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Política

Surpresa: STF remete queixa-crime de Diego Castro contra Jerônimo ao STJ, que julgará o governador

A decisão surpreende o bolsonarismo, que acreditava no arquivamento da denúncia por parte da Suprema Corte.

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Jerônimo Rodrigues, Governador da Bahia (PT) e o Deputado Estadual, Diego Castro (PL) / Reprodução

O Supremo Tribunal Federal (STF) encaminhou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) a queixa-crime apresentada pelo deputado estadual Diego Castro (PL) contra o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT). A decisão foi tomada pelo ministro Cristiano Zanin, que declinou da competência do STF para analisar o caso, determinando a remessa dos autos ao STJ.

A ação de Diego ao STF foi protocolada na semana passada, após a divulgação de um vídeo em que Jerônimo Rodrigues afirma que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus eleitores deveriam “pagar a conta” e ser mandados “para vala com enchedeira”.

Diego Castro, que preside a Comissão de Segurança Pública e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), classificou a declaração como “uma ameaça”.

Segundo o parlamentar, a fala do governador “ultrapassa os limites do discurso político e representa uma ameaça à integridade física de opositores”.

“Repudiamos com veemência qualquer declaração que incite ódio, violência ou desrespeito à vida de quem pensa diferente. O governador da Bahia sugerir ‘mandar para vala com enchedeira os eleitores de Bolsonaro’ é gravíssimo e inadmissível”, justificou Diego.

Agora, com o envio do caso ao STJ, caberá à Corte decidir se a queixa-crime apresentada pelo deputado baiano será aceita e, eventualmente, levada adiante.

Redação Saiba+

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Política

Lula desafia Trump e garante R$27 bi da China

Durante discurso a empresários em Pequim, presidente critica tarifas americanas, exalta estabilidade brasileira e celebra investimentos chineses no país.

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Presidente do Brasil, Lula, em encontro com presidente chinês, Xi Jinping - Adriano Machado - 20.nov.24/REUTERS

Durante visita oficial à China, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou a importância da parceria estratégica entre Brasil e China e voltou a criticar as tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos. O discurso ocorreu nesta segunda-feira (12), em Pequim, diante de centenas de empresários brasileiros e chineses, com foco na ampliação dos investimentos e do comércio bilateral.

Lula destacou que as barreiras tarifárias representam uma ameaça ao comércio global. “Eu não me conformo com a taxação que o presidente dos Estados Unidos tentou impor ao planeta Terra do dia para a noite”, afirmou.

“O protecionismo no comércio pode levar à guerra, como já aconteceu tantas vezes na história.”

Em defesa do multilateralismo, Lula defendeu o livre comércio e a soberania dos países. “A gente exporta o que quiser e compra o que quiser, sem que ninguém tente impor restrições à nossa soberania.”

O presidente celebrou o anúncio de R$ 27 bilhões em investimentos chineses, firmados com o apoio da ApexBrasil. Entre os aportes, destacam-se a entrada da montadora GAC no Brasil, com um investimento de US$ 1,3 bilhão para a produção de carros elétricos e híbridos em Goiás e um centro de P&D no Nordeste.

Outro destaque foi o encontro com o CEO da indústria de defesa Norinco, que manifestou interesse em participar da reestruturação da brasileira Avibrás. O governo brasileiro indicou que não haverá restrições à participação minoritária, desde que haja garantia de controle nacional.

Lula também apontou oportunidades em infraestrutura, como o corredor bioceânico, e reforçou o intercâmbio educacional e turístico entre os países.

“A China está se comportando como um exemplo. Nós tratamos essa relação com muito carinho.”

Na mesma semana, EUA e China anunciaram uma trégua na guerra comercial, reduzindo tarifas temporariamente. O acordo estabelece cortes de taxas de 145% para 30% sobre produtos chineses, e de 125% para 10% sobre produtos americanos, com validade de 90 dias.

A medida foi bem recebida pelos mercados, com alta nas bolsas e valorização do dólar. Autoridades dos dois países destacaram o desejo mútuo de evitar um desacoplamento econômico e buscar um comércio mais equilibrado.

Lula concluiu seu discurso dizendo que “a relação entre Brasil e China será indestrutível”, destacando a importância de fortalecer o sul global e promover respeito e protagonismo internacional para os países em desenvolvimento.

Redação Saiba+

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Política

Ciro articula aliança com bolsonaristas contra o PT

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Ciro Gomes se reúne com lideranças bolsonaristas no Ceará e sinaliza aliança para 2026 Foto: @claudioppinho via Instagram

O ex-governador do Ceará e ex-ministro Ciro Gomes (PDT) deu mais um passo estratégico rumo às eleições de 2026 ao se reunir, na manhã desta terça-feira (6), com lideranças bolsonaristas do PL, União Brasil e Progressistas. O encontro, realizado na Assembleia Legislativa do Ceará, sinaliza uma possível reconfiguração política no Estado com o objetivo de enfrentar o PT nas próximas eleições.

Ao lado do deputado estadual Alcides Fernandes (PL), pai do deputado federal André Fernandes (PL-CE) — um dos principais aliados de Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados —, Ciro demonstrou apoio à eventual candidatura de Alcides ao Senado, afirmando que o vê como “um homem decente, de fé, com todos os dotes e qualificações” para representar o Ceará em Brasília.

