Mundo
Milhares protestam contra Trump nos EUA e na Europa enquanto presidente joga golfe na Flórida

Milhares de pessoas foram às ruas neste sábado nos Estados Unidos e em diversas cidades da Europa para protestar contra as políticas do presidente americano Donald Trump. O movimento, que já está sendo considerado o maior protesto organizado pela oposição desde o início de seu mandato, contou com cerca de 1.200 manifestações em todos os 50 estados americanos, além de atos em países como Alemanha, França e Reino Unido.
Os manifestantes expressaram descontentamento com os recentes cortes em programas governamentais, a repressão a imigrantes, as novas tarifas comerciais e a crescente influência do bilionário Elon Musk no governo. Em Washington, sob chuva leve e céu nublado, mais de 20 mil pessoas se reuniram no National Mall, em frente ao Monumento a Washington. Cerca de 150 grupos ativistas participaram da organização do evento.
“Tudo, desde imigração até as coisas do DOGE, as tarifas desta semana, até educação. Quero dizer, nosso país inteiro está sob ataque”, declarou Terry Klein, cientista aposentado de New Jersey, à agência Reuters.
Enquanto os protestos ganhavam corpo em todo o país, o presidente Trump passou o dia jogando golfe em seu clube na Flórida, retornando à tarde ao resort de Mar-a-Lago. A poucos quilômetros dali, em West Palm Beach, manifestantes também se concentraram, com cartazes que ironizavam a ausência do presidente diante do agravamento da crise: “Mercados afundam, Trump joga golfe”.
Europa ecoa insatisfação com políticas americanas
Na Europa, manifestações semelhantes aconteceram em cidades como Frankfurt, Berlim, Paris e Londres. Em Frankfurt, ativistas do grupo Democrats Abroad exigiram a renúncia de Trump, empunhando faixas com frases como “Restaure a democracia” e “O mundo está cansado das suas besteiras, Donald, vá embora!”.
Em Berlim, manifestantes se reuniram em frente a uma loja da Tesla para protestar contra a influência de Elon Musk no governo dos EUA, com cartazes como “Cale a boca, Elon, ninguém votou em você” e “Cães contra DOGE” — em referência ao Departamento de Eficiência Governamental, liderado por Musk.
Já em Paris, cerca de 200 pessoas se reuniram na Place de la République, com palavras de ordem como “Resista ao tirano”, “Estado de direito” e “Salve a democracia”. A trilha sonora ficou por conta de “Masters of War”, de Bob Dylan.
Na Trafalgar Square, em Londres, o clima também foi de crítica aberta. Centenas de pessoas se uniram com faixas como “Orgulhoso americano envergonhado” e “WTAF América?”, além de gritos contra a atuação dos EUA em temas internacionais: “Tirem as mãos do Canadá”, “Tirem as mãos da Groenlândia” e “Tirem as mãos da Ucrânia”.
Os protestos deste sábado demonstram o crescimento da insatisfação popular com a condução política de Donald Trump e o fortalecimento da oposição, tanto dentro quanto fora dos Estados Unidos.
Mundo
Ex-presidente sul-coreano é acusado de suborno às vésperas da eleição
Moon Jae-in, do mesmo partido do favorito nas pesquisas, é acusado de troca de favores envolvendo nomeação pública e emprego para familiar.

A turbulência política na Coreia do Sul ganhou um novo capítulo nesta quinta-feira (24) com o indiciamento do ex-presidente Moon Jae-in, de 72 anos. O ex-mandatário, que governou o país entre 2017 e 2022, é acusado pela Promotoria de ter nomeado o ex-parlamentar Lee Sang-jik para um cargo público em troca de um favor envolvendo seu genro.
De acordo com as investigações, Lee teria garantido um emprego ao familiar de Moon em uma empresa tailandesa controlada por ele entre 2018 e 2020. Como contrapartida, o então presidente o nomeou chefe de uma agência governamental voltada ao fomento de pequenas empresas e startups. A Promotoria considera o salário pago ao genro uma forma de propina. Moon e Lee foram formalmente indiciados por suborno, e o ex-deputado também responderá por abuso de confiança.
O escândalo estoura a menos de dois meses das eleições presidenciais antecipadas, marcadas para 3 de junho, e promete abalar ainda mais o cenário político do país. Moon é filiado ao Partido Democrata, o mesmo do atual líder nas pesquisas, Lee Jae-myung, que perdeu a última eleição por uma margem apertada de 0,73 ponto percentual.
A crise institucional se agravou desde dezembro, quando o então presidente Yoon Suk Yeol — sucessor direto de Moon — tentou impedir investigações contra si em uma tentativa de autogolpe. O episódio resultou em seu impeachment e breve prisão. Ele foi solto no mês passado, após um tribunal apontar falhas processuais, mas ainda responde por insurreição e pode ser condenado à prisão perpétua ou até à pena de morte — embora o país não execute sentenças capitais há décadas.
Com Moon indiciado, Yoon em julgamento e o pleito se aproximando, a Coreia do Sul atravessa sua maior instabilidade política em anos. A Reuters informou que não conseguiu contato com os advogados de defesa de Moon e Lee até o momento.
Mundo
Trump mira universidades e FMI em nova ofensiva nacionalista

