Política
ACM Neto mira 2026 e aciona liderança no Recôncavo

Em meio aos desafios para reorganizar a oposição na Bahia, o ex-prefeito de Salvador e vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto escolheu o ex-prefeito de Governador Mangabeira, Marcelo Pedreira, como um dos principais articuladores de sua agenda política no interior do estado.
Marcelo Pedreira tem trajetória consolidada na política do Recôncavo. Foi vice-prefeito em 2004, prefeito por dois mandatos consecutivos (2016 e 2020), e conseguiu eleger sua prima e ex-secretária de Administração, Manuela Pedreira, como sucessora. Seu principal embate local é com Domingas, liderança histórica ligada ao PT.
A nomeação de Pedreira como peça-chave na articulação de visitas ao interior acontece em um momento delicado para o grupo de ACM Neto. Após a derrota nas urnas em 2022 para o governador Jerônimo Rodrigues (PT), Neto busca reagrupar aliados e consolidar bases municipais com vistas à eleição de 2026, quando pretende disputar novamente o governo da Bahia.
No feriado, Neto reuniu lideranças do Recôncavo em um sítio na cidade de Cabaceiras do Paraguaçu. Entre os presentes estavam prefeitos como Genival Deolino (Santo Antônio de Jesus), além de outras figuras próximas do campo oposicionista. O encontro foi interpretado como um gesto para reaquecer a articulação regional e sinalizar presença em um território onde o PT ainda mantém influência significativa.
Apesar do capital político que acumulou como prefeito da capital e da expressiva votação em 2022, quando alcançou 3,3 milhões de votos, Neto e seus aliados enfrentam dificuldades para compor a futura chapa majoritária. Nos bastidores, a avaliação é de que faltam nomes dispostos ao “sacrifício” de disputar vagas ao Senado ou à vice-governadoria.
A escolha de Marcelo Pedreira, portanto, é também simbólica: além de representar um elo com o interior, ele é visto como alguém com trânsito político, conhecimento de campo e capacidade de diálogo com lideranças locais, especialmente em regiões onde a oposição precisa reconquistar espaço.
Com a disputa de 2026, ACM Neto tenta refazer os caminhos até o interior, onde, historicamente, o PT vem consolidando vitórias eleitorais sucessivas.
Política
Fraude bilionária é 2º escândalo no INSS sob Lula 3
Antecessor de Stefanutto, afastado do cargo nesta quarta-feira, foi demitido por Lula em julho do ano passado por suspeitas de irregularidades, em caso que ficou conhecido como ‘farra das passagens’

O escândalo de R$ 6,3 bilhões em descontos indevidos em benefícios do INSS, alvo da Operação Sem Desconto deflagrada nesta quarta-feira (23) pela Polícia Federal, é o segundo caso de grande repercussão envolvendo o instituto durante o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O atual presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi afastado do cargo por determinação do presidente Lula e, posteriormente, pediu demissão para se concentrar em sua defesa. Ele havia assumido a presidência do órgão em julho de 2023, após a saída de Glauco Wamburg — também envolvido em suspeitas de irregularidades.

Foto: Reprodução
Wamburg, seu antecessor, ficou apenas cinco meses no comando do INSS. Ele foi exonerado por Lula após denúncias de uso indevido de passagens e diárias pagas com recursos públicos para compromissos pessoais. As viagens, tinham como destino principal o Rio de Janeiro, onde Wamburg reside e leciona em uma faculdade privada. O caso ficou conhecido como a “farra das passagens”.
Política
Presidente do INSS pede demissão após operação da PF
Ação apura descontos indevidos no INSS com prejuízo de R$ 6,3 bi entre 2019 e 2024.

O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, pediu demissão do cargo nesta quarta-feira (23), após ser alvo da Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal. A ação investiga um suposto esquema de descontos indevidos em benefícios previdenciários, que teria causado um prejuízo estimado em R$ 6,3 bilhões aos aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024.
Durante a manhã, agentes da PF estiveram no apartamento funcional de Stefanutto, onde realizaram busca e apreensão e recolheram seu celular pessoal. Segundo fontes próximas, o presidente do INSS colaborou com a ação e demonstrou surpresa com a operação. Stefanutto, que é servidor de carreira e já atuou como procurador-geral do INSS, afirmou a interlocutores que ele mesmo havia determinado, ainda no ano passado, uma investigação interna sobre os descontos irregulares.
A decisão de deixar o cargo foi comunicada a aliados com o argumento de que ele irá se dedicar integralmente à sua defesa. Mais cedo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já havia solicitado sua saída do comando do órgão.
A Operação Sem Desconto apura a atuação de entidades que, segundo a PF, teriam efetuado cobranças indevidas de aposentados e pensionistas sem autorização, por meio de convênios com o INSS. O suposto esquema teria sido mantido ao longo de dois governos — os de Jair Bolsonaro e Lula.
Até o momento, o governo ainda não anunciou quem assumirá o comando do INSS.
Política
Apoio à anistia trava nome do União para Comunicações

A decisão do deputado Pedro Lucas Fernandes (União Brasil-MA) de recusar o convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o comando do Ministério das Comunicações abriu um impasse interno no União Brasil. A dificuldade em indicar um novo nome está relacionada ao apoio da maioria da bancada ao requerimento de urgência do projeto de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro.
Segundo informações da Coluna do Estadão, o Palácio do Planalto sinalizou que não aceitará para o cargo nenhum deputado que tenha assinado o apoio à tramitação acelerada do projeto. O problema é que 42 dos 59 deputados da bancada do União Brasil endossaram a proposta, o que limita drasticamente o número de possíveis indicados.
Pedro Lucas, que vinha se aproximando do governo e não assinou o requerimento da anistia, era visto como um nome de consenso. Com sua permanência na liderança da bancada — confirmada em reunião com o presidente nacional do partido, Antonio de Rueda, e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre — a sigla busca evitar disputas internas que poderiam fragilizar ainda mais o grupo.
Outros nomes chegaram a ser cogitados, como o do deputado Moses Rodrigues (União-CE), mas ele também figura entre os signatários da urgência ao projeto, o que o inviabiliza aos olhos do Planalto. Diante do impasse, cresce nos bastidores a possibilidade de o Ministério das Comunicações ser entregue a outra legenda aliada. O PSD, que já manifestou interesse em outras pastas, como a do Turismo, não demonstra disposição para assumir essa vaga.
A vaga no Ministério das Comunicações ficou aberta após a saída de Juscelino Filho (União-MA), que pediu demissão após ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) sob suspeita de desvio de emendas parlamentares, caso revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo.
Agora, o União Brasil enfrenta um desafio político duplo: encontrar um nome que atenda aos critérios do governo e ao mesmo tempo mantenha a coesão interna da bancada.
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