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Brasil

Consignado CLT: portabilidade começa hoje com juros menores

Trabalhadores com carteira assinada já podem trocar seus empréstimos para reduzir dívidas e ampliar acesso ao Crédito do Trabalhador

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Imagem: iStock

A partir desta sexta-feira (15), trabalhadores da iniciativa privada com carteira assinada (CLT) já podem fazer a portabilidade de seus empréstimos consignados e créditos pessoais para outras instituições financeiras. A medida faz parte da ampliação do programa Crédito do Trabalhador, lançado pelo governo federal, que tem como objetivo facilitar o acesso ao crédito com juros menores e maior transparência nas condições oferecidas.

A novidade permite que o trabalhador quite sua dívida atual com um novo empréstimo, contratado automaticamente entre as instituições envolvidas. No entanto, a solicitação da portabilidade ainda precisa ser feita diretamente com o banco, pois o serviço ainda não está disponível na Carteira de Trabalho Digital.

De acordo com o Ministério do Trabalho, a portabilidade será estendida no dia 6 de julho, quando a migração de dívidas poderá ser feita com mais agilidade em qualquer instituição participante. A expectativa é de que a mudança amplie significativamente o volume de financiamentos, que já ultrapassou R$ 11,3 bilhões em menos de dois meses.

“A intenção é que o trabalhador possa reduzir a taxa de juros da sua dívida original e, caso tenha margem consignável, aumentar o valor do novo empréstimo”, afirmou o Ministério.
“Todos os bancos habilitados têm acesso à lista dos trabalhadores com crédito pessoal ou consignado em aberto.”


Como funciona o Consignado CLT?

  • O trabalhador autoriza o acesso a seus dados (como CPF, tempo de empresa e margem disponível);
  • Recebe propostas de crédito em até 24 horas;
  • Escolhe a melhor oferta e autoriza a contratação;
  • As parcelas são descontadas diretamente da folha de pagamento;
  • É possível comprometer até 35% da renda mensal com o empréstimo.

Como solicitar a portabilidade?

  • Confirme se o banco de destino oferece o Consignado CLT;
  • Faça a solicitação pelos canais digitais da instituição financeira escolhida;
  • O novo banco quitará automaticamente a dívida anterior e assumirá o crédito.

Com a possibilidade de troca facilitada e a promessa de juros menores, a iniciativa busca aliviar o orçamento das famílias brasileiras e estimular uma concorrência mais saudável entre os bancos. O Crédito do Trabalhador se consolida como uma alternativa acessível, segura e transparente para quem precisa reorganizar suas finanças.

Redação Saiba+

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Crise nas Federais: Corte de Lula trava funcionamento das universidades

Decreto do governo limita uso mensal do orçamento de universidades federais, que agora enfrentam cortes em limpeza, segurança, transporte e até suspensão de aulas por falta de estrutura básica.

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Lula / Reprodução

As universidades federais brasileiras entraram em estado de alerta. A partir de um decreto do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), as instituições de ensino superior só poderão utilizar pouco mais de 60% do orçamento mensal previsto entre os meses de maio e novembro. A medida imposta pelo Executivo tem gerado um efeito cascata devastador: suspensão de serviços essenciais, cortes em contratos, prejuízos à pesquisa e ao ensino, além da ameaça de colapso administrativo em diversas instituições.

Entre as mais afetadas, a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) revela um cenário crítico. Com contas mensais que somam R$ 6 milhões, a universidade só receberá R$ 4 milhões por mês — embora precise de R$ 9 milhões para funcionar plenamente. Resultado: 20% de corte na limpeza, extinção da capina, redução na segurança e previsão de funcionamento apenas até setembro.

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), por sua vez, já acumula uma dívida de R$ 61 milhões e enfrenta dilemas básicos: escolher entre pagar água ou energia. A infraestrutura deteriorada e a falta de verba fizeram com que aulas fossem canceladas por ausência de luz e água, comprometendo o calendário letivo.

Outras instituições pelo país adotam medidas semelhantes:

  • UFRGS cortou transporte interno e suspendeu compras de informática;
  • UFCG, referência em patentes, prioriza pagamentos em atraso e renegocia contratos;
  • Cefet-MG interrompeu reformas, compra de insumos e móveis;
  • UFV alertou que terá apenas dois dias para executar quase 40% do orçamento, o que é “totalmente inviável”.

O presidente da Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior), José Daniel Diniz Melo, aponta que o decreto do governo atrapalha a gestão das instituições, já que a maior parte das despesas, como assistência estudantil, bolsas, limpeza e segurança, exige pagamentos contínuos. “Liberar verba só em dezembro inviabiliza o funcionamento das universidades ao longo do ano”, afirmou.

Segundo dados oficiais, o orçamento discricionário das federais para 2025 é de R$ 5,7 bilhões, valor que representa apenas metade do que estava disponível em 2011, mesmo com o aumento de 28% no número de estudantes e a ampliação territorial das universidades. A reivindicação inicial das instituições era de R$ 7,81 bilhões — mesmo patamar de 2019, corrigido pela inflação.

Mesmo com promessas de recomposição, o Ministério da Educação (MEC) reconheceu que as universidades ainda enfrentam os efeitos acumulados de cortes entre 2016 e 2022, mas afirma estar fazendo “esforços” para recuperar o orçamento.

A comunidade acadêmica teme a paralisação completa de serviços como fornecimento de água, transporte, manutenção predial e atividades laboratoriais. A situação já está mobilizando reitores, que têm recorrido a deputados estaduais e federais na tentativa de viabilizar emendas parlamentares emergenciais.

