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Enem 2025: Inscrições começam dia 26 e prova volta a valer para diploma

Maior vestibular do Brasil terá provas em novembro e retorna como certificação do Ensino Médio para maiores de 18 anos

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As inscrições para o Enem 2025 começam na próxima segunda-feira, 26 de maio, e prometem movimentar milhões de estudantes de todo o país. Além de ser porta de entrada para vagas em universidades públicas, bolsas de estudo em instituições privadas e acesso a universidades no exterior, a edição deste ano traz uma novidade importante: o exame volta a valer para a obtenção do diploma do Ensino Médio para os candidatos maiores de 18 anos que ainda não tenham concluído essa etapa.

O Ministério da Educação (MEC) publicou, na sexta-feira (23), o edital com as principais mudanças do Enem 2025. Segundo o órgão, a retomada da prova como instrumento para certificação escolar busca valorizar o exame como política educacional e reforçar seu papel na avaliação da conclusão da educação básica.

Até 6 de junho, os interessados podem realizar a inscrição pelo site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). As provas estão agendadas para os dias 9 e 16 de novembro, com exceção dos municípios paraenses de Belém, Ananindeua e Marituba, onde o exame será aplicado nos dias 30 de novembro e 7 de dezembro, devido à 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30).

Outra novidade importante do edital é a pré-inscrição automática para alunos do 3º ano do Ensino Médio da rede pública, que poderão apenas confirmar seus dados e escolher a língua estrangeira da prova na Página do Participante. “Pela primeira vez, os alunos concluintes de escola pública estarão com inscrição pré-preenchida no sistema, uma forma de simplificar o processo e estimular a participação”, destacou o ministro da Educação, Camilo Santana.

Como obter o certificado de conclusão do Ensino Médio pelo Enem 2025?

Para utilizar o resultado do Enem na certificação, o participante deverá, no ato da inscrição, indicar essa intenção e cumprir os seguintes requisitos:

  • Ter 18 anos ou mais na data da primeira prova;
  • Obter pontuação igual ou superior a 450 pontos em cada área do conhecimento;
  • Alcançar pelo menos 500 pontos na redação.

Após a divulgação dos resultados, os candidatos interessados devem se dirigir a uma unidade dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia ou instituições estaduais parceiras para solicitar a emissão do certificado, apresentando a documentação exigida.

A prova volta a ser uma opção importante para jovens e adultos que buscam concluir o Ensino Médio, ao lado do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja), oferecendo mais oportunidades para a certificação escolar.

Redação Saiba+

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Brasil

Aumento do IOF pressiona preços das passagens aéreas

Com vaivém de decisões, medida afeta viajantes, provoca racha interno no Planalto e reacende críticas da oposição sobre alta da carga tributária no Brasil

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O presidente Lula e a primeira-dama Janja / Foto: Ricardo Stuckert/PR

O recente aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), seguido por um recuo parcial do governo, abriu mais uma crise de comunicação no Palácio do Planalto e ampliou o desgaste político do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A medida, que encarece viagens internacionais e remessas para o exterior, gerou desconforto entre ministros, insatisfação no mercado e uma enxurrada de críticas nas redes sociais e no Congresso — especialmente vindas da oposição bolsonarista.

Na prática, a alíquota do IOF para operações como compra de moeda estrangeira em espécie e transferência entre contas no exterior de mesmo titular subiu de 1,1% para 3,5%, um aumento de 218%. Ainda que o impacto sobre o uso de cartões internacionais tenha sido mais leve — passando de 3,38% para 3,5% — a medida não passou despercebida.

A decisão foi anunciada pela equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mas sem articulação prévia com a Secretaria de Comunicação Social (Secom), comandada por Sidônio Palmeira. O descompasso gerou críticas internas e expôs, mais uma vez, a falta de coordenação entre áreas estratégicas do governo, que já haviam se estranhado em episódios anteriores, como na “taxa da blusinha” e na tentativa frustrada de fiscalizar transações via Pix.

