Política
Lula pressiona bancos públicos a destravar crédito com foco em 2026
Presidente cobra medidas de Banco do Brasil, Caixa, BNDES e BNB para reduzir custo do crédito e aquecer economia antes da eleição

Em uma movimentação política com forte impacto econômico, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reuniu, nesta quarta-feira (16), os presidentes dos principais bancos públicos no Palácio do Planalto e fez um apelo direto: reduzir o custo do crédito no país, mesmo diante do atual cenário de juros elevados.
Participaram do encontro os CEOs do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES e Banco do Nordeste, que ouviram do presidente a necessidade urgente de destravar financiamentos, especialmente nas áreas de crédito habitacional e empréstimo consignado — setores estratégicos para reativar o consumo e impulsionar a popularidade do governo às vésperas da corrida presidencial de 2026.
“O crédito está travado e a população não aguenta mais pagar juros abusivos”, teria dito Lula, segundo assessores. O governo se preocupa com os números crescentes do Indicador de Custo de Crédito (ICC), que atingiu 22,9% em maio, com alta de 1,1% em doze meses, segundo o Banco Central.
A taxa média de juros para pessoas físicas também é alarmante, chegando a 58,2% no crédito livre, enquanto empresas enfrentam uma média de 24,3%.
Mesmo sem sinais de alívio do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, o governo quer encontrar “soluções criativas” dentro do sistema financeiro público para permitir maior oferta de crédito com taxas mais acessíveis — e mira também o setor privado.
“Vamos conversar com os bancos privados também”, disse Lula, que pretende marcar uma rodada exclusiva com os principais executivos da iniciativa privada.
Um dos focos é o crédito consignado privado, visto como alternativa viável para oferecer empréstimos com menor inadimplência e melhor controle do risco, desde que se encontre um modelo de funding (captação) mais eficiente.
Além disso, Lula cobrou do time econômico um “plano B” para substituir a poupança como fonte principal dos financiamentos imobiliários, uma vez que a captação por essa via caiu com os juros altos.
Entre as propostas estudadas está a possibilidade de liberar mais recursos para crédito a partir de captações com taxas menores, mesmo aplicando com juros de mercado, como forma de tornar as operações mais viáveis mesmo em tempos de Selic elevada. Hoje, as regras de exigibilidade de capital impõem restrições ao uso desses recursos.
Com esse movimento, o governo busca não apenas estimular a economia, mas também criar um ambiente favorável à reeleição de Lula, que já se articula nos bastidores como candidato à sucessão em 2026.
Política
Trump questiona Luiz Inácio Lula da Silva sobre prisão e menciona “perseguição”
Durante reunião diplomática, Donald Trump retirou o foco dos temas oficiais para comentar trajetória do presidente brasileiro e o chamou de “vítima de perseguição”.

Em um encontro marcado por tensões e gestos diplomáticos, o presidente Donald Trump mostrou um interesse inesperado na vida pessoal do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo relatos dos bastidores, Trump teria perguntado “quanto tempo você ficou preso?” ao líder brasileiro, se referindo aos processos e à detenção anterior de Lula.
Mais do que curiosidade, Trump qualificou a trajetória de Lula como sendo de alguém “perseguido” politicamente, o que levanta interpretações sobre o clima e a estratégia de aproximação entre as duas nações.
Apesar de a pauta oficial da reunião tratar de comércio bilateral, tarifas e cooperação, o episódio revela que as interlocuções diplomáticas assumem múltiplas camadas — entre negociações técnicas e simbolismos políticos. A ênfase na vida pessoal serve como elemento simbólico: ao exaltar a volta de Lula à presidência após enfrentar acusações e prisão, Trump procura manifestar admiração ou buscar narrativa de reviravolta.
Para o governo brasileiro, o gesto pode representar uma vitória de imagem: ser reconhecido internacionalmente como líder que superou obstáculos e voltou ao poder. Para os Estados Unidos, a conversa revela uma tentativa de estabelecer redenção ou afinidade política, possivelmente projetada em futuros diálogos comerciais ou estratégicos.
No entanto, o episódio também gera críticas: especialistas em política externa apontam que, quando questões pessoais ganham tanto destaque, elas podem diluir o foco das negociações técnicas e criar expectativas desequilibradas. Um analista resumiu: “o que era uma reunião sobre tarifas virou cenário para narrativa pessoal”.
Em resumo, o encontro entre Trump e Lula ilustra que na diplomacia contemporânea os detalhes – como uma pergunta sobre prisão – podem ter impacto simbólico tão relevante quanto os acordos formais. Como resultado, resta acompanhar se o reconhecimento da trajetória de Lula se traduzirá em avanços concretos nas relações comerciais e estratégicas entre Brasil e Estados Unidos.
Política
Lula afirma que ainda não há exigências de Trump sobre o “tarifaço”
Em encontro diplomático marcado na Malásia, Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump se preparam para negociar futura redução de tarifas, sem pé na mesa por enquanto

