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Política

Líder do PL ameaça romper com presidente da Câmara

Sóstenes Cavalcante diz a aliados que não consegue conversar com presidente da Câmara há um mês e diz que romperá com Motta se não pautar anistia dos presos do 8/1

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Sóstenes Cavalcante, Dep. Federal PL/RJ / Foto: Reprodução

O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), subiu o tom contra o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), e afirmou que o partido poderá romper com ele caso o projeto de lei que prevê anistia aos presos pelos atos de 8 de janeiro não seja pautado. O parlamentar também ameaçou monopolizar os mais de R$ 6,7 bilhões em emendas de comissão a que a legenda tem direito neste ano.

Segundo Sóstenes, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, avalizou a postura mais incisiva.

“Falei com Valdemar que precisamos estabelecer um limite, senão ele vai continuar nos enrolando”, disse.

O partido, que preside importantes comissões na Câmara, como a de Saúde (R$ 4,98 bi) e a de Turismo (R$ 2,2 bi), ameaça romper o acordo que divide os recursos entre as siglas caso Motta não atenda ao pleito.

A cobrança será levada à reunião de líderes marcada para quinta-feira (24), quando a pauta de votações da próxima semana será definida. A expectativa do PL é aproveitar o esforço concentrado antes do feriado de 1º de Maio para votar a anistia, cuja urgência já conta com o apoio de 262 deputados, incluindo 56% de parlamentares da base do governo Lula.

O impasse vem se agravando. Sóstenes afirma não conseguir contato com Motta há um mês. Durante evento nesta terça (23), promovido pelo deputado Marcos Pereira (Republicanos-SP), o líder do PL buscou apoio do senador Ciro Nogueira (PP-PI), aliado de Motta, para que a proposta seja pautada.

“Ele precisa dar uma resposta”, disse.

O encontro, que também marcou o lançamento de um livro de Pereira, reuniu ministros, parlamentares de diferentes partidos e membros do STF. Apesar do clima informal e de descontração, as articulações políticas nos bastidores deixaram clara a tensão entre o PL e a Presidência da Câmara.

Outro assunto tratado entre líderes foi a possível cassação do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), aprovada no Conselho de Ética. Sóstenes chegou a perguntar a Ciro Nogueira se o parlamentar perderia o mandato, e o senador respondeu que, se dependesse dele, sim.

O clima de instabilidade no Congresso tem refletido o avanço das disputas entre partidos do centrão e o governo federal por espaço político e controle de recursos orçamentários.

Redação Saiba+

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Política

Governo começa a divulgar agenda oficial da primeira-dama Janja

Medida atende norma da AGU e amplia transparência sobre compromissos públicos

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A primeira-dama Janja - Foto: Gabriela Biló

A agenda oficial da primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, passa a ser publicada no portal do Palácio do Planalto a partir desta sexta-feira (25). A decisão cumpre orientação da AGU (Advocacia-Geral da União), que reforça a necessidade de transparência em atividades de interesse público. Janja já divulgava seus compromissos nas redes sociais, mas a nova medida institucionaliza sua atuação e garante publicidade às ações que envolvem eventos e reuniões com órgãos do governo.

Redação Saiba+

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Política

Federação do União Brasil e PP miram liderança no Senado

Com 13 senadores após a união, federação almeja atrair novos parlamentares e formar o maior bloco da Casa

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Davi Alcolumbre / Foto: Reprodução

A recém-formada federação entre o União Brasil e o Progressistas (PP) terá como primeiro foco estratégico a ampliação de sua representatividade no Senado Federal. Juntas, as duas legendas passam a contar com 13 parlamentares, ocupando atualmente a terceira posição em tamanho na Casa Legislativa, atrás apenas do PSD, com 15 senadores, e do PL, que possui 14.

A meta imediata da federação é robustecer sua bancada com a adesão de mais quatro a cinco senadores nas próximas semanas, o que poderá posicioná-la como o maior agrupamento partidário do Senado.

À frente da articulação está o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), nome de peso dentro da nova federação. Alcolumbre já se comprometeu a liderar o processo de filiação dos colegas parlamentares assim que a formalização da federação for anunciada oficialmente, na próxima terça-feira, dia 29.

A movimentação consolida a federação como um dos principais polos de força política no Congresso e sinaliza uma reorganização no tabuleiro partidário em ano pré-eleitoral.

Redação Saiba+

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Política

Gleisi Hoffmann critica anistia aos condenados pelo 08/01

Ministra se manifesta após STF aceitar denúncia contra seis envolvidos na tentativa de golpe de Estado.

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Gleisi Hoffmann / Foto: Reprodução

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, se posicionou contra o projeto que propõe anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, classificando-o como uma “afronta ao Judiciário e ao Estado Democrático de Direito”. A declaração foi feita nesta quarta-feira, 23, em resposta à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que aceitou a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra seis pessoas, incluindo Filipe Martins, por tentativa de golpe de Estado.

Em suas palavras, Gleisi ressaltou que a denúncia da PGR, aceita por unanimidade pela Primeira Turma do STF, é robusta e representa mais um passo nas ações penais contra aqueles que são apontados como líderes do golpe.

“Falar em anistia prévia, diante de um processo tão robusto em andamento, é uma afronta ao Judiciário e ao Estado Democrático de Direito”, afirmou a ministra em sua conta no X (antigo Twitter).

A decisão do STF foi tomada na terça-feira, 22, e inclui seis ex-integrantes do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, que agora irão responder por crimes como organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado contra o patrimônio da União.

Entre os denunciados estão figuras de destaque do governo Bolsonaro, como Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), e Marília Ferreira de Alencar, ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça.

Além disso, a proposta de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de Janeiro está no centro de um debate político, com a expectativa de que a análise do requerimento de urgência do projeto fosse realizada na próxima semana. Contudo, nesta quinta-feira, 24, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou que o colégio de líderes decidiu adiar essa análise.

O projeto de anistia tem gerado grande repercussão e divisão, com críticas intensas sobre a possível concessão de perdão antes da conclusão dos processos legais. A ministra Gleisi Hoffmann, em sua fala, reforçou a importância de garantir o cumprimento das leis e a independência do Judiciário em momentos cruciais para a democracia brasileira.

Redação Saiba+

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