Política
Fintech de “prateleira” conecta caso INSS à bet sob suspeita de lavagem
Empresa digital dissolvida atua no centro de investigações que envolvem descontos indevidos e casas de aposta

Uma fintech considerada de “prateleira” tem sido apontada como elo entre o esquema de descontos irregulares no INSS e operações suspeitas de casas de apostas (“bets”), intensificando suspeitas de lavagem de dinheiro e uso de infraestrutura financeira para ocultar vínculos ilícitos.
Criado em 2023, o banco digital XBank foi gerido por pessoas ligadas ao setor de apostas e ao escândalo do INSS. Com atuação curta, a fintech foi oficialmente dissolvida em 2024, mas seu papel como instrumento financeiro de fachada já é alvo de investigação por órgãos de controle.
A apuração aponta que o XBank mantinha estrutura societária com sócios que têm histórico em operações de “prateleira” — empresas abertas apenas para uso formal — e participação de advogados que também atuaram em casos relacionados às apostas e ao INSS. A conexão entre essas frentes sugere que recursos obtidos irregularmente podem ter transitado por plataformas tecnológicas antes de chegar às casas de aposta como “lavagem financeira”.
Nesse contexto, o inquérito procura estabelecer claramente quais transações passaram pela fintech e como foram drenadas eventualidades de valor ilícito. A investigação também busca identificar operações internacionais, remessas ao exterior e relações societárias que possam comprovar a ocultação de patrimônio.
As implicações são significativas: se comprovado, o esquema pode configurar crimes contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Também reforça a urgência de regulação mais rigorosa das fintechs, em especial normas que exijam maior transparência sobre sócios, origens de capital e estrutura operacional.
Enquanto isso, operadores da PF, Receita Federal e Ministério Público aguardam elucidação da operação, com possibilidade de desdobramentos em bloqueios patrimoniais, quebras de sigilo e responsabilização criminal dos envolvidos.
Política
Lula afirma que ainda não há exigências de Trump sobre o “tarifaço”
Em encontro diplomático marcado na Malásia, Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump se preparam para negociar futura redução de tarifas, sem pé na mesa por enquanto

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que o governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump, ainda não apresentou exigências formais em relação à redução do chamado “tarifaço” aplicado sobre produtos brasileiros. Segundo Lula, o momento é de diálogo e construção de consensos, e não de imposições.
Durante agenda internacional, o presidente ressaltou que as negociações entre os dois países devem ocorrer com respeito mútuo e equilíbrio econômico, destacando que “não há exigências dele, e não há exigências nossas ainda”. A fala evidencia a estratégia de manter abertas as portas para o entendimento, sem assumir compromissos unilaterais que possam prejudicar a indústria nacional.
A medida de Trump, que elevou tarifas sobre exportações brasileiras em setores estratégicos, é vista pelo governo como um desafio diplomático que precisa ser tratado com prudência e firmeza política. Lula reiterou que o Brasil buscará condições justas de comércio internacional, priorizando o fortalecimento das exportações e a valorização da produção nacional.
O encontro entre os dois líderes, previsto para os próximos dias, deve definir os rumos da relação econômica bilateral. De acordo com o Palácio do Planalto, a expectativa é que a reunião aproxime as posições e crie um ambiente propício para um acordo comercial mais equilibrado.
A postura de Lula reforça a imagem de um governo disposto ao diálogo, mas atento à defesa dos interesses brasileiros, sobretudo em temas ligados à competitividade, à indústria e à soberania econômica.
Política
Haddad prefere “ser gastador” a “caloteiro”, diz ministro da Fazenda
Em tom firme, Fernando Haddad defende o pagamento de precatórios e reafirma compromisso com a responsabilidade fiscal

