Política
Bolsonaro, Caiado e governadores do Centro-Sul e Norte se reúnem na Paulista em ato pela anistia aos presos do 8 de Janeiro
A manifestação realizada neste domingo (6) na Avenida Paulista, em São Paulo, convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ganhou novos contornos políticos ao reunir importantes nomes do cenário nacional em defesa da anistia aos envolvidos nos atos de 8 de Janeiro. Um dos registros que mais repercutiram nas redes sociais foi uma foto publicada no Instagram, que mostra Bolsonaro ao lado de sete governadores, incluindo o pré-candidato à Presidência da República, Ronaldo Caiado (União Brasil-GO).
Na imagem aparecem, além de Bolsonaro e Caiado, os governadores Jorginho Mello (PL-SC), Romeu Zema (Novo-MG), Ratinho Junior (PSD-PR), Mauro Mendes (União Brasil-MT) e Wilson Lima (União Brasil-AM). A publicação reforça o movimento de aproximação entre legendas do chamado “centro democrático” e a direita bolsonarista, desenhando possíveis alianças para as eleições de 2026.
A presença de governadores de partidos como Novo, PSD, União Brasil e Republicanos, todos ao lado de Bolsonaro, hoje principal nome da oposição ao governo Lula, sinaliza uma tentativa de formação de uma frente ampla de centro-direita que pode se consolidar em torno de uma chapa unificada para disputar a Presidência.
Bolsonaro, Caiado e o novo mapa da oposição
Embora ainda não haja definição sobre uma candidatura única da oposição, o gesto de Ronaldo Caiado de se unir a Bolsonaro no mesmo palanque pode ser interpretado como um ensaio de aproximação política, mesmo após o lançamento de sua pré-candidatura ao Planalto na última sexta-feira (4), em Salvador.

Foto: reprodução Instagram
O contexto atual sugere que o Centrão pode estar de volta ao campo bolsonarista, insatisfeito com o espaço que tem ocupado no governo Lula. Durante seu mandato, Bolsonaro concedeu ampla autonomia para lideranças do Centrão em áreas-chave da administração, o que teria favorecido o equilíbrio político e a governabilidade do seu governo.
Agora, com o presidente Lula (PT) restringindo a atuação de partidos do Centrão em cargos estratégicos, líderes políticos já sinalizam que, em troca de maior protagonismo em um eventual futuro governo, podem aderir a uma coalizão em torno de Bolsonaro ou de outro nome forte da oposição.

Uma possível chapa forte contra Lula em 2026
Caso PL, União Brasil, PSD, Republicanos e Novo se unam, o resultado seria uma coligação robusta e competitiva, com apelo em diversas regiões do país e força parlamentar expressiva. Governadores com alta aprovação popular, como Zema, Ratinho e Mendes, também seriam peças estratégicas tanto na articulação política quanto no palanque eleitoral.
A união desses partidos também traz equilíbrio ideológico, com viés liberal na economia, conservador nos costumes e pautas de segurança pública, áreas em que o governo Lula vem sendo criticado pela oposição.
Anistia como bandeira e catalisador político
A defesa da anistia aos presos pelos atos do 8 de Janeiro serviu como fio condutor da manifestação, que também teve tom de protesto contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e contra decisões judiciais consideradas excessivas por aliados do ex-presidente. No entanto, o evento também se tornou um ato de reposicionamento político da direita e centro-direita brasileira.
Para analistas, a manifestação pode ser um marco simbólico da reorganização do campo oposicionista, abrindo caminho para articulações mais concretas em torno de uma chapa presidencial competitiva contra Lula em 2026.
Política
Gleisi defende Lula após Moro o comparar com Collor

Neste sábado (27), a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), reagiu às comparações feitas por políticos da oposição entre a prisão do ex-presidente Fernando Collor de Mello e as condenações de Luiz Inácio Lula da Silva, durante a Operação Lava-Jato. A ministra rebateu as afirmações feitas por parlamentares como o senador Sergio Moro (União Brasil-PR), que usaram as redes sociais para questionar a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF), que anulou as condenações de Lula, mas manteve as de Collor, preso na última sexta-feira (26) por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Em sua publicação, Gleisi Hoffmann destacou as diferenças entre os dois casos. “O primeiro (Collor) é culpado das acusações, e Lula sempre foi inocente. Contra Collor, o STF tem provas: recibos de propina, milhões na conta, carros de luxo, além de testemunhos convergentes”, afirmou a ministra. Ela enfatizou que Lula foi solto após o STF revisar a possibilidade de prisão após condenação em segunda instância e, posteriormente, teve suas condenações anuladas, uma vez que a 13ª Vara Federal de Curitiba, onde o ex-juiz Sergio Moro atuou, não tinha competência legal para julgá-lo.
Gleisi também lembrou que a prisão de Lula ocorreu de maneira ilegal, sob a ordem de um juiz parcial, e que nenhuma evidência de origem ilegal foi encontrada nas contas do presidente. “Lula foi condenado por ‘atos indeterminados’, uma armação política orquestrada entre os procuradores da Lava Jato e o ex-juiz Moro. O STF anulou as condenações e confirmou a inocência de Lula”, completou.
Ao final, a ministra criticou o uso político das decisões judiciais, afirmando que “Justiça não se faz com manipulações oportunistas” e mencionou nominalmente o ex-presidente Jair Bolsonaro e o próprio Moro, sugerindo que ambos estavam tentando distorcer o papel da Justiça em benefício político.
A reação de Gleisi se dá no contexto de uma tentativa da oposição, especialmente entre parlamentares bolsonaristas, de comparar os casos de Collor e Lula, alegando suposta parcialidade do STF. A prisão de Collor foi usada por críticos do presidente para ironizar as decisões da Corte em relação a Lula, apesar das diferenças evidentes nos casos.
Política
2026: Governadores pregam união contra Lula
Zema, Caiado e Ratinho Júnior reforçam pacto da centro-direita e criticam gestão petista durante a Expozebu, em Minas Gerais.

