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Política

João Neto nega agressões à companheira e afirma que câmeras provarão sua inocência

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Reprodução / Redes Sociais

O advogado criminalista João Neto, preso em flagrante na noite da última segunda-feira (14), por suspeita de agredir fisicamente sua companheira, Andreina Bernardo dos Santos, em seu apartamento no bairro da Jatiúca, em Maceió, negou as acusações em depoimento à polícia. A audiência de custódia determinou a conversão da prisão em flagrante para preventiva, sob a justificativa de garantir a ordem pública.

No depoimento prestado a uma autoridade policial, João Neto relatou que estava organizando os últimos detalhes de sua mudança de residência quando pediu para que Andreina deixasse o imóvel. Segundo o advogado, ela se recusou e foi até o quarto, onde se deitou na cama e ligou o ar-condicionado. Ele afirmou que, ao tentar retirá-la do ambiente, segurou-a pela barriga e ambos escorregaram no chão, ocasionando ferimentos. João Neto disse ter batido o queixo na queda e conduziu Andreina a uma unidade de saúde para atendimento.

O advogado destacou ainda que o apartamento possui câmeras de segurança e que as imagens devem comprovar sua versão dos fatos. João Neto também ressaltou nunca ter cometido agressão contra a companheira nos dois anos de relacionamento. Ele é pai de dois filhos, um de 27 anos e uma adolescente de 15.

Versão da vítima aponta agressões anteriores

Em contrapartida, a companheira do advogado apresentou uma versão distinta. Em depoimento às autoridades, Andreina afirmou que foi empurrada por João Neto, sofrendo uma queda que resultou em ferimento no queixo com sangramento intenso. A agressão teria ocorrido após um desentendimento entre o casal, iniciado porque ela estava no quarto assistindo televisão enquanto João Neto auxiliava técnicos de internet no apartamento.

Segundo o relato, o advogado teria se irritado, tentou expulsá-la do imóvel e, diante da recusa, a retirou da cama à força, iniciando as agressões. Andreina também afirmou que episódios de violência já teriam ocorrido anteriormente pelo menos duas vezes, sendo necessário atendimento médico em uma das ocasiões. Ela contou que, inclusive, em um desses episódios, João Neto também sofreu uma lesão no dedo.

O caso segue sob investigação da Polícia Civil. As imagens das câmeras de segurança do apartamento deverão ser analisadas para ajudar a esclarecer as circunstâncias do episódio.

Redação Saiba+

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Política

Diego Castro é internado em Salvador com embolia pulmonar

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Foto: Divulgação

O deputado estadual Diego Castro (PL) foi internado após o agravamento de seu quadro clínico, que evoluiu para embolia pulmonar.

Inicialmente diagnosticado com uma broncopatia inflamatória, o deputado apresentou regressão no quadro, sobretudo no último domingo (20), pela noite, o que motivou a realização de novos exames, resultando na confirmação do novo diagnóstico.

Nas semanas anteriores, Diego Castro enfrentou uma rotina intensa de compromissos e deslocamentos entre regiões com grandes variações de temperatura. Esse ritmo acelerado acabou comprometendo sua saúde, levando-o a buscar atendimento médico.

Por orientação médica, os compromissos do deputado foram temporariamente suspensos, aguardando evolução do seu quadro clínico para o agendamento de uma nova data.

Agradecemos todas as manifestações de carinho, apoio e orações.

Assessoria de Comunicação
Deputado Diego Castro

Atualização: 8h desta terça-feira (22)

Redação Saiba+

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Política

Filipe Martins pode voltar à prisão se filmar no STF

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Filipe Martins foi assessor-chefe da Assessoria de Assuntos Internacionais durante o governo Bolsonaro. Foto: Nilton Fukuda

O ex-assessor de assuntos internacionais da Presidência da República, Filipe Martins, deverá cumprir uma série de restrições impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para acompanhar presencialmente o julgamento da denúncia contra ele na Primeira Turma da Corte.

Martins é um dos seis denunciados por participação no chamado “núcleo 2” da tentativa de golpe de Estado entre 2022 e 2023. Para acompanhar a análise da denúncia, o ministro autorizou sua presença no STF, mas determinou que o ex-assessor não poderá filmar, fotografar ou divulgar qualquer imagem relacionada ao julgamento ou ao seu deslocamento até Brasília, nem mesmo por meio de terceiros.