A avaliação interna no Planalto é que a estratégia da Fazenda foi equivocada, ao tentar conciliar o anúncio da alta do IOF com o bloqueio de R$ 31 bilhões no orçamento de 2025, uma tentativa de sinalizar responsabilidade fiscal ao mercado. No entanto, a comunicação falha fez com que a repercussão fosse majoritariamente negativa.

Levantamento da consultoria Bites mostrou que mais de 70% das menções nas redes sociais ao aumento do IOF foram críticas. Em dois dias, o tema acumulou mais de 144 mil postagens, sendo 72,6% com teor negativo. A oposição, capitaneada por Jair Bolsonaro, Flávio Bolsonaro, Sergio Moro e André Fernandes, não perdeu tempo: reforçou a narrativa de que o governo “taxa tudo e todos”, resgatando o apelido pejorativo “Taxad” para o ministro Haddad.

A base governista, por sua vez, demonstrou pouca disposição para defender a medida. Apenas um parlamentar petista — o deputado Bohn Gass (PT) — saiu em defesa pública do governo. O silêncio constrangedor de outros aliados mostra o nível de desgaste causado por anúncios econômicos que nascem sem respaldo político e são revistos dias depois, minando a credibilidade da gestão.

Além disso, a medida teve impacto direto no bolso de brasileiros com viagens marcadas. Para uma remessa de R$ 10 mil ao exterior, o custo do IOF passou de R$ 110 para R$ 350. Especialistas em finanças recomendam antecipar a compra de moeda estrangeira e readequar o planejamento financeiro para evitar surpresas de última hora.

A decisão de revogar parte do decreto, mantendo a alíquota zero para aplicações de fundos nacionais no exterior, buscou reduzir o impacto no mercado, mas já era tarde. O estrago estava feito. O episódio se junta a uma sequência de anúncios desastrosos, como a taxação de compras internacionais de pequeno valor e o monitoramento do Pix, ambos recuados após pressões populares e da oposição.

O ex-presidente Jair Bolsonaro aproveitou para lembrar que, em 2022, zerou o IOF do câmbio até 2028 e classificou a reversão da política como “afronta à competitividade e ao investimento externo”. Parlamentares aliados reforçaram o discurso de que o governo Lula age com improviso e onera cada vez mais o cidadão comum com impostos.

O governador Romeu Zema (Novo-MG) também entrou no debate, alertando para uma possível crise de confiança no ambiente de negócios. “Essa medida precisa ser revogada imediatamente, ou o país vai piorar ainda mais”, afirmou em vídeo publicado nas redes sociais.

A falta de articulação entre os setores do governo, somada ao cenário econômico instável e ao avanço da oposição nas redes, contribui para um ambiente político cada vez mais hostil para Lula e seu núcleo econômico. Se o bolsonarismo conseguir manter o impulso nas urnas em 2026 e dominar o Senado, o governo poderá enfrentar dificuldades reais para manter trunfos sobre o STF e para aprovar pautas econômicas que envolvam ajustes fiscais e novas arrecadações.

Redação Saiba+

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Brasil

Lula eleva IOF em mais de R$ 40 bi, mas governo recua

Novo aumento de impostos encarece crédito, importações e serviços financeiros; medida tenta tapar rombo no arcabouço fiscal e já causa desgaste político

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Luiz Inácio Lula da Silva, Presidente do Brasil - Reprodução

Em meio à tentativa de manter as contas públicas sob controle e cumprir a meta de déficit primário zero, o governo federal anunciou, nesta quinta-feira (22), um aumento expressivo no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), com expectativa de arrecadar R$ 40,5 bilhões em 2025 e R$ 41 bilhões em 2026. A decisão foi revelada durante a revisão bimestral do Orçamento, feita pelo Ministério da Fazenda e o Ministério do Planejamento.

Segundo o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, o objetivo da medida é “reforçar a credibilidade do novo arcabouço fiscal”, mesmo que o custo político venha em alta. Com o aumento do IOF, o governo Lula aposta em tributar operações financeiras e importações de pequeno valor, como as populares compras internacionais de vestuário — as famosas “brusinhas” — além de encarecer o crédito para empresas, especialmente fora do regime do Simples Nacional.