Apesar de ainda não confirmar se disputará algum cargo, Ciro não descartou completamente a possibilidade de ser candidato ao governo estadual. “Alguns amigos muito generosos lembram o meu nome, que não pretendo mais ser candidato a nada. À luz dessa salvação do Ceará, eu não posso me eximir de cumprir o papel. Não desejo ser candidato. O meu partido tem candidato que acha que está qualificado, que é o Roberto Cláudio”, declarou.

Nos bastidores, aliados veem em Ciro um nome competitivo para enfrentar o atual governador Elmano de Freitas (PT), mas o pedetista adota cautela nas tratativas. O principal impasse para sua candidatura é o projeto do ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, que tem apoio da executiva nacional do PDT e aval de Carlos Lupi, presidente da legenda. Em fevereiro, Cláudio recebeu carta branca para conduzir articulações para 2026 — inclusive com partidos de direita.

A costura entre Ciro e os bolsonaristas aponta para um possível acordo pragmático: o PDT manteria a cabeça de chapa ao governo estadual, enquanto apoiaria o nome do PL ao Senado. Em sua fala, Ciro voltou a atacar o campo adversário: “Do jeito que os nossos adversários estão organizando a chapa, lá não tem currículo, lá é folha corrida. O Alcides salta longe como homem decente, uma pessoa nova na política, de testemunho.”

Relação com Cid Gomes segue estremecida
Ciro também comentou a relação com seu irmão, o senador Cid Gomes (PSB), com quem mantém divergências desde as eleições de 2022. Cid tem adotado posição de alinhamento com o governo Lula e a gestão estadual petista, o que, segundo Ciro, representa cumplicidade com os problemas do Estado.

“No pessoal, eu não tenho mais nenhuma mágoa. Deus tirou das minhas costas a dor lancinante de uma facada nas minhas costas. Entretanto, eu vejo, fria e geladamente, como uma pessoa preocupada com o que está acontecendo no Ceará, o senador Cid como conivente, como cúmplice, dessa tragédia que está acontecendo no Ceará”, disparou.

A ruptura entre os irmãos se consolidou no início de 2024, com a saída de Cid do PDT e sua filiação ao PSB. O movimento aprofundou a cisão entre os “ciristas” e os “cidistas” dentro da política cearense, criando um novo eixo de disputa para 2026 — agora com a possibilidade real de união entre Ciro e forças da direita no Estado.

Redação Saiba+

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Política

Governo Lula acumula 8 derrotas na base aliada em menos de um mês

Rupturas partidárias, avanço da oposição, CPIs e perda de controle da articulação política expõem fragilidade do governo Lula no Congresso Nacional

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O presidente Lula durante solenidade no Palácio do Planalto
O presidente Lula durante solenidade no Palácio do Planalto / Reprodução

Brasília – Em menos de 30 dias, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrentou uma série de reveses políticos protagonizados por sua própria base aliada. Ao todo, foram oito episódios que revelam a instabilidade e a crescente perda de controle do governo sobre o Congresso, com destaque para a adesão de partidos governistas à pauta da oposição e rupturas internas em ministérios estratégicos.

O episódio mais recente foi o anúncio do rompimento da bancada do PDT com o governo, feito na terça-feira (6), seguido pela aprovação, no dia seguinte, de um projeto que suspende a ação penal contra o deputado Alexandre Ramagem (PL). A medida foi aprovada por 315 votos a 143, com o Centrão se unindo à oposição e isolando o PT e demais partidos de esquerda.

O caso Ramagem teve como pano de fundo uma reação da Câmara ao Supremo Tribunal Federal (STF), mas reforça a fragilidade da articulação política de Lula, que vê sua base legislativa ruir mesmo com maioria formal.

Outro abalo relevante foi a crise envolvendo o PDT, que perdeu o comando do Ministério da Previdência. A legenda, com 17 deputados e três senadores, manifestou publicamente insatisfação com o tratamento recebido do Palácio do Planalto, marcando a primeira rebelião vinda de um partido de esquerda.

O ciclo de derrotas começou no dia 14 de abril, quando 185 deputados — incluindo 81 de partidos aliados como União Brasil, PP, PSD, MDB e Republicanos — assinaram um requerimento de urgência para votação do PL da Anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro. Essas cinco siglas, apesar de ocuparem 11 ministérios, têm demonstrado fidelidade volátil ao governo.

No dia 22 de abril, outro desgaste: Pedro Lucas Fernandes (MA), líder do União Brasil na Câmara, recusou o convite para assumir o Ministério das Comunicações, dias depois de aceitá-lo. A recusa expôs um racha interno no partido, que ameaçou a governabilidade e colocou em xeque a aliança com a legenda.

A rejeição do recurso do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) na CCJ da Câmara, em 29 de abril, também pesou negativamente. Embora o governo não tenha posição oficial sobre a cassação, o apoio indireto — simbolizado pela visita de nove ministros durante a greve de fome de Glauber — evidenciou o desgaste.

No mesmo dia, União Brasil e PP anunciaram uma federação com discurso carregado de críticas ao governo Lula. Ministros das duas siglas, como Celso Sabino (Turismo) e André Fufuca (Esporte), estiveram presentes no evento, mas não foram convidados a discursar, enquanto opositores declarados, como o governador Ronaldo Caiado e os senadores Ciro Nogueira e Tereza Cristina, tiveram protagonismo.

Redação Saiba+

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