Política
PT quer urnas do TSE e avalia voto por celular em eleição interna

O Partido dos Trabalhadores (PT) se prepara para realizar, em julho, a sua eleição interna que definirá o novo presidente da legenda. Com expectativa de participação entre 200 mil e 300 mil filiados em cerca de 3 mil municípios, a direção nacional do partido busca alternativas para garantir agilidade, segurança e transparência no processo.
Entre as medidas, o PT solicitou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o empréstimo de urnas eletrônicas. O pedido foi feito no fim de março, durante uma reunião entre o presidente interino do partido, senador Humberto Costa (PE), e a tesoureira nacional, Gleide Andrade, com a presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia. Até o momento, o tribunal não respondeu oficialmente à solicitação.
Além das urnas, o partido avalia a viabilidade de outros meios de votação, incluindo o uso de aplicativo de celular, inspirado no modelo adotado pela seccional paulista da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em 2024, que viabilizou o voto remoto dos advogados por meio de plataforma digital.
A medida busca modernizar o processo de escolha interna da sigla, ampliando o alcance da participação e promovendo mais praticidade para os filiados, especialmente em regiões mais distantes dos centros urbanos.
A definição do formato final da eleição deve ocorrer nas próximas semanas, com base na resposta do TSE e na análise técnica de viabilidade dos sistemas digitais.
Política
China anuncia R$ 27 bi em investimentos no Brasil
Aportes bilionários vão de combustível sustentável a carros elétricos; dólar sobe e Ibovespa reage à trégua comercial entre EUA e China

A visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a Pequim nesta segunda-feira (12) foi marcada pelo anúncio de uma série de investimentos chineses no Brasil, que somam cerca de R$ 27 bilhões. Os recursos irão impulsionar setores estratégicos como energia renovável, mobilidade elétrica, biotecnologia e tecnologia da informação.
O destaque ficou por conta da Envision, que vai investir US$ 1 bilhão (R$ 5,6 bilhões) para produzir combustível sustentável de aviação (SAF) a partir de cana-de-açúcar. O projeto integra a Lei do Combustível do Futuro e deverá posicionar o Brasil entre os maiores produtores mundiais de SAF, segundo o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa.
A montadora GAC confirmou investimento de US$ 1,3 bilhão (R$ 7,39 bilhões) para fabricar carros híbridos e elétricos em Goiás, além de instalar um centro de pesquisa no Nordeste. A GWM, outra gigante do setor automotivo chinês, anunciou R$ 6 bilhões para ampliar sua operação brasileira e exportar veículos para a América Latina.
No setor de energia limpa, a CGN vai investir R$ 3 bilhões em projetos eólicos, solares e de armazenamento no Piauí. O presidente também se reuniu com o CEO da Windey, empresa referência em turbinas eólicas, reforçando a pauta verde na cooperação bilateral.
A área de saúde também teve avanços significativos. Eurofarma e Sinovac vão criar o Instituto Brasil-China para Inovação em Biotecnologia, com foco em vacinas e doenças degenerativas. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, classificou a iniciativa como uma “plataforma binacional de produção de vacinas”.
Empresas como a Meituan (delivery) e a rede de fast food Mixue anunciaram entrada no mercado brasileiro com investimentos de R$ 5,6 bilhões e R$ 3,2 bilhões, respectivamente. A fabricante de chips Longsys também vai construir fábricas em São Paulo e Manaus.
“A nossa relação será indestrutível”, declarou Lula em discurso. “A China precisa do Brasil e o Brasil precisa da China. Juntos, faremos o sul global ser respeitado.” O presidente ainda destacou o potencial brasileiro para atrair investimentos, citando estabilidade política e fiscal, a reforma tributária e o avanço em indicadores sociais.
Na economia, o dólar teve alta de 0,53%, fechando a R$ 5,68, enquanto o Ibovespa subiu levemente 0,04%, alcançando 136.563 pontos. No cenário global, os mercados acompanharam com cautela o acordo comercial assinado na Suíça entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping. O pacto prevê a redução mútua de tarifas por 90 dias, em sinal de trégua na guerra comercial.
Internamente, o Banco Central revisou para baixo a projeção de inflação de 2025, que agora é de 5,51%, embora ainda acima da meta de 4,5%. A taxa Selic deverá permanecer em 14,75% até o fim do ano. O mercado também repercutiu o lucro líquido ajustado de R$ 3,37 bilhões do BTG Pactual no primeiro trimestre, uma alta de 16,6%, mas as ações do banco caíram 2,60% com dúvidas sobre sua sustentabilidade no atual cenário econômico.
Agora, os investidores aguardam a divulgação do balanço da Petrobras, esperado para o pós-pregão, que pode influenciar os rumos do mercado nos próximos dias.
Política
STF arquiva inquérito de Silveira e julgamento de Zambelli entra em disputa política
Enquanto Moraes encerra investigação contra ex-deputado, defesa de Carla Zambelli tenta adiar julgamento com base em precedente envolvendo Alexandre Ramagem