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a defender nesta sexta-feira que o governo federal deve manter o pagamento regular dos precatórios, reforçando a importância de preservar a credibilidade financeira do país. Em suas palavras, ele afirmou que prefere “ter a pecha de ter gastado mais do que a de caloteiro”, deixando claro que a prioridade é honrar as dívidas judiciais da União.
Durante o discurso, Haddad criticou a ideia de adiar ou suspender pagamentos de precatórios, classificando tal prática como ilegal, inconstitucional e irracional. Para ele, a postergação desses valores não apenas compromete o equilíbrio fiscal, mas também afeta cidadãos e empresas que aguardam há anos por decisões judiciais transitadas em julgado.
O ministro enfatizou que o governo federal tem condições de cumprir suas obrigações sem recorrer a manobras contábeis. “A União tem capacidade de financiamento e deve dar o exemplo”, disse Haddad, destacando que a credibilidade econômica é construída com previsibilidade e respeito às regras.
A fala ocorre em meio às discussões sobre novas normas de controle de gastos públicos e revisão das regras fiscais. Haddad reforçou que o equilíbrio das contas públicas não deve vir à custa de descumprimentos judiciais, mas por meio de gestão responsável e planejamento de longo prazo.
O posicionamento do ministro foi visto como uma tentativa de consolidar uma imagem de responsabilidade e transparência diante de um cenário de incertezas fiscais. Com a declaração, Haddad sinaliza que o governo busca manter o compromisso com a estabilidade econômica, ainda que enfrente críticas por ampliar despesas em algumas áreas.
Política
Lula afirma que ‘traficantes são vítimas dos usuários’ ao criticar política de Trump
Em entrevista na Indonésia, presidente brasileiro responsabiliza usuários de drogas e questiona abordagem militar dos EUA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva provocou repercussão internacional ao afirmar, durante uma visita à Indonésia, que traficantes “são vítimas dos usuários também”, em uma crítica direta à política de combate ao narcotráfico conduzida pelo governo Donald Trump. Em suas declarações, Lula defendeu que o foco do enfrentamento à droga deve ir além dos fornecedores e abranger a demanda dos consumidores.
Durante a entrevista, o presidente brasileiro apontou que a abordagem militarizada dos EUA, com operações de ataque a rotas de drogas na América Latina, corre o risco de tratar o tráfico como um simples tema de segurança externa, ignorando fatores sociais internos. Ele argumentou que a causa do problema está na demanda por entorpecentes, o que torna os traficantes parte de um sistema impulsionado pelos usuários.
“Os usuários criam o mercado”, afirmou Lula, “os traficantes são vítimas dos usuários também”. A declaração representa uma linha de discurso mais humanitária e centrada em prevenção e política de saúde pública do que na repressão pura. Essa visão contrasta com a retórica de endurecimento defendida por Trump, que defende uso da força e expansão de operações no Caribe e América Latina como estratégia central.
A fala do presidente brasileiro foi interpretada como um posicionamento estratégico de diplomacia comparada, uma vez que Lula aproveitou o cenário para sugerir maior protagonismo de países de renda média no tema das drogas e questionar medidas unilaterais de segurança impostas por grandes potências.
Apesar de não detalhar planos específicos de política pública, o pronunciamento reacende o debate sobre reforma das leis de drogas, investimento em saúde mental e programas de reabilitação, e coloca o Brasil numa rota de menor alinhamento com os EUA no tema.
Bahia6 dias atrásDeputado critica desmonte da Guarda Civil de Salvador e desafia ACM Neto: “Explica aí!”
Política3 dias atrásReajuste do IPTU em São Paulo aponta onde imposto pode subir até 30%
Brasil4 dias atrásAbsolvição dos réus da tragédia no Ninho do Urubu choca o país
Bahia4 dias atrásBahia reforça protagonismo no saneamento durante a FENASAN 2025
Brasil5 dias atrásInstituto de Mendonça fatura R$ 4,8 milhões em contratos públicos em pouco mais de um ano
Política4 dias atrásEstudantes da rede estadual da Bahia participam da 22ª Semana Nacional de Ciência & Tecnologia
Política5 dias atrásLuiz Fux pede transferência de turma no Supremo Tribunal Federal
Política2 dias atrásLula afirma que ‘traficantes são vítimas dos usuários’ ao criticar política de Trump














