Política
Eduardo Bolsonaro elogia Trump e defende tarifa de 50% contra o Brasil como resposta à perseguição política
Deputado diz que medida dos EUA é consequência da escalada autoritária do governo Lula e cobra anistia ampla aos presos do 8 de janeiro
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) manifestou apoio à decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aplicar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto. A medida, segundo o parlamentar, é uma resposta direta à perseguição política contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados.
“A carta do presidente Donald J. Trump ao presidente brasileiro é clara, direta e inequívoca. E reflete aquilo que nós, há muito tempo, temos denunciado: o Brasil está se afastando, de forma deliberada, dos valores e compromissos que compartilha com o mundo livre”, afirmou Eduardo Bolsonaro, em carta conjunta com o influenciador Paulo Figueiredo, filho do ex-presidente João Figueiredo.
Nas redes sociais, o deputado elogiou a postura firme de Trump e cobrou uma reação institucional do Brasil. Ele defende que o Congresso Nacional aprove uma anistia ampla, geral e irrestrita aos envolvidos nos atos do dia 8 de janeiro de 2023. Segundo Eduardo, essa seria uma forma de restaurar a estabilidade política e a liberdade de expressão.
“Apelamos para que as autoridades brasileiras evitem escalar o conflito e adotem uma saída institucional. Cabe ao Congresso liderar esse processo, começando com uma anistia ampla, seguida de uma legislação que garanta a liberdade de expressão — especialmente online — e a responsabilização de agentes públicos que abusaram do poder.”
O parlamentar também responsabilizou diretamente o ministro Alexandre de Moraes, do STF, pelo ambiente de instabilidade institucional. Para Eduardo, Trump acertou ao identificar que a escalada autoritária no Brasil não ocorre de forma isolada:
“O presidente Trump, corretamente, entendeu que Alexandre de Moraes só age com o respaldo de um establishment político, empresarial e institucional que compactua com sua escalada autoritária. O Brasil está sendo punido com a chamada ‘Tarifa-Moraes’.”
A Embaixada dos Estados Unidos também se posicionou, reafirmando as declarações de Trump e criticando a “perseguição política” contra Bolsonaro e seus apoiadores, considerada “vergonhosa” e contrária às tradições democráticas do Brasil. O gesto irritou o governo Lula, que convocou o encarregado de negócios da embaixada para prestar esclarecimentos — um claro sinal de descontentamento diplomático.
O presidente Lula, por sua vez, reagiu duramente, afirmando que o Brasil é soberano e que não aceitará tutelas externas. Em evento no Rio, chegou a dizer que Trump deveria “dar palpite na sua vida e não na nossa”. O Palácio do Planalto, no entanto, optou por não responder diretamente à embaixada.
O episódio também reacendeu os debates sobre a atuação do ministro Alexandre de Moraes, que já é alvo de uma ação movida nos Estados Unidos pelas empresas Rumble e Trump Media, acusando o magistrado de censura contra plataformas digitais. A Advocacia-Geral da União (AGU) acompanha o processo e avalia uma intervenção formal no caso.
Para Eduardo Bolsonaro, o cenário atual comprova o isolamento internacional do Brasil e o enfraquecimento de suas relações com democracias liberais, fruto de uma política externa ideológica que rompe com aliados históricos e prejudica a economia nacional.
Após anúncio de tarifas por Trump, Bolsonaro publica versículo bíblico nas redes sociais

Política
Lula afirma que ainda não há exigências de Trump sobre o “tarifaço”
Em encontro diplomático marcado na Malásia, Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump se preparam para negociar futura redução de tarifas, sem pé na mesa por enquanto