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que o governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump, ainda não apresentou exigências formais em relação à redução do chamado “tarifaço” aplicado sobre produtos brasileiros. Segundo Lula, o momento é de diálogo e construção de consensos, e não de imposições.
Durante agenda internacional, o presidente ressaltou que as negociações entre os dois países devem ocorrer com respeito mútuo e equilíbrio econômico, destacando que “não há exigências dele, e não há exigências nossas ainda”. A fala evidencia a estratégia de manter abertas as portas para o entendimento, sem assumir compromissos unilaterais que possam prejudicar a indústria nacional.
A medida de Trump, que elevou tarifas sobre exportações brasileiras em setores estratégicos, é vista pelo governo como um desafio diplomático que precisa ser tratado com prudência e firmeza política. Lula reiterou que o Brasil buscará condições justas de comércio internacional, priorizando o fortalecimento das exportações e a valorização da produção nacional.
O encontro entre os dois líderes, previsto para os próximos dias, deve definir os rumos da relação econômica bilateral. De acordo com o Palácio do Planalto, a expectativa é que a reunião aproxime as posições e crie um ambiente propício para um acordo comercial mais equilibrado.
A postura de Lula reforça a imagem de um governo disposto ao diálogo, mas atento à defesa dos interesses brasileiros, sobretudo em temas ligados à competitividade, à indústria e à soberania econômica.
Política
Haddad prefere “ser gastador” a “caloteiro”, diz ministro da Fazenda
Em tom firme, Fernando Haddad defende o pagamento de precatórios e reafirma compromisso com a responsabilidade fiscal

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a defender nesta sexta-feira que o governo federal deve manter o pagamento regular dos precatórios, reforçando a importância de preservar a credibilidade financeira do país. Em suas palavras, ele afirmou que prefere “ter a pecha de ter gastado mais do que a de caloteiro”, deixando claro que a prioridade é honrar as dívidas judiciais da União.
Durante o discurso, Haddad criticou a ideia de adiar ou suspender pagamentos de precatórios, classificando tal prática como ilegal, inconstitucional e irracional. Para ele, a postergação desses valores não apenas compromete o equilíbrio fiscal, mas também afeta cidadãos e empresas que aguardam há anos por decisões judiciais transitadas em julgado.
O ministro enfatizou que o governo federal tem condições de cumprir suas obrigações sem recorrer a manobras contábeis. “A União tem capacidade de financiamento e deve dar o exemplo”, disse Haddad, destacando que a credibilidade econômica é construída com previsibilidade e respeito às regras.
A fala ocorre em meio às discussões sobre novas normas de controle de gastos públicos e revisão das regras fiscais. Haddad reforçou que o equilíbrio das contas públicas não deve vir à custa de descumprimentos judiciais, mas por meio de gestão responsável e planejamento de longo prazo.
O posicionamento do ministro foi visto como uma tentativa de consolidar uma imagem de responsabilidade e transparência diante de um cenário de incertezas fiscais. Com a declaração, Haddad sinaliza que o governo busca manter o compromisso com a estabilidade econômica, ainda que enfrente críticas por ampliar despesas em algumas áreas.
Brasil6 dias atrásAbsolvição dos réus da tragédia no Ninho do Urubu choca o país
Política5 dias atrásReajuste do IPTU em São Paulo aponta onde imposto pode subir até 30%
Bahia6 dias atrásBahia reforça protagonismo no saneamento durante a FENASAN 2025
Política6 dias atrásEstudantes da rede estadual da Bahia participam da 22ª Semana Nacional de Ciência & Tecnologia
Política6 dias atrásGoverno avalia afastar regra do arcabouço para ampliar gastos em ano eleitoral
Política7 dias atrásLuiz Fux pede transferência de turma no Supremo Tribunal Federal
Política4 dias atrásLula afirma que ‘traficantes são vítimas dos usuários’ ao criticar política de Trump
Política1 dia atrásTrump questiona Luiz Inácio Lula da Silva sobre prisão e menciona “perseguição”














