Política
Rui Costa pode disputar governo da Bahia em 2026

Apesar de indicar preferência por uma candidatura ao Senado Federal, ao lado de seu padrinho político Jaques Wagner, Rui não descarta uma candidatura ao governo da Bahia, estado que já comandou por dois mandatos consecutivos.
A informação foi publicada pela coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo, e repercute nos bastidores da política baiana. A movimentação indica que Rui Costa continua sendo uma peça-chave dentro do PT, tanto no plano federal quanto estadual.
A possibilidade de Rui disputar novamente o Palácio de Ondina surge como um plano B, caso o atual governador Jerônimo Rodrigues (PT) não consiga manter força suficiente para garantir a reeleição. Embora Jerônimo conte com o apoio de Lula e da cúpula do partido, há preocupação interna com sua capacidade de aglutinar apoio popular até 2026.
Além disso, segundo a colunista Andreza Matais, do UOL, Rui vem ampliando sua influência política em Brasília. Uma das estratégias mais comentadas foi sua atuação direta na queda do ex-presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, o que evidenciou sua força junto ao núcleo duro do governo federal e ao próprio presidente Lula.
Com experiência no Executivo e trânsito livre em diversas frentes políticas, Rui Costa se posiciona como um nome de peso para qualquer cenário: seja como senador, retomando protagonismo no Congresso Nacional, ou como governador, numa possível missão de “resgate” do projeto petista na Bahia.
Política
Lula prepara Guilherme Boulos para ministério enquanto PSOL racha sobre cortes na Educação
Presidente avalia nomeação de Boulos para Secretaria-Geral da Presidência, mas enfrenta críticas dentro e fora do PSOL por decreto que limita gastos em universidades

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) revelou a lideranças do partido que deve nomear Guilherme Boulos (PSOL-SP) como novo ministro do governo, com expectativa de que ele assuma a Secretaria-Geral da Presidência da República. A confirmação oficial ainda não foi feita, mas fontes do Planalto indicam que a decisão é considerada “certa”.
Boulos, uma das principais lideranças da esquerda brasileira, acompanhou Lula em sua viagem ao Uruguai para o velório de Pepe Mujica, e vem sendo cotado para um cargo de primeiro escalão desde março. Segundo interlocutores, o presidente adotou a mesma estratégia usada com Gleisi Hoffmann: testar a repercussão antes da nomeação.
O parlamentar paulista já teria garantido que não pretende disputar cargos em 2026, assegurando a Lula que sua prioridade será a reeleição do petista. Essa postura teria sido decisiva para sua aceitação dentro do núcleo político do governo.
Apesar disso, a demora de Lula em anunciar mudanças em sua equipe ministerial tem causado desconforto entre aliados. Desde 2023, o presidente acena com uma reforma administrativa que avança lentamente. O movimento para incluir Boulos no governo, embora esperado, agrava um novo ponto de tensão: o descontentamento com os cortes na área da educação.
Deputadas do PSOL se rebelam contra corte nas universidades
Em meio às negociações para a entrada de Boulos no governo, duas deputadas do PSOL – Fernanda Melchionna (RS) e Sâmia Bomfim (SP) – protocolaram um projeto para sustar um decreto do próprio Lula que limita os gastos das universidades federais.
O decreto, publicado no final de abril, reduziu R$ 2,5 bilhões do orçamento do Ministério da Educação, gerando reações em toda a comunidade acadêmica. Os repasses às universidades foram fragmentados em 18 parcelas mensais, o que, na prática, inviabiliza o funcionamento de muitos serviços básicos nas instituições públicas.

“Os recursos, ainda que previstos, não poderão ser legalmente utilizados, tornando-se inexecutáveis”, apontam as deputadas no requerimento. Para elas, trata-se de um corte disfarçado que ameaça o futuro da educação superior no Brasil.
Melchionna classificou a medida como “resultado de uma política econômica nefasta”, em referência ao arcabouço fiscal aprovado pelo Congresso. Sâmia Bomfim, por sua vez, lembrou que o PSOL votou contra o novo regime fiscal justamente por prever contingenciamentos em áreas essenciais.
As críticas internas, mesmo em um partido prestes a assumir mais um ministério, mostram que a relação entre PSOL e governo Lula ainda está longe de ser pacificada. O futuro de Boulos como ministro, embora quase certo, poderá ter que equilibrar agendas políticas distintas — e até contraditórias — dentro do próprio campo progressista.
Política
Jerônimo é questionado por chineses e reage a boatos sobre Rui Costa
Governador é cobrado sobre a Ponte Salvador-Itaparica durante missão na China e rebate especulações sobre 2026: “Sou o candidato natural à reeleição”