O presidente Donald Trump iniciou uma nova fase de sua estratégia política mirando dois alvos centrais de sua retórica: o sistema educacional americano e a influência da China nas instituições globais. Em um movimento coordenado, Trump assinou uma série de decretos executivos que endurecem o controle sobre universidades e agências de credenciamento, ao mesmo tempo em que seu governo amplia o embate com o Fundo Monetário Internacional (FMI), prometendo restaurar a liderança americana no cenário econômico internacional.
Controle sobre universidades e financiamento estudantil
Na quarta-feira (24), Trump assinou decretos que obrigam as universidades americanas a uma maior transparência sobre doações estrangeiras com foco especial em recursos oriundos da China, e propôs a reformulação das agências de credenciamento que avaliam instituições de ensino. Essas agências são essenciais para a liberação de mais de US$ 120 bilhões anuais em bolsas e empréstimos estudantis do governo federal.
“A ideologia DEI (Diversidade, Equidade e Inclusão) está destruindo o nosso sistema educacional”, declarou Trump. “Essas agências precisam focar em qualidade de ensino e empregabilidade, e não em política identitária.”
A medida reacende um embate com instituições como a Universidade de Harvard, acusada pela Casa Branca de omitir informações sobre doações estrangeiras. A universidade nega irregularidades e denuncia interferência governamental na liberdade acadêmica. Segundo o novo decreto, universidades que violarem a lei poderão ter seus repasses federais suspensos.
Estados Unidos querem mais poder no FMI
Simultaneamente, o governo Trump, por meio do secretário do Tesouro Scott Bessent, lançou críticas duras ao FMI e ao Banco Mundial, acusando ambas as instituições de se afastarem de seus objetivos originais ao priorizarem temas como mudança climática e questões sociais. Em discurso no Institute of International Finance, Bessent defendeu que o Fundo deve focar exclusivamente na estabilidade financeira global e deixar de lado “pautas ideológicas”.
“O FMI precisa parar de subsidiar a superprodução chinesa com políticas ineficazes. Os países devem consumir mais, poupar menos e equilibrar suas economias. E o Fundo deve cobrar isso”, disse Bessent, prometendo usar o poder de veto dos EUA — que detêm 16,49% dos votos no conselho do FMI — para barrar políticas que, segundo ele, favorecem adversários estratégicos como a China.
Agenda nacionalista ganha fôlego
Os movimentos reforçam o projeto trumpista de restaurar a liderança global dos EUA por meio do endurecimento das políticas internas e do reposicionamento estratégico das instituições multilaterais. Para críticos, as ações representam interferência direta na autonomia educacional e diplomática do país. Já os aliados de Trump comemoram o que chamam de “retomada da soberania americana”.
O deputado republicano Tim Walberg (Michigan) resumiu o espírito da nova ofensiva:
“A China está usando nossas universidades para nos enfraquecer. Chegou a hora de colocar um fim nisso.”
Com foco em disciplina interna e hegemonia internacional, Trump sinaliza que sua visão de governo vai além da política doméstica — e mira nas engrenagens do sistema global.
Mundo
Efeito Trump: FMI reduz previsão de crescimento do Brasil

O Fundo Monetário Internacional (FMI) diminuiu a expectativa de crescimento da economia global após o governo dos Estados Unidos, comandado por Donald Trump, adotar novas tarifas comerciais. A medida deve impactar o mundo todo, com efeitos considerados os maiores em 100 anos, segundo o próprio fundo.
O Brasil também foi afetado, mas de forma mais branda. A previsão de crescimento do país para 2025 e 2026 caiu de 2,2% para 2%, uma redução de 0,2 ponto percentual. Já outras economias, como China e Estados Unidos, sofreram cortes mais significativos nas projeções.
A nova análise faz parte do relatório Perspectivas Econômicas Mundiais de abril, que atualiza os dados divulgados em janeiro. O crescimento global, que antes era estimado em 3,3% para 2025, agora deve ser de 2,8%. Em 2026, a projeção caiu de 3,3% para 3%.
O economista-chefe do FMI, Pierre-Olivier Gourinchas, afirmou que estamos entrando em uma “nova era”, com mudanças profundas no sistema econômico global, que já dura cerca de 80 anos. Segundo ele, as tarifas comerciais impostas pelos EUA representam um choque de grandes proporções.
Entre os países mais impactados está a China, cuja previsão de crescimento em 2025 caiu de 4,6% para 4%. Já os Estados Unidos, epicentro das novas medidas, tiveram a projeção para 2024 reduzida para 1,8%, quase 1 ponto percentual a menos do que o previsto anteriormente.
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