O secretário de Relações Institucionais da Bahia, Adolpho Loyola, participou nesta segunda-feira (7) do lançamento do Projeto Condução Decente, realizado no Auditório Mestre Álvaro, no Centro de Operações e Inteligência (COI), no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador.
Durante o evento, Loyola destacou que a iniciativa foi idealizada a partir de uma demanda do governador Jerônimo Rodrigues, com foco em valorizar e apoiar os trabalhadores que atuam no transporte sobre duas rodas. O projeto irá atender 47 municípios baianos, com a formação gratuita de mais de 6 mil mototaxistas.
“Esse projeto nós estávamos construindo há algum tempo. O governador pediu para pensar uma ação voltada aos mototaxistas e motofretistas. Começamos com um piloto que formou apenas 100 pessoas. Agora conseguimos ampliar para o estado inteiro, alcançando milhares de trabalhadores. É uma preocupação com quem mais precisa”, afirmou o secretário.
A proposta integra ações de qualificação profissional, promoção da segurança no trânsito e acesso facilitado a motocicletas novas para atuação regularizada na atividade.
Entenda o Projeto Condução Decente
O que é o projeto? É uma iniciativa do Governo da Bahia para qualificar mototaxistas e motofretistas em 75 cidades do estado, oferecendo cursos gratuitos e facilidade na compra de motos 0 km.
O que está incluído?
Cursos de Especialização e Atualização, promovendo trabalho decente e segurança no trânsito
Parceria com o SEST/SENAT para custear a formação
Investimento de R$ 30 milhões
Linha de crédito Quem concluir os cursos com 100% de aproveitamento poderá acessar uma linha de crédito especial para compra de moto nova, com juros acessíveis.
Aporte de R$ 15 milhões via FUNDESE
Parceria com a Sefaz e Desenbahia
Municípios contemplados na primeira fase Salvador, Feira de Santana, Camaçari, Lauro de Freitas, Itabuna, Vitória da Conquista, Jequié, Juazeiro, Porto Seguro, Teixeira de Freitas, Ilhéus, e outros. Ao todo, 47 cidades já estão confirmadas nesta etapa inicial.
Profissionais da educação lutam por melhores condições de trabalho e salário justo - Comunicação APLB
A Justiça da Bahia declarou ilegal a greve iniciada pelos professores da rede municipal de Salvador na última terça-feira (6), por meio de uma ação movida pela Procuradoria Geral do Município. Em decisão liminar, o juiz Adriano Augusto Gomes Borges determinou a suspensão imediata do movimento grevista e o retorno dos servidores às salas de aula no prazo máximo de 24 horas. O descumprimento da medida poderá acarretar multa diária de R$ 15 mil ao sindicato.
De acordo com o magistrado, a paralisação afeta diretamente alunos em situação de vulnerabilidade, especialmente diante do desafio de recomposição da aprendizagem após os impactos da pandemia de Covid-19. O juiz ressaltou que a administração municipal apresentou uma proposta de reajuste salarial de 4% aos professores e mantém canais abertos de negociação com a categoria.
A decisão também autoriza a Prefeitura de Salvador a descontar dos salários os dias não trabalhados durante a greve, que foi convocada pela APLB-Sindicato. Segundo a gestão municipal, as atividades escolares vêm sendo prejudicadas sem a devida justificativa legal para o movimento, o que motivou o pedido de liminar à Justiça.
Com a medida judicial, a expectativa é de que as aulas na rede municipal de Salvador sejam retomadas normalmente, evitando prejuízos ainda maiores ao calendário escolar.
A manhã desta terça-feira (5) foi marcada por um episódio de forte indignação na Unidade de Saúde da Família (USF) São Judas Tadeu, localizada no bairro de Itinga, em Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra uma usuária revoltada com o atendimento recebido no posto, apontando falta de estrutura, desorganização e sentimento de desrespeito.
“Eu tenho um monte de requisições. Se eu ofendo alguém aqui é tomada, endemoniada. Mas eu quero o bem de todo mundo, quero que todo mundo viva”, desabafou, visivelmente emocionada. Segundo ela, outros locais a atendem normalmente, mas nos postos municipais a situação é diferente.
A cidadã, que havia recebido a ficha de número 61, protestava pela demora no atendimento e pela suposta priorização de outros usuários. O clima ficou ainda mais tenso com a presença de agentes da Guarda Civil Municipal, que se aproximaram durante o desabafo.
A Prefeitura de Lauro de Freitas, por meio de nota oficial, atribuiu a situação à queda do sistema de regulação online, motivada pelas fortes chuvas que atingiram a cidade nas últimas 24 horas. Segundo a gestão municipal, a instabilidade tecnológica comprometeu temporariamente o agendamento eletrônico do programa Fila Zero.
Ainda segundo o comunicado, todas as demandas da usuária foram resolvidas no mesmo dia. A paciente foi encaminhada pela gerente da unidade ao setor de marcação para garantir que seus exames e atendimentos fossem devidamente agendados.
O deputado estadual Diego Castro (PL) protocolou, nesta segunda-feira (5), uma ação popular na Justiça com o objetivo de suspender o financiamento público a bandas que, segundo ele, promovem discurso de ódio contra apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A denúncia tem como alvo eventos culturais realizados com apoio do governo do Estado.
Reprodução: instagram da banda Bozo KillReprodução: instagram da banda Bozo KillReprodução: instagram da banda Bozo Kill
No centro da polêmica está a participação da banda “Bozo Kill” em programações financiadas com recursos estaduais. De acordo com Diego Castro, “o grupo possui músicas com teor ofensivo e violento, incluindo referências explícitas à morte de Bolsonaro e de seus eleitores”. O parlamentar citou composições e menções ao autor da facada sofrida por Bolsonaro em 2018 como exemplos do que considera “incitação ao crime”.
“Não podemos permitir que o dinheiro do contribuinte seja usado para atacar adversários políticos. Isso é tática totalitária, digna de regimes autoritários como Cuba e Venezuela”, afirmou Diego Castro, em um vídeo divulgado nas redes sociais.
Diego Castro (PL) / Foto: Divulgação
O deputado também atribuiu ao governador Jerônimo Rodrigues (PT) responsabilidade pela situação, acusando a gestão estadual de “institucionalizar a perseguição a opositores sob o pretexto de apoiar manifestações culturais”. Segundo ele, declarações feitas por Jerônimo em eventos oficiais teriam reforçado um clima de intolerância política na Bahia.
Como justificativa, Diego citou o último episódio envolvendo Jerônimo, que, em discurso no município de América Dourada, sugeriu que os eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro deveriam ser levados para “a vala”. Diego Castro, que preside a Comissão de Segurança Pública e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), apresentou uma denúncia formal ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o governador.
A ação movida por Diego Castro pede a suspensão imediata de qualquer repasse de verbas públicas a grupos que, segundo ele, “desrespeitem o princípio da impessoalidade e promovam conteúdo que possa ser interpretado como incitação à violência”.