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que o governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump, ainda não apresentou exigências formais em relação à redução do chamado “tarifaço” aplicado sobre produtos brasileiros. Segundo Lula, o momento é de diálogo e construção de consensos, e não de imposições.
Durante agenda internacional, o presidente ressaltou que as negociações entre os dois países devem ocorrer com respeito mútuo e equilíbrio econômico, destacando que “não há exigências dele, e não há exigências nossas ainda”. A fala evidencia a estratégia de manter abertas as portas para o entendimento, sem assumir compromissos unilaterais que possam prejudicar a indústria nacional.
A medida de Trump, que elevou tarifas sobre exportações brasileiras em setores estratégicos, é vista pelo governo como um desafio diplomático que precisa ser tratado com prudência e firmeza política. Lula reiterou que o Brasil buscará condições justas de comércio internacional, priorizando o fortalecimento das exportações e a valorização da produção nacional.
O encontro entre os dois líderes, previsto para os próximos dias, deve definir os rumos da relação econômica bilateral. De acordo com o Palácio do Planalto, a expectativa é que a reunião aproxime as posições e crie um ambiente propício para um acordo comercial mais equilibrado.
A postura de Lula reforça a imagem de um governo disposto ao diálogo, mas atento à defesa dos interesses brasileiros, sobretudo em temas ligados à competitividade, à indústria e à soberania econômica.
Política
Haddad prefere “ser gastador” a “caloteiro”, diz ministro da Fazenda
Em tom firme, Fernando Haddad defende o pagamento de precatórios e reafirma compromisso com a responsabilidade fiscal

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a defender nesta sexta-feira que o governo federal deve manter o pagamento regular dos precatórios, reforçando a importância de preservar a credibilidade financeira do país. Em suas palavras, ele afirmou que prefere “ter a pecha de ter gastado mais do que a de caloteiro”, deixando claro que a prioridade é honrar as dívidas judiciais da União.
Durante o discurso, Haddad criticou a ideia de adiar ou suspender pagamentos de precatórios, classificando tal prática como ilegal, inconstitucional e irracional. Para ele, a postergação desses valores não apenas compromete o equilíbrio fiscal, mas também afeta cidadãos e empresas que aguardam há anos por decisões judiciais transitadas em julgado.
O ministro enfatizou que o governo federal tem condições de cumprir suas obrigações sem recorrer a manobras contábeis. “A União tem capacidade de financiamento e deve dar o exemplo”, disse Haddad, destacando que a credibilidade econômica é construída com previsibilidade e respeito às regras.
A fala ocorre em meio às discussões sobre novas normas de controle de gastos públicos e revisão das regras fiscais. Haddad reforçou que o equilíbrio das contas públicas não deve vir à custa de descumprimentos judiciais, mas por meio de gestão responsável e planejamento de longo prazo.
O posicionamento do ministro foi visto como uma tentativa de consolidar uma imagem de responsabilidade e transparência diante de um cenário de incertezas fiscais. Com a declaração, Haddad sinaliza que o governo busca manter o compromisso com a estabilidade econômica, ainda que enfrente críticas por ampliar despesas em algumas áreas.
Política
Lula afirma que ‘traficantes são vítimas dos usuários’ ao criticar política de Trump
Em entrevista na Indonésia, presidente brasileiro responsabiliza usuários de drogas e questiona abordagem militar dos EUA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva provocou repercussão internacional ao afirmar, durante uma visita à Indonésia, que traficantes “são vítimas dos usuários também”, em uma crítica direta à política de combate ao narcotráfico conduzida pelo governo Donald Trump. Em suas declarações, Lula defendeu que o foco do enfrentamento à droga deve ir além dos fornecedores e abranger a demanda dos consumidores.
Durante a entrevista, o presidente brasileiro apontou que a abordagem militarizada dos EUA, com operações de ataque a rotas de drogas na América Latina, corre o risco de tratar o tráfico como um simples tema de segurança externa, ignorando fatores sociais internos. Ele argumentou que a causa do problema está na demanda por entorpecentes, o que torna os traficantes parte de um sistema impulsionado pelos usuários.
“Os usuários criam o mercado”, afirmou Lula, “os traficantes são vítimas dos usuários também”. A declaração representa uma linha de discurso mais humanitária e centrada em prevenção e política de saúde pública do que na repressão pura. Essa visão contrasta com a retórica de endurecimento defendida por Trump, que defende uso da força e expansão de operações no Caribe e América Latina como estratégia central.
A fala do presidente brasileiro foi interpretada como um posicionamento estratégico de diplomacia comparada, uma vez que Lula aproveitou o cenário para sugerir maior protagonismo de países de renda média no tema das drogas e questionar medidas unilaterais de segurança impostas por grandes potências.
Apesar de não detalhar planos específicos de política pública, o pronunciamento reacende o debate sobre reforma das leis de drogas, investimento em saúde mental e programas de reabilitação, e coloca o Brasil numa rota de menor alinhamento com os EUA no tema.
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