Brasil

Renault convoca recall de Duster e Duster por risco de falha grave no eixo traseiro

Problemas nos dois modelos podem afetar a dirigibilidade e causar acidentes; correções já podem ser agendadas na rede autorizada

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A montadora Renault anunciou nesta semana um recall para os modelos Duster e Kwid, ambos por falhas detectadas no eixo traseiro que podem comprometer a segurança dos ocupantes e a dirigibilidade dos veículos. O chamado atinge milhares de unidades fabricadas entre 2021 e 2024.

De acordo com a empresa, os proprietários devem agendar a inspeção gratuita em qualquer concessionária da marca, onde o componente será verificado e, se necessário, substituído. As informações detalhadas podem ser consultadas no site oficial da Renault ou pelo telefone 0800 055 5615.

Problemas distintos, riscos semelhantes

No caso do Renault Duster, foi detectado um defeito no processo de usinagem das roscas do rolamento do eixo traseiro, o que pode resultar em fixações soltas ou ausentes. Se o eixo se desprender do chassi, há risco de perda de controle do veículo e acidente. Antes disso, é possível que o motorista escute ruídos fortes vindos da parte traseira. O reparo nesse modelo pode levar entre 30 minutos e 1h30, dependendo do diagnóstico.

Já o Renault Kwid apresenta um problema de origem diferente, mas com consequências igualmente graves. A montadora identificou a possibilidade de fissuras no suporte do eixo traseiro, que podem se agravar com o tempo e comprometer o funcionamento da peça e a estabilidade do carro. O reparo no Kwid é mais complexo, podendo durar de 30 minutos até 8 horas, conforme a extensão do dano.

Modelos e chassis envolvidos

Os veículos atingidos pelo recall estão dentro dos seguintes intervalos:

  • Renault Kwid
    Chassis: J000006 a J986154
    Data de fabricação: 05/05/2021 a 12/05/2023
  • Renault Duster
    Chassis: J060924 a JL87197
    Data de fabricação: 16/09/2024 a 06/12/2024

A Renault reforça que não foram registrados acidentes até o momento em decorrência dos defeitos, mas destaca a urgência do reparo para garantir a segurança dos motoristas e passageiros.

Agendamento imediato

Para realizar o serviço, o proprietário deve agendar previamente o atendimento. O recall é gratuito, como previsto no Código de Defesa do Consumidor, e a montadora orienta que os motoristas evitem longas viagens até a realização da inspeção, especialmente nos casos em que há sintomas como ruídos ou instabilidade na traseira do veículo.

Redação Saiba+

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