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Política

Câmara aprova aumento no número de deputados federais

Proposta eleva para 531 o total de vagas na Câmara a partir de 2026; mudança atende determinação do STF e deve custar R$ 64,6 milhões por ano

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Câmara põe para votar projeto que aumenta o número de deputados Foto: Wilton Júnior

A Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (6), o projeto de lei que amplia o número de deputados federais de 513 para 531 a partir da legislatura de 2026. A medida altera a Lei Complementar nº 78/1993 e atende a uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a readequação da representação parlamentar de acordo com os dados do Censo 2022.

Com 270 votos favoráveis e 207 contrários, o texto segue agora para análise do Senado. Segundo o relator da proposta, deputado Damião Feliciano (União-PB), a distribuição das novas cadeiras será baseada nos dados demográficos apurados pelo IBGE e validados pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Os estados contemplados com mais vagas são:

  • Santa Catarina: +4 cadeiras
  • Pará: +4 cadeiras
  • Amazonas: +2 cadeiras
  • Rio Grande do Norte: +2 cadeiras
  • Mato Grosso: +2 cadeiras
  • Goiás: +1 cadeira
  • Ceará: +1 cadeira
  • Minas Gerais: +1 cadeira
  • Paraná: +1 cadeira

O aumento de 18 vagas na Câmara representa, de acordo com estimativas da Direção-Geral da Casa, um impacto anual de aproximadamente R$ 64,6 milhões. Isso equivale a cerca de R$ 3,6 milhões por novo parlamentar.

A proposta busca evitar que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) assuma a responsabilidade de redefinir a distribuição das cadeiras, conforme previsto caso o Congresso não cumpra a determinação do STF até 30 de junho. Nesse cenário, o TSE poderá estabelecer os novos números de representantes por estado com base no Censo 2022, respeitando os limites mínimos e máximos definidos pela Constituição.

A ação que motivou a revisão foi movida pelo governo do Pará, que reivindica o acréscimo de parlamentares com base no crescimento populacional desde 2010.

Confira como votou cada deputado da Bahia:

A favor: Alex Santana (Republicanos), Alice Portugal (PCdoB), Antonio Brito (PSD), Arthur Maia (União Brasil), Bacelar (PV), Charles Fernandes (PSD), Claudio Cajado (PP), Dal Barreto (União Brasil), Daniel Almeida (PCdoB), Diego Coronel (PSD), Elmar Nascimento (União Brasil), Félix Mendonça Jr (PDT), Gabriel Nunes (PSD), Ivoneide Caetano (PT), João Leão (PP), João Carlos Bacelar (PL), Jorge Solla (PT), Joseildo Ramos (PT), Josias Gomes (PT), Leo Prates (PDT), Leur Lomanto Jr. (União Brasil), Lídice da Mata (PSB), Márcio Marinho (Republicanos), Mário Negromonte J (PP), Neto Carletto (Avante), Otto Alencar Filho (PSD), Pastor Isidório (Avante), Paulo Azi (União Brasil), Paulo Magalhães (PSD), Ricardo Maia (MDB), Rogéria Santos (Republicanos), Valmir Assunção (PT), Waldenor Pereira (PT) e Zé Neto (PT)

Contra: Capitão Alden (PL)

Não votaram: Adolfo Viana (PSDB), José Rocha (União Brasil) e Raimundo Costa (Podemos)

Não aparece na lista: Roberta Roma (PL)

Fonte: Câmara dos Deputados

Redação Saiba+

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Política

Eleições de 2026: Bolsonaro pode migrar para o PP

Articulações entre aliados apontam que o ex-presidente avalia filiação ao Progressistas como alternativa estratégica para o próximo pleito

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) (Cristobal Herrera/EFE)

As movimentações nos bastidores da política nacional indicam uma possível mudança partidária do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que pode se filiar ao Progressistas (PP) visando o fortalecimento da direita no cenário nacional para as eleições de 2026.

A eventual ida de Bolsonaro para o PP está sendo tratada como uma jogada estratégica. O partido, que possui capilaridade nacional e forte bancada no Congresso, pode oferecer uma estrutura sólida e maior tempo de televisão, além de facilitar alianças regionais. A sigla já conta com nomes de peso no campo conservador, como o presidente da Câmara, Arthur Lira, o que amplia a viabilidade do movimento.

Se confirmada, a ida de Bolsonaro ao Progressistas deve redefinir o tabuleiro da direita brasileira, impulsionando candidaturas majoritárias e fortalecendo a oposição ao governo Lula.

