Política
Marçal recebe segunda condenação de inelegibilidade
Empresário e ex-candidato à Prefeitura de São Paulo é acusado de abuso de poder econômico e captação ilícita de recursos; decisão ainda cabe recurso.

O empresário Pablo Marçal recebeu na última sexta-feira, 25 de abril, sua segunda condenação pela Justiça Eleitoral de São Paulo. A decisão o torna inelegível por oito anos e impõe uma multa de R$ 420 mil devido ao abuso de poder econômico, captação ilícita de recursos e uso indevido dos meios de comunicação durante sua campanha à Prefeitura de São Paulo em 2024. A decisão, proferida pelo juiz Antonio Maria Patiño Zorz da 1ª Zona Eleitoral, pode ser recorrida.
O caso, movido pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), envolve o uso do canal de Marçal na plataforma Discord, onde ele organizou campeonatos com prêmios em dinheiro para usuários que gerassem o maior número de visualizações de conteúdo em seu favor, oferecendo até R$ 125 mil. A justiça considerou essa ação uma forma de abuso de poder econômico, configurando um uso ilícito dos recursos durante o período eleitoral.
Em resposta à condenação, Marçal afirmou que a decisão é “temporária” e garantiu que a campanha cumpriu todos os requisitos legais. Sua defesa, em nota oficial, sustentou que “o conteúdo probatório e os fatos indicados na decisão não são suficientes para a procedência da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE)” e anunciou que entrará com recurso para reverter a decisão.
Além disso, a condenação se baseia em um episódio anterior, ocorrido em fevereiro deste ano, quando Marçal foi acusado de vender apoio político em troca de doações para sua campanha. Em um vídeo, ele afirmava que venderia seu apoio a candidatos a vereador de “perfil de direita” mediante o pagamento de R$ 5.000 via PIX, o que resultou em sua primeira inelegibilidade por oito anos.
As ações movidas pelo PSB, liderado pela deputada federal Tabata Amaral, e pelo PSOL, de Guilherme Boulos, foram decisivas para que Marçal fosse condenado em duas ocasiões. Mesmo com o revés judicial, o empresário segue acreditando que sua candidatura e ações durante a campanha estavam dentro dos parâmetros legais.
A decisão do juiz Zorz determina também a inelegibilidade de Marçal até 2032, além da multa de R$ 420 mil, por descumprir uma liminar que já havia sido imposta durante a campanha de 2024.
Política
STF rejeita recurso e Collor permanece preso
STF mantém prisão de Fernando Collor por 6 votos a 4

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, na noite desta segunda-feira (28), manter a prisão do ex-presidente Fernando Collor de Mello. Por 6 votos a 4, a Corte referendou a decisão do ministro Alexandre de Moraes, que havia ordenado a detenção na última quinta-feira.
A maioria dos ministros, entre eles Flávio Dino, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia e Dias Toffoli, acompanhou Moraes. Já André Mendonça, Luiz Fux, Gilmar Mendes e Kassio Nunes Marques votaram contra a manutenção da prisão. Cristiano Zanin se declarou impedido de participar do julgamento por ter atuado em casos relacionados à Lava-Jato.
Após a retirada de um pedido de destaque feito por Gilmar Mendes, o plenário virtual concluiu o julgamento. Gilmar, que foi advogado de Collor no processo de impeachment de 1992, afirmou que a decisão não cria precedente para os julgamentos relacionados aos atos do 8 de janeiro, como o do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Além da confirmação da prisão, Moraes determinou que a defesa apresente, em até 48 horas, laudos médicos que comprovem as alegações de problemas graves de saúde do ex-presidente, como Parkinson, apneia do sono e transtorno bipolar. A defesa pede a conversão da prisão para o regime domiciliar, mas, durante a audiência de custódia, Collor negou ter doenças ou fazer uso de medicamentos.
O STF ainda aguarda a entrega dos documentos médicos para analisar a possibilidade de flexibilizar o regime de cumprimento da pena de Collor, que foi condenado a 8 anos e 10 meses de prisão em processo originado na Operação Lava-Jato.
Política
Bolsonaro convoca ato pró-anistia em Brasília da UTI
Ex-presidente chama apoiadores para manifestação pró-anistia no dia 7 de maio; mobilização será a primeira desde o 8 de Janeiro.

Internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) após cirurgia abdominal, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) convocou, nesta segunda-feira (28), seus apoiadores para um ato em Brasília em defesa da anistia aos condenados pelos ataques de 8 de Janeiro. Esta será a primeira manifestação bolsonarista organizada na capital federal desde as invasões aos prédios dos Três Poderes, em 2023.
A manifestação está marcada para o dia 7 de maio, com concentração na Torre de TV e caminhada até o Congresso Nacional. A convocação foi divulgada em vídeo publicado pelo pastor Silas Malafaia. Nas imagens, Bolsonaro aparece hospitalizado, com sonda nasogástrica, e pede que seus seguidores compareçam de forma pacífica.
“Manifestação pacífica em Brasília pró-anistia. Compareçam”, diz Bolsonaro no vídeo.
O ato acontece no momento em que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, articula um projeto de lei para reduzir as penas dos envolvidos no 8 de Janeiro, sinalizando uma possível flexibilização da punição aos réus.
Bolsonaro, que passou por cirurgia há duas semanas, iniciou nesta segunda-feira uma dieta líquida, ingerindo água, chá e gelatina pela primeira vez após o procedimento.
Política
Lula lidera disputa para 2026 contra Tarcísio e Michelle

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece à frente do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) nas intenções de voto para a eleição presidencial de 2026, segundo pesquisa AtlasIntel divulgada nesta segunda-feira, 28.
O levantamento ouviu 5.419 eleitores entre 20 e 24 de abril, com margem de erro de 1 ponto percentual e 95% de nível de confiança. No primeiro turno contra Tarcísio, Lula teria 42,8% dos votos, ante 34,3% do governador. Já contra Michelle, o petista lidera com 43,3%, enquanto ela soma 31,3%.

A AtlasIntel ouviu 5.419 pessoas a partir de um recrutamento digital aleatório entre os dias 20 e 24 de abril. A margem de erro é de um ponto porcentual para mais ou para menos e o índice de confiabilidade é de 95%. Obter dados / Gráfico: Estadão
Em um eventual segundo turno, Lula e Tarcísio empatam com 46,7%. No cenário contra Michelle, o presidente teria 46,6%, e a ex-primeira-dama, 46,1%, configurando também empate técnico.

A AtlasIntel ouviu 5.419 pessoas a partir de um recrutamento digital aleatório entre os dias 20 e 24 de abril. A margem de erro é de um ponto porcentual para mais ou para menos e o índice de confiabilidade é de 95%. Obter dados. Gráfico: Estadão
A pesquisa ainda testou uma reedição da disputa de 2022 entre Lula e Jair Bolsonaro (PL), atualmente inelegível até 2030. Nesse cenário, Bolsonaro teria 45,1% contra 44,2% de Lula, dentro da margem de erro. O levantamento também apontou percentuais menores para nomes como Ciro Gomes (2,9%) e Simone Tebet (2,1%).
Apesar da liderança numérica de Lula, os números indicam um cenário altamente polarizado para 2026, com possibilidades reais de disputa acirrada.
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