Entre os setores mais atingidos estão:

  • Operações de crédito corporativas, com impacto direto nas taxas de juros.
  • Compras internacionais com cartão de crédito, débito e pré-pago, agora com IOF de 3,5%.
  • Remessas ao exterior e compra de moeda estrangeira, também taxadas em 3,5%.
  • Seguros de vida e previdência privada (VGBL) de alto valor, com nova carga tributária para contribuições acima de R$ 50 mil mensais.

A medida azedou o ambiente político. Nas redes sociais e bastidores de Brasília, o ministro Fernando Haddad já começa a ser apelidado de “Taxad”, numa alusão à política de elevação de tributos para atingir metas fiscais. O aumento do IOF pode ainda dificultar a retomada econômica, ao manter o arrocho monetário com crédito mais caro e menor estímulo à produção.

O pacote fiscal ainda incluiu o congelamento de R$ 31,3 bilhões em despesas públicas — manobra necessária, segundo o governo, para compensar a frustração de receitas extraordinárias, como a zeragem de previsões com a retomada do voto de qualidade no Carf, transações tributárias e outorgas ferroviárias. Ao todo, a estimativa de arrecadação extra caiu R$ 81,5 bilhões.

Na prática, a revisão não altera de forma significativa os fundamentos macroeconômicos — como PIB, inflação ou emprego —, mas acentua a fragilidade política de um governo que tenta equilibrar as contas sem abrir mão de despesas sociais e programas estratégicos, ao mesmo tempo em que resiste à pressão de uma base parlamentar volátil.

Com o novo IOF, o governo ganha fôlego fiscal, mas também arrisca perder capital político. O saldo final pode ser neutro na economia, mas custoso no campo da popularidade.

Boatos sobre controle de capital fizeram governo recuar em parte das medidas do IOF

O ministro Fernando Haddad vai explicar agora de manhã por que houve o recuo de uma das medidas do aumento do IOF ontem a noite. Havia boatos de que a medida que impunha IOF sobre remessas para investimento no exterior seria o começo do controle de capital.

Uma ideia totalmente sem sentido, porque o Brasil está tendo é entrada de capital, sem falar nas reservas altas. Para evitar o ruído, o governo recuou.

O que pessoas do mercado explicaram ao Ministério da Fazenda é que essa específica medida era inaplicável porque os fundos operam em fluxo constante de aplicações no exterior e volta ao Brasil. Por isso, se a cada remessa fosse pagar imposto, esse fluxo não poderia ser feito.

As outras medidas de aumento de IOF continuam e, segundo contas da Fazenda, a perda de arrecadação no recuo é de apenas R$ 1 bilhão, no total previsto de receita de R$ 20 bilhões este ano

Haddad diz que recuo sobre IOF foi tomado para evitar especulações

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira, 23, que o recuo do governo sobre a cobrança de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para aplicação de investimentos de fundos brasileiros no exterior visou evitar especulações. Segundo ele, o governo contou com colaboração de parceiros para “corrigir rotas” e não quer “inibir investimentos no exterior”.

“Tivemos subsídios de pessoas do mercado dizendo que o IOF poderia acarretar problemas”, afirmou em entrevista à imprensa pela manhã, antes da abertura do mercado. Haddad disse que o governo não tem problema de corrigir rotas, desde que “sigamos o rumo de cumprir metas fiscais”. Ele afirmou ainda que não considerou a reação do mercado exagerada, como em dezembro do ano passado. “Dada a repercussão, tivemos que ser rápidos na revisão.”

O ministro afirmou que o conjunto de medidas anunciadas na quinta-feira, 22, somam cerca de R$ 50 bilhões, para “fechar o ano”. Ele reconheceu que o governo poderá ter de ajustar o congelamento de recursos em cerca de R$ 2 bilhões devido ao recuo na cobrança do IOF.

Sobre a comunicação da Fazenda com o Banco Central sobre as medidas, Haddad afirmou que cada um tem um mandato. “Não reviso decisões do BC”, disse. O ministro disse que conversa com Gabriel Galípolo frequentemente e avisou que haveria medidas sobre receita e despesa. “BC não analisa decisões do presidente da República, não é esse o procedimento.”