O descumprimento das medidas poderá resultar na revogação da prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica e no retorno imediato de Martins ao presídio. Em abril, ele foi multado em R$ 20 mil por aparecer em vídeo publicado nas redes sociais de seu advogado, Sebastião Coelho, mesmo estando proibido de usar redes desde o ano passado.

Além das restrições audiovisuais, Martins também está proibido de circular livremente por Brasília durante os dias do julgamento. A decisão de Moraes foi clara ao limitar a presença do denunciado à atividade processual:

“A autorização para acompanhar o julgamento corresponde a excepcional alteração da situação do denunciado, em respeito ao princípio da ampla defesa, mas não significa uma verdadeira licença para fazer turismo ou atividades políticas em Brasília.”

O advogado Sebastião Coelho, que em julgamento anterior chegou a ser detido ao tentar entrar na Primeira Turma do STF, afirmou que não pretende repetir confrontos e que o foco será exclusivamente a defesa de seu cliente.

O julgamento da Primeira Turma analisará o recebimento da denúncia contra Filipe Martins e outros envolvidos na investigação que apura articulações antidemocráticas no período pós-eleitoral de 2022.

Redação Saiba+

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Política

Lula bate recorde de ações e transforma STF em aliado da articulação política

No terceiro mandato, presidente já é o que mais acionou o Supremo para reverter medidas de interesse do Planalto desde 2003.

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Lula ao lado do presidente do STF, Luís Roberto Barroso, e o presidente da Câmara, Hugo Motta Foto: Wilton Junior

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva atingiu um marco inédito em seu terceiro mandato: é o chefe do Executivo que mais acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar reverter medidas que afetam diretamente os interesses do governo federal desde 2003. De 2023 até agora, já foram 19 ações, superando os 17 processos movidos durante toda a gestão de Jair Bolsonaro e também ultrapassando o total das administrações de Dilma Rousseff e Michel Temer somadas.

Segundo especialistas, essa movimentação representa uma mudança na dinâmica entre os Três Poderes, marcada pelo enfraquecimento do Executivo, o fortalecimento do Legislativo e um protagonismo crescente do Judiciário, especialmente do STF, como espaço de resolução de conflitos institucionais.

As ações, lideradas pela Advocacia-Geral da União (AGU), têm como objetivo contestar decisões de governos estaduais, leis aprovadas pelo Congresso ou normas herdadas de gestões anteriores. A base legal é o chamado controle concentrado de constitucionalidade, em que o Supremo julga se determinada norma fere a Constituição.

Entre os exemplos estão as ações contra leis estaduais que flexibilizam o porte de armas, como a do Paraná, que reconhecia a atividade dos CACs como de risco e a contestação da lei federal que prorrogou a desoneração da folha de pagamento até 2027, aprovada pelo Congresso sem estimativa de impacto orçamentário, segundo a AGU.

Para o jurista Luiz Esteves, professor do Insper, Lula tem utilizado o Supremo como uma espécie de “resolvedor de impasses políticos”, diante da dificuldade de costurar acordos com o Congresso.

“É uma forma de compensar o enfraquecimento da capacidade de negociação com o Parlamento”, afirma.

Esse movimento, segundo os analistas, tem transformado o STF em um ator central na governabilidade, auxiliando o Executivo a destravar temas sensíveis, como as emendas parlamentares, cuja transparência virou pauta da Corte sob relatoria do ministro Flávio Dino. Embora o processo tenha sido provocado por entidades da sociedade civil, analistas destacam que o governo foi beneficiado com a mediação judicial.

O cientista político Christian Lynch, da UERJ, descreve o cenário como um “judiciarismo de coalizão”, em que o Executivo recorre ao Supremo como alternativa de ação política diante de um Congresso de maioria conservadora. Já Lucio Rennó, professor da UnB, aponta que a Corte tem assumido o papel de árbitro de conflitos institucionais, aumentando a tensão com o Legislativo. “As disputas entre os dois poderes tendem a se intensificar”, prevê.

No balanço dos especialistas, o Judiciário tem ganhado força, mas também passa a carregar um ônus político maior. E, para o governo, recorrer à Corte pode ser eficaz no curto prazo, mas também revela limitações na capacidade de articulação.

“Ao transferir a responsabilidade para o STF, o Executivo se exime de embates políticos que são de sua natureza”, alerta Esteves.

Redação Saiba+

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