Redação Saiba+

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Política

Alba: novo empréstimo de R$ 600 milhões é aprovado

Oposição critica aumento do endividamento estadual; governo afirma que recursos serão destinados a obras de infraestrutura e saneamento

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Assinatura município de Palmas de Monte Alto (05/05/2025) / flickr: jeronimorodrigues

A Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) aprovou, nesta terça-feira (6), o pedido do governador Jerônimo Rodrigues (PT) para contratar um novo empréstimo de R$ 600 milhões junto à Caixa Econômica Federal. A operação financeira será realizada por meio do Programa de Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (FINISA).

A proposta foi aprovada com ampla maioria dos votos da base governista no plenário da Alba. Parlamentares da oposição se posicionaram contra a medida, manifestando preocupação com o avanço do endividamento do Estado, que já acumula uma série de autorizações de crédito nos últimos anos.

De acordo com o governo estadual, os recursos obtidos com o novo empréstimo serão aplicados diretamente em obras de infraestrutura e em projetos de saneamento básico, considerados estratégicos para o desenvolvimento econômico e social da Bahia.

Apesar da justificativa, membros da oposição alegam que não há clareza suficiente sobre a destinação exata dos recursos, e apontam a ausência de transparência nos critérios de escolha das obras que serão financiadas. “O governo está assumindo compromissos financeiros pesados sem apresentar os resultados dos empréstimos anteriores”, criticou um dos deputados oposicionistas.

Nos bastidores da Casa Legislativa, o clima foi de embate político. Enquanto aliados do governador defenderam a medida como “essencial para garantir o avanço de obras paralisadas”, opositores classificaram o novo crédito como “mais uma fatura que cairá no colo das futuras gestões e da população baiana”.

Redação Saiba+

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Política

‘Tanto faz?’: o silêncio de ACM Neto sobre as falas de Jerônimo

Vice-presidente nacional do União Brasil permanece calado 24h após governador petista sugerir “levar bolsonaristas para a vala”.

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Jair Bolsonaro e ACM Neto. Foto: Marcos Corrêa/PR

A ausência de posicionamento público do ex-prefeito de Salvador e vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, após as falas polêmicas do governador Jerônimo Rodrigues (PT) contra bolsonaristas, vem gerando estranheza entre eleitores e lideranças políticas da Bahia. Passadas mais de 24 horas desde que o governador sugeriu, durante evento oficial, que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus apoiadores fossem “levados para a vala”, o líder baiano da oposição segue em completo silêncio.

Durante a inauguração da Escola Estadual Nancy da Rocha Cardoso, no município de América Dourada, na sexta-feira (3), Jerônimo disparou:

“Tivemos um presidente que sorria daqueles que estavam na pandemia sentindo falta de ar. Ele vai pagar essa conta dele e quem votou nele podia pagar também a conta. Fazia no pacote. Bota uma ‘enchedeira’. Sabe o que é uma ‘enchedeira’? Uma retroescavadeira. Bota e leva tudo para vala.”

As declarações, que já foram repudiadas por lideranças conservadoras e até pelo próprio ex-presidente Bolsonaro, só ganharam resposta do governador nesta segunda-feira (5), quando, sob pressão, ele apresentou um pedido de desculpas genérico e sem autocrítica.

No entanto, o que mais chama atenção é o completo silêncio de ACM Neto, que lidera um dos principais partidos de oposição ao PT na Bahia e ocupa cargo de destaque nacional no União Brasil. Nem uma palavra de repúdio, nem mesmo uma tentativa de esclarecimento. Nada. Pelo visto, aquele velho jargão “tanto faz” continua seguindo os passos dele.

Estaria o “líder da oposição baiana” relativizando um discurso de incitação ao ódio simplesmente por conveniência política?

A neutralidade neste momento crítico pode ser interpretada por muitos como omissão. Em tempos de polarização e discursos inflamados, a expectativa sobre líderes públicos é de que mantenham coerência e responsabilidade — especialmente aqueles que se autoproclamam como alternativa ao atual governo.

Seja por receio de se indispor com setores da esquerda ou por desinteresse em defender os eleitores bolsonaristas que ajudaram a construir a base conservadora na Bahia, a verdade é que, até o momento, ACM Neto escolheu não se posicionar. O gesto, ou a ausência dele, não passa despercebido, especialmente entre os que esperam uma oposição firme e ativa diante de declarações graves como a do atual governador.

Redação Saiba+

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