Política
Barroso sinaliza redução de penas do 8 de janeiro
Presidente do STF sinaliza possibilidade de ajustes nas condenações, enquanto debate sobre anistia e prerrogativas do Congresso esquenta.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, abriu uma brecha importante para a redução das penas aplicadas aos condenados pelos atos de 8 de janeiro. Embora tenha reafirmado a gravidade e o caráter “imperdoável” dos ataques às instituições, Barroso também reconheceu que não faria sentido manter duas condenações sobre o mesmo fato: tentativa de golpe e derrubada do Estado de Direito.
Essa manifestação cria uma nova possibilidade para o Congresso Nacional discutir a diminuição das penas, sem necessariamente recorrer à controversa proposta de anistia — vista por muitos como uma manobra para beneficiar figuras de alta patente, como generais e o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Até agora, qualquer tentativa de revisar as sentenças era considerada afronta direta ao STF. Contudo, ao indicar que a exclusão de uma das acusações poderia reduzir as penas em até cinco anos, Barroso sinaliza um espaço para negociação política que pode ajudar a descomprimir as tensões entre o Legislativo e o Judiciário.
Apesar disso, a fala do ministro também levanta críticas, uma vez que, como presidente do STF, ele deveria manter neutralidade em julgamentos nos quais não atua diretamente. A interferência pode alimentar questionamentos sobre a condução dos processos e reacender debates jurídicos sobre a constitucionalidade de uma eventual lei de anistia — prerrogativa exclusiva do Congresso, conforme estabelece a Constituição Federal.
O futuro das penas e da discussão sobre anistia promete ser um dos temas centrais da relação entre os poderes nos próximos meses, aumentando ainda mais a temperatura política em Brasília.
Política
Bolsonaro convoca ato pró-anistia em Brasília da UTI
Ex-presidente chama apoiadores para manifestação pró-anistia no dia 7 de maio; mobilização será a primeira desde o 8 de Janeiro.

Internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) após cirurgia abdominal, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) convocou, nesta segunda-feira (28), seus apoiadores para um ato em Brasília em defesa da anistia aos condenados pelos ataques de 8 de Janeiro. Esta será a primeira manifestação bolsonarista organizada na capital federal desde as invasões aos prédios dos Três Poderes, em 2023.
A manifestação está marcada para o dia 7 de maio, com concentração na Torre de TV e caminhada até o Congresso Nacional. A convocação foi divulgada em vídeo publicado pelo pastor Silas Malafaia. Nas imagens, Bolsonaro aparece hospitalizado, com sonda nasogástrica, e pede que seus seguidores compareçam de forma pacífica.
“Manifestação pacífica em Brasília pró-anistia. Compareçam”, diz Bolsonaro no vídeo.
O ato acontece no momento em que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, articula um projeto de lei para reduzir as penas dos envolvidos no 8 de Janeiro, sinalizando uma possível flexibilização da punição aos réus.
Bolsonaro, que passou por cirurgia há duas semanas, iniciou nesta segunda-feira uma dieta líquida, ingerindo água, chá e gelatina pela primeira vez após o procedimento.
Política
Lula lidera disputa para 2026 contra Tarcísio e Michelle

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece à frente do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) nas intenções de voto para a eleição presidencial de 2026, segundo pesquisa AtlasIntel divulgada nesta segunda-feira, 28.
O levantamento ouviu 5.419 eleitores entre 20 e 24 de abril, com margem de erro de 1 ponto percentual e 95% de nível de confiança. No primeiro turno contra Tarcísio, Lula teria 42,8% dos votos, ante 34,3% do governador. Já contra Michelle, o petista lidera com 43,3%, enquanto ela soma 31,3%.

A AtlasIntel ouviu 5.419 pessoas a partir de um recrutamento digital aleatório entre os dias 20 e 24 de abril. A margem de erro é de um ponto porcentual para mais ou para menos e o índice de confiabilidade é de 95%. Obter dados / Gráfico: Estadão
Em um eventual segundo turno, Lula e Tarcísio empatam com 46,7%. No cenário contra Michelle, o presidente teria 46,6%, e a ex-primeira-dama, 46,1%, configurando também empate técnico.

A AtlasIntel ouviu 5.419 pessoas a partir de um recrutamento digital aleatório entre os dias 20 e 24 de abril. A margem de erro é de um ponto porcentual para mais ou para menos e o índice de confiabilidade é de 95%. Obter dados. Gráfico: Estadão
A pesquisa ainda testou uma reedição da disputa de 2022 entre Lula e Jair Bolsonaro (PL), atualmente inelegível até 2030. Nesse cenário, Bolsonaro teria 45,1% contra 44,2% de Lula, dentro da margem de erro. O levantamento também apontou percentuais menores para nomes como Ciro Gomes (2,9%) e Simone Tebet (2,1%).
Apesar da liderança numérica de Lula, os números indicam um cenário altamente polarizado para 2026, com possibilidades reais de disputa acirrada.
Política
Escala 6×1: Motta critica “sonho irreal” sobre PEC
Presidente da Câmara alerta sobre impacto e viabilidade da proposta que reduz jornada semanal de trabalho

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta segunda-feira, 28, que a discussão sobre a proposta de emenda à Constituição (PEC) que propõe o fim da escala de trabalho 6×1 será tratada com “responsabilidade e tratamento institucional”. A declaração foi feita durante sua participação no J. Safra Macro Day 2025, em São Paulo.
Motta destacou que, apesar da medida ser popular junto à sociedade, é necessário avaliar o seu “impacto negativo” e a real “viabilidade” de implementação. “Não dá também para ficar vendendo sonho, sabendo que esse sonho não vai se realizar. Isso seria uma falta de compromisso com o eleitor”, afirmou.
O presidente da Câmara enfatizou que sua gestão não terá preconceitos em pautar temas sensíveis, mas que manterá uma condução “equilibrada e serena” nas votações até o ano eleitoral de 2026. “Temos que enfrentar todas as agendas, desde anistia até PEC 6×1”, acrescentou.
A proposta de redução da jornada semanal, que prevê o término da obrigatoriedade de seis dias trabalhados para um de descanso, é defendida por parte dos parlamentares e da sociedade civil. A deputada Erika Hilton (PSOL-SP) foi a última a protocolar uma PEC sobre o tema, embora outras iniciativas semelhantes já tramitassem anteriormente na Câmara e no Senado.
Atualmente, a escala 6×1 é uma norma consolidada na legislação trabalhista brasileira. Especialistas alertam que mudanças nesse regime podem afetar desde a produtividade até a sustentabilidade financeira das empresas.
As discussões prometem movimentar o Congresso nas próximas semanas, com debates técnicos e audiências públicas previstas para aprofundar a análise da proposta.
-
Polícia3 dias atrás
Opinião | Policiais Militares podem ser Influencers?
-
Bahia1 dia atrás
Crise obriga UFBA a cortar ar-condicionado e paralisar obras
-
Brasil3 dias atrás
Visitas a Bolsonaro são suspensas por equipe médica
-
Brasil5 dias atrás
Vídeo: Bolsonaro é intimado na UTI por oficial de justiça
-
Mundo2 dias atrás
Tragédia em Vancouver: motorista atropela multidão durante festival
-
Bahia6 dias atrás
Governo da Bahia anuncia R$ 400 mi para forças de segurança
-
Brasil1 dia atrás
Esposas de ministros de Lula dobram renda com cargos públicos
-
Brasil6 dias atrás
Final do BBB 25 tem pior audiência da história