Redação Saiba+

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Governo Lula congela R$ 31,3 bilhões e aumenta IOF

Medida tenta conter rombo nas contas públicas e garantir cumprimento do arcabouço fiscal; déficit real pode ultrapassar R$ 76 bilhões em 2025

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O presidente Lula / Foto: REUTERS/Adriano Machado/Foto de Arquivo

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou o congelamento de R$ 31,3 bilhões em despesas do Orçamento de 2025 e um aumento no IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) como parte de um pacote de medidas para conter o avanço do déficit público e atender às exigências do novo arcabouço fiscal.

O anúncio foi feito nesta quinta-feira (22) após atrasos e especulações no mercado. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o pacote é uma resposta ao aumento de gastos obrigatórios, como benefícios previdenciários, e à frustração na arrecadação.

“Levamos à consideração do presidente, e a determinação foi fazer o que for necessário para fortalecer o arcabouço”, disse Haddad.

Medidas refletem pressão sobre o orçamento

Do total congelado, R$ 10,6 bilhões se referem ao bloqueio necessário para compensar o aumento das despesas obrigatórias, como aposentadorias, BPC e subsídios ao agronegócio. Já os R$ 20,7 bilhões restantes serão contingenciados devido à frustração de receitas — uma tentativa de cumprir a meta de déficit zero estabelecida para 2025, com margem de tolerância de até R$ 31 bilhões negativos.

A previsão de arrecadação líquida foi reduzida em R$ 41,7 bilhões, o que acendeu o alerta dentro da equipe econômica. Para tentar compensar, o governo planeja novos leilões de ativos, como os direitos de petróleo pertencentes à União, e já iniciou ajustes na tributação, como o aumento do IOF, que ainda será detalhado.

Déficit real deve ser muito maior

Apesar do esforço, o déficit total pode chegar a R$ 76,3 bilhões, considerando R$ 45,3 bilhões de precatórios fora das regras fiscais. Em 2024, esse número foi de R$ 43 bilhões. A ministra do Planejamento, Simone Tebet, destacou que o governo trabalhará dentro da meta mínima, mas Haddad reforçou que o objetivo segue sendo o equilíbrio fiscal.

“Esse é um primeiro conjunto de medidas. Não preciso esperar o próximo bimestral para agir”, afirmou o ministro.

Impacto nos ministérios

As pastas já vinham enfrentando restrições desde março, quando Lula editou decreto limitando os gastos enquanto o Orçamento de 2025 não era votado. Agora, as despesas discricionárias — que incluem custeio da máquina pública e investimentos — serão as mais afetadas, com o detalhamento por ministério previsto em decreto a ser publicado até o fim do mês.

O aumento dos gastos previdenciários foi um dos principais motores do congelamento. A previsão subiu R$ 16,7 bilhões em relação ao orçamento aprovado, com destaque para os R$ 15,6 bilhões que estão dentro do teto do arcabouço. O Plano Safra também puxou os subsídios para cima, com alta de R$ 4,5 bilhões.

Fernando Haddad (Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

Explicando: bloqueio x contingenciamento

Com o novo arcabouço fiscal, o governo precisa seguir duas regras: o limite de gastos e a meta de resultado primário.

  • Bloqueio: feito quando há aumento de despesas obrigatórias, exige cortes proporcionais nas despesas discricionárias.
  • Contingenciamento: ocorre quando há queda na arrecadação prevista, forçando o governo a reservar parte do orçamento para garantir o cumprimento da meta.
  • Ambos podem ocorrer simultaneamente, como no caso atual, somando os efeitos negativos sobre os investimentos públicos.

Renan Filho defende credibilidade fiscal

Durante evento em São Paulo, o ministro dos Transportes, Renan Filho, afirmou que as medidas sinalizam responsabilidade fiscal:
“É importante a demonstração clara do governo de que haverá o cumprimento das regras fiscais. Isso permitirá queda nos juros e mais crescimento em 2026.”

Com o país pressionado por despesas e queda na receita, o governo Lula inicia 2025 reforçando o compromisso com o equilíbrio fiscal — mas enfrentará desafios políticos e econômicos para manter essa trajetória.

Redação Saiba+

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