Redação Saiba+

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Lula confirma pedido à China sobre TikTok e se irrita com vazamento de fala de Janja

Presidente diz que ele, e não Janja, fez solicitação a Xi Jinping sobre regulação digital e critica ministros por vazamento da conversa

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Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-dama Janja durante a cerimônia de boas-vindas no Palácio do Povo em Pequim. Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

Durante coletiva nesta quarta-feira (14), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou que solicitou diretamente ao líder chinês, Xi Jinping, o envio de um representante de confiança ao Brasil para discutir regulação digital, com foco na atuação do TikTok. A declaração acontece após a repercussão de uma fala da primeira-dama Janja da Silva, que teria causado desconforto ao abordar a plataforma chinesa durante um jantar oficial em Pequim.

“Eu perguntei ao companheiro Xi Jinping se era possível ele enviar para o Brasil uma pessoa da confiança para a gente discutir a questão digital — sobretudo o TikTok”, declarou Lula.

Segundo o presidente, foi nesse momento que Janja pediu a palavra para explicar preocupações sobre os impactos da rede, especialmente no que diz respeito a ataques a mulheres e crianças brasileiras.

O episódio gerou ruído diplomático e interno no governo. Reportagens apontaram que integrantes da comitiva brasileira não entenderam o objetivo da fala de Janja e que membros do governo chinês teriam se incomodado com o tom da intervenção. Irritado com o vazamento da conversa, Lula criticou o comportamento de seus auxiliares.

“Eu acho estranho como essa pergunta chegou à imprensa, porque estavam só meus ministros lá. Alguém teve a pachorra de ligar e contar uma conversa que aconteceu durante o jantar, algo muito confidencial e pessoal”, desabafou. E completou: “Se um ministro estivesse incomodado, deveria ter me procurado e pedido para sair. Eu autorizaria”.

Apesar da saia justa diplomática, Lula reforçou que Xi Jinping respondeu de forma cordial e reafirmou que o Brasil tem soberania para regular ou até banir plataformas como o TikTok, se assim desejar. O presidente chinês também teria se comprometido a enviar um especialista para debater o tema com autoridades brasileiras.

A situação expõe mais uma camada do impasse envolvendo a regulação das redes sociais no Brasil, tema que voltou ao centro do debate político nos primeiros meses de 2025. Enquanto o Executivo e o Judiciário tomam iniciativas isoladas, como as recentes ações do STF e da AGU, o Congresso Nacional permanece inerte desde o arquivamento do PL das Fake News em 2023.

A tensão envolvendo o TikTok tem também pano de fundo internacional. A plataforma é alvo de questionamentos em diversas partes do mundo, como nos Estados Unidos, onde o governo pressiona por sua venda a empresas americanas sob o argumento de segurança nacional.

Redação Saiba+

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Brasil

Luana Piovani critica Virgínia e Zé Felipe rebate: “Vai tomar no seu c*”

Atriz detonou depoimento de Virgínia Fonseca na CPI das Bets e foi respondida com palavrão por Zé Felipe, marido da influenciadora

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Luana Piovani critica conteúdos de Virginia Fonseca e Zé Felipe rebate. Foto: @luapio e @virginia via Instagram / Reprodução

A atriz Luana Piovani voltou a criticar a influenciadora digital Virgínia Fonseca, desta vez após o depoimento da empresária na CPI das Apostas Esportivas, também chamada de CPI das Bets, realizado nesta terça-feira (13) no Senado Federal. Convocada como testemunha, Virgínia respondeu a questionamentos sobre seus contratos de publicidade com casas de apostas e o possível incentivo ao jogo entre seus mais de 50 milhões de seguidores.

Nos stories do Instagram, Luana detonou a postura da influenciadora, ironizando a menção religiosa feita por Virgínia ao início da sessão. “Essa excomungada falando em Deus? Que o karma da desgraça que ela vende inunde a vida dela”, escreveu. Em outra publicação, a atriz demonstrou indignação: “Fico com ódio quando nos tratam como otários”.

Luana Piovani critica Virgínia Fonseca nos stories do Instagram, após depoimento da influenciadora na CPI das Bets. Foto: Reprodução/@luapio via Instagram

A reação mais repercutida veio do cantor Zé Felipe, marido de Virgínia, que respondeu de forma direta à crítica: “Vai tomar no seu c***”, disparou nos comentários de um post replicado nas redes sociais. A briga ganhou rapidamente os trending topics e inflamou os debates digitais.

Durante o depoimento, Virgínia negou irregularidades e afirmou que sempre alertou sobre os riscos do jogo. Ela também se defendeu de acusações relacionadas à chamada “cláusula da desgraça”, termo usado para contratos em que influenciadores receberiam bônus com base nas perdas dos apostadores. Segundo a influenciadora, o contrato com a empresa Esportes da Sorte previa apenas um valor fixo e uma bonificação que nunca foi ativada.

“Nunca recebi um real a mais do que o valor fixo do meu contrato. Nunca fiquei milionária com bets”, declarou Virgínia durante a sessão.

A relatora da CPI, senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), afirmou que influenciadores como Virgínia podem estar exercendo influência nociva à população, sobretudo entre menores de idade. A parlamentar reforçou que o objetivo da comissão é apurar o impacto social e psicológico da publicidade de jogos de azar e buscar regulamentações que protejam o consumidor.

Virgínia também revelou que utilizava contas fornecidas pelas empresas para realizar apostas nas gravações, não envolvendo seu dinheiro pessoal. Ao final, disse que vai refletir sobre a continuidade das parcerias com casas de apostas.

Próximos passos
A CPI continuará ouvindo outros influenciadores e representantes das empresas envolvidas. A documentação entregue por Virgínia, que inclui contratos com a Esportes da Sorte e a Blaze, será analisada sob sigilo. A comissão quer entender se há conexão entre os conteúdos promovidos e o aumento de casos de vício e prejuízo financeiro entre o público.

Redação Saiba+

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