Em clima de pré-campanha, os governadores Ronaldo Caiado (União Brasil-GO), Romeu Zema (Novo-MG) e Ratinho Júnior (PSD-PR) reforçaram a necessidade de união da centro-direita para as eleições presidenciais de 2026. O movimento foi evidenciado durante a 90ª edição da Expozebu, tradicional evento do agronegócio realizado neste final de semana em Uberaba, Minas Gerais.
Pré-candidatos à Presidência, os três governadores discursaram para uma plateia de produtores, empresários e líderes políticos, destacando a insatisfação com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e prometendo trabalhar juntos no próximo pleito.
“Vocês podem cravar: em 2026 a centro-direita chegará ao comando desta Nação”, afirmou Ronaldo Caiado, reforçando o compromisso de apoio mútuo entre os possíveis candidatos. Segundo ele, qualquer um dos três que alcançar o segundo turno terá o suporte dos demais.
Romeu Zema, por sua vez, endureceu o tom contra Lula.
“Ano que vem, Caiado, Ratinho, tenho certeza de que estaremos tirando esse governo que persegue quem produz, quem trabalha. O Brasil não merece isso”, declarou.
Aproveitando o evento, Zema também lançou apoio a Matheus Simões, seu atual vice-governador, como sucessor em Minas Gerais: “O que está dando certo tem que continuar”.
Ratinho Júnior preferiu uma abordagem mais diplomática, focando em elogios à gestão dos colegas e evitando ataques diretos a Lula. “Mostramos ao país que, quando se governa com seriedade, o resultado é esse que entregamos”, destacou.
O encontro contou ainda com a presença de Gilberto Kassab, presidente do PSD, que comentou a possibilidade de apoiar uma candidatura de Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), caso o atual governador paulista decida entrar na disputa presidencial. “Tarcísio tem dito que não é candidato, mas o cenário será discutido se houver mudanças”, ponderou Kassab.
Entre os três governadores, Caiado saiu na frente e realizou recentemente o primeiro ato público de pré-candidatura. Já Romeu Zema tem o apoio declarado do presidente do Partido Novo, Eduardo Ribeiro, para ser o candidato da legenda em 2026.
A Expozebu deste ano consolidou-se como uma vitrine para o novo bloco de centro-direita que pretende polarizar a eleição contra Lula. O evento também reuniu nomes de peso da política nacional, como Pedro Lupion (PP-PR), presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, e os ex-presidentes da Câmara Arthur Lira (PP-AL) e Eduardo Cunha (PRD-SP), reforçando o ambiente de articulações para o futuro do país.
Política
Fotos Bolsonaro: especialistas veem estratégia para mobilizar apoiadores
Ex-presidente busca manter engajamento emocional em torno de sua imagem em meio a novos desafios políticos.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem optado por uma comunicação direta e sem filtros sobre seu estado de saúde, utilizando suas redes sociais para divulgar imagens explícitas da internação no hospital DF Star, em Brasília. As postagens, que mostram sondas, drenos e cicatrizes no abdômen, têm sido analisadas por especialistas como parte de uma estratégia para manter a mobilização emocional de seus apoiadores, num momento em que enfrenta desafios jurídicos e políticos.
Internado desde o dia 11 de abril após uma cirurgia de desobstrução intestinal, Bolsonaro permanece na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), ainda sem previsão de alta, conforme boletins médicos. O ex-presidente continua sem alimentação oral e realiza fisioterapia, além de tratamento para o fígado e prevenção de trombose.

Bolsonaro no hospital / Foto: Instagram
De acordo com a professora Giselle Beiguelman, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, a exposição crua de sua condição física reforça a imagem de “sobrevivente” construída desde a facada sofrida em 2018.
“Bolsonaro tranquiliza a militância sobre a sua capacidade de liderança política”, afirma Beiguelman, destacando que, para a direita bolsonarista, o campo das imagens nas redes sociais é hoje central para a disputa política.
Além das publicações médicas, Bolsonaro gravou vídeos comentando a intimação judicial recebida na UTI, associando a ação do STF a práticas de regimes totalitários. Segundo Leandro Aguiar, doutor em comunicação pela UnB, o ex-presidente aposta na chamada “estética do grotesco”, uma marca do bolsonarismo, que busca provocar fortes reações emocionais no público, seja de apoio ou indignação.
“As imagens não geram indiferença. Elas ampliam o espaço de Bolsonaro na mídia, indo além das polêmicas tradicionais”, analisa Aguiar. “A indignação, positiva ou negativa, é um combustível para o bolsonarismo.”
Especialistas apontam que, enquanto surgem novos nomes da direita para 2026, como os governadores Tarcísio de Freitas (SP) e Ronaldo Caiado (GO), Bolsonaro reforça sua presença simbólica, apostando na empatia gerada por sua vulnerabilidade física como ferramenta política.

Bolsonaro no hospital / Foto: Instagram
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