Durante missão oficial na China, o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), foi surpreendido por questionamentos diretos do consórcio chinês responsável pela construção da Ponte Salvador-Itaparica, um dos maiores projetos de infraestrutura da história do estado. Em um episódio relatado em seu podcast “Fala Jero”, o governador revelou que representantes da CRCC e CCC (China Communications Construction) levantaram ao menos cinco dúvidas técnicas e contratuais sobre o empreendimento.
“Tivemos uma reunião dura. Quando vi aqueles questionamentos, percebi que precisava me aprofundar. Suspendi a reunião para conversar com minha equipe no Brasil”, contou Jerônimo, revelando que só retomou a reunião no fim do dia, após obter informações com a Casa Civil e a Secretaria de Infraestrutura da Bahia.
A ponte, que liga Salvador à Ilha de Itaparica, é considerada um marco logístico e econômico para a Bahia, e o impasse levantado pelo consórcio chinês acendeu um alerta sobre a complexidade do projeto e a necessidade de alinhamento entre os governos e os investidores.
No mesmo contexto da viagem, Jerônimo reagiu com firmeza à especulação sobre uma possível candidatura do ministro Rui Costa ao Governo da Bahia em 2026. A informação foi publicada pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, e reeditou rumores anteriores de que Rui poderia voltar ao Palácio de Ondina caso o atual governador perdesse força política.
“Vamos tratar as coisas com seriedade. Eu não vou gastar energia com debates que não trazem resultados. Sou o governador eleito e estou focado nas necessidades reais da Bahia”, afirmou Jerônimo, durante o lançamento de um laboratório maker no Ceeinfor Mãe Stella, em Salvador.
O governador reforçou que sua prioridade está em temas urgentes como a seca, as enchentes em municípios do interior e o combate à fome e ao analfabetismo. “O que me interessa é construir um ambiente em que as políticas públicas cheguem na vida das pessoas”, completou.
A repercussão obrigou membros do governo a se posicionarem publicamente. O secretário de Justiça e Direitos Humanos, Felipe Freitas, classificou os rumores como infundados e reafirmou Jerônimo como o candidato natural do grupo à reeleição em 2026.
“O sentimento entre prefeitos, lideranças e partidos da base é de que Jerônimo é candidatíssimo. Isso incomoda a oposição”, disse Freitas. Segundo ele, Rui Costa segue com dedicação integral à Casa Civil da Presidência da República e está voltado à execução do novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
“Rui foi um excelente governador, mas hoje está totalmente focado nos desafios nacionais. Ele não tem tempo para especulações eleitorais na Bahia”, concluiu o secretário.
Nos bastidores, o PT da Bahia também reforça que não há qualquer discussão interna sobre substituição de candidatura, e que Jerônimo representa a continuidade de um projeto político aprovado nas urnas em 2022.
Política
Venezuela ignora cobrança de dívida bilionária ao Brasil
Governo Maduro se mantém em silêncio diante de tentativas diplomáticas para reaver cerca de R$ 10 bilhões devidos ao Brasil por financiamentos de infraestrutura

A Venezuela segue ignorando as tentativas do governo brasileiro de cobrar uma dívida bilionária referente a obras e serviços prestados por empresas brasileiras no país vizinho, financiadas com recursos do BNDES. Segundo o Ministério da Fazenda, o montante chega a US$ 1,74 bilhão (aproximadamente R$ 10 bilhões) e inclui valores indenizados pela União aos bancos financiadores, além de juros pelo atraso no pagamento.
A informação consta em documento oficial assinado pela secretária de Assuntos Internacionais da Fazenda, Tatiana Rosito, em resposta a um requerimento do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). No texto, o governo admite que “a negociação se encontra suspensa em razão da ausência de respostas do governo venezuelano” e que “a resolução da questão depende do engajamento da contraparte”, o que impossibilita qualquer previsão de solução.
De acordo com o Ministério da Fazenda, o processo de cobrança foi retomado por vias diplomáticas e também por comunicações diretas ao Ministério da Economia da Venezuela, mas até o momento não houve retorno. A equipe econômica também relatou que os atrasos estão sendo reportados a instituições multilaterais como o Clube de Paris, grupo informal que reúne os principais credores internacionais, incluindo França, Alemanha e Estados Unidos.
A projeção do governo é que, até junho deste ano, outras quatro parcelas – somando cerca de US$ 16 milhões (R$ 90 milhões) – poderão ser indenizadas pela União caso o calote persista. A legislação prevê a cobrança de juros até a quitação integral da dívida, conforme os contratos firmados entre o BNDES e os países devedores.
As dívidas em questão são oriundas de financiamentos concedidos durante os governos do PT para obras de infraestrutura no exterior, incluindo o metrô de Caracas, executado por empreiteiras brasileiras. Esses projetos foram garantidos pelo Fundo de Garantia à Exportação (FGE), que cobre os riscos em caso de inadimplência do país contratante.
A oposição ao governo Lula tem usado o episódio como argumento para criticar os financiamentos internacionais promovidos pelo BNDES, sobretudo os que envolveram Venezuela e Cuba. A retomada das negociações da dívida foi uma das ações diplomáticas articuladas logo após a visita de Nicolás Maduro a Brasília, no início de 2023, mas não houve avanço desde então.
Apesar da tentativa de reaproximação, as relações entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o regime chavista esfriaram após o veto brasileiro à entrada da Venezuela como parceira do BRICS, grupo que hoje inclui países como Rússia, China, Índia, Arábia Saudita e Egito. Mesmo com apoio da China e da Rússia, Caracas não conseguiu o status de observadora, o que afastou ainda mais as possibilidades de cooperação bilateral.
A dívida venezuelana voltou à pauta em conversas telefônicas entre Lula e Maduro ao longo de 2023. Em junho daquele ano, o Planalto anunciou que os dois líderes “discutiram o início de tratativas para a celebração de Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos e a renegociação da dívida bilateral”. O tema também foi retomado em outubro, sem resultados práticos.
Na posse de Aloizio Mercadante como presidente do BNDES, Lula atribuiu a responsabilidade pelo impasse ao ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmando que “os países que não pagaram, seja Cuba, seja Venezuela, é porque o presidente resolveu cortar relação internacional com esses países para não cobrar, para poder ficar nos acusando”.
O presidente também declarou que “esses países vão pagar, porque são todos amigos do Brasil”, apostando na diplomacia para reaver os valores. No entanto, passado mais de um ano, não há qualquer sinal de que a Venezuela esteja disposta a quitar a dívida.
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