O Supremo Tribunal Federal (STF) teve movimentações decisivas nos últimos dias que envolvem nomes centrais da política bolsonarista. De um lado, o ministro Alexandre de Moraes arquivou um inquérito contra o ex-deputado federal Daniel Silveira. Do outro, a defesa da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) tenta suspender seu julgamento, que já conta com maioria formada para sua condenação, usando como base o caso recente do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ).
O inquérito de Daniel Silveira, aberto em 2021, investigava mais de 30 violações no uso da tornozeleira eletrônica, determinadas como medidas cautelares pelo STF. A investigação foi prorrogada diversas vezes até que, na semana passada, Moraes decidiu arquivá-la, acolhendo parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), que não identificou novos elementos que justificassem a continuidade do processo. Silveira atualmente vive em Magé (RJ), onde se dedica à atividade rural.
Já no caso de Carla Zambelli, a situação é bem mais delicada. Quatro dos cinco ministros da Primeira Turma do STF — Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin e Flávio Dino — votaram pela condenação da parlamentar a dez anos de prisão. Ela é acusada de envolvimento em uma invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), junto com o hacker Walter Delgatti, para forjar documentos, entre eles um falso mandado de prisão contra Moraes.
A defesa da deputada tenta adiar o julgamento com um argumento baseado no precedente criado no caso de Alexandre Ramagem. Na semana passada, a Câmara dos Deputados aprovou a suspensão da ação penal contra o parlamentar, e o STF aceitou o pedido, mas apenas em relação aos crimes cometidos após sua diplomação. Com isso, os advogados de Zambelli pedem que o julgamento seja interrompido até que a Câmara também analise a possibilidade de sustar a ação contra ela.
Segundo os advogados, o Partido Liberal (PL) protocolou um pedido formal à Presidência da Câmara em 29 de abril, mas ainda não houve deliberação. Eles alegam que, como os fatos atribuídos a Zambelli começaram em agosto de 2022 — após sua diplomação —, ela se enquadra nos requisitos previstos na Constituição para ter seu processo suspenso.
A Procuradoria-Geral da República acusa Zambelli e Delgatti de inserir documentos falsos no sistema do CNJ, com o objetivo de gerar confusão institucional e atentar contra o Estado Democrático de Direito. A condenação do hacker já tem maioria no STF, com pena estipulada em oito anos. Uma eventual suspensão do julgamento, no entanto, beneficiaria apenas a deputada.
Política
Surpresa: STF remete queixa-crime de Diego Castro contra Jerônimo ao STJ, que julgará o governador
A decisão surpreende o bolsonarismo, que acreditava no arquivamento da denúncia por parte da Suprema Corte.

O Supremo Tribunal Federal (STF) encaminhou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) a queixa-crime apresentada pelo deputado estadual Diego Castro (PL) contra o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT). A decisão foi tomada pelo ministro Cristiano Zanin, que declinou da competência do STF para analisar o caso, determinando a remessa dos autos ao STJ.
A ação de Diego ao STF foi protocolada na semana passada, após a divulgação de um vídeo em que Jerônimo Rodrigues afirma que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus eleitores deveriam “pagar a conta” e ser mandados “para vala com enchedeira”.
Diego Castro, que preside a Comissão de Segurança Pública e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), classificou a declaração como “uma ameaça”.
Segundo o parlamentar, a fala do governador “ultrapassa os limites do discurso político e representa uma ameaça à integridade física de opositores”.
“Repudiamos com veemência qualquer declaração que incite ódio, violência ou desrespeito à vida de quem pensa diferente. O governador da Bahia sugerir ‘mandar para vala com enchedeira os eleitores de Bolsonaro’ é gravíssimo e inadmissível”, justificou Diego.
Agora, com o envio do caso ao STJ, caberá à Corte decidir se a queixa-crime apresentada pelo deputado baiano será aceita e, eventualmente, levada adiante.
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