Política
Lula fala em reconstruir ‘parceria estratégica’ com a Rússia e recebe elogios de Putin
Lula fala em reconstruir ‘parceria estratégica’ com a Rússia e recebe elogios de Putin

Enviado especial a Moscou – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse a Vladimir Putin que deseja reconstruir a parceria estratégica com Moscou meio à política tarifária de Donald Trump, criticada pelo petista. Em conversa nesta sexta-feira, 9, Lula foi elogiado por Putin, que exaltou as relações entre Brasil e Rússia.
Lula sugeriu estreitar colaboração em Defesa, Espacial, Ciência e Tecnologia, Educação e Energia. Segundo o presidente, o interesse do Brasil é estabelecer uma parceria em pequenas usinas nucleares e “conhecer a tecnologia russa”. O brasileiro sinalizou interesse em criar uma colaboração bilateral no setor.
Durante a conversa, Lula queixou-se com o presidente russo Vladimir Putin sobre a política tarifária imposta pelo americano Donald Trump.
Lula disse que o mundo vive um momento conturbado e que as expectativas para o fortalecimento das Nações Unidas e do livre comércio após a 2ª Guerra, que deveriam garantir a tranquilidade, não se concretizaram.
“As últimas decisões anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos com taxação de comércio com todos os países do mundo de forma unilateral jogam por terra a grande ideia do livre comércio, do fortalecimento do multilateralismo e muitas vezes o respeito à soberania dos países que nós temos que ter”, disse Lula.
O presidente levou a Moscou os ministros das Relações Exteriores, Mauro Vieira, de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e de Ciência e Tecnologia, Luciana Santos.
Lula também disse que estava acompanhado do “velho amigo” de Putin Celso Amorim, ex-chanceler e hoje seu assessor especial, e do empresário Fernando Queiroz, CEO da Minerva. Segundo Lula, o executivo pediu para viajar com ele à Rússia por ser o maior exportador de carne bovina para o país.
A carne bovina e o café não torrado estão entre os principais produtos da pauta exportadora brasileira, assim como a soja. O fluxo de comércio é de US$ 12,4 bilhões, mas o Brasil possui saldo negativo de US$ 9,5 bilhões.
Elogios de Putin
Putin, por sua vez, destacou que o comércio entre os países vem se desenvolvendo e que é um dos principais na América Latina e no Caribe. Ele também destacou a cooperação internacional estreita no Brics, G-20 e ONU.
“A Rússia continua sendo o maior exportador de produtos derivados de petróleo e fertilizantes minerais para o mercado brasileiro, e o Brasil mantém sua posição de liderança nas importações russas de produtos alimentícios”, afirmou Putin.
Putin disse que as conversas com Lula ocorrem em ambiente amigável e profissional e que os contatos pessoais entre eles fortaleceram relações entre Brasil e Rússia.
“Gostaria de destacar que nossas relações estão se desenvolvendo progressivamente e contatos de alto nível são mantidos constantemente. Você sempre encontra uma oportunidade de receber pessoalmente representantes russos quando eles vêm ao Brasil em visitas de trabalho”, destacou o russo.
Política
Governo Lula acumula 8 derrotas na base aliada em menos de um mês
Rupturas partidárias, avanço da oposição, CPIs e perda de controle da articulação política expõem fragilidade do governo Lula no Congresso Nacional

Brasília – Em menos de 30 dias, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrentou uma série de reveses políticos protagonizados por sua própria base aliada. Ao todo, foram oito episódios que revelam a instabilidade e a crescente perda de controle do governo sobre o Congresso, com destaque para a adesão de partidos governistas à pauta da oposição e rupturas internas em ministérios estratégicos.
O episódio mais recente foi o anúncio do rompimento da bancada do PDT com o governo, feito na terça-feira (6), seguido pela aprovação, no dia seguinte, de um projeto que suspende a ação penal contra o deputado Alexandre Ramagem (PL). A medida foi aprovada por 315 votos a 143, com o Centrão se unindo à oposição e isolando o PT e demais partidos de esquerda.
O caso Ramagem teve como pano de fundo uma reação da Câmara ao Supremo Tribunal Federal (STF), mas reforça a fragilidade da articulação política de Lula, que vê sua base legislativa ruir mesmo com maioria formal.
Outro abalo relevante foi a crise envolvendo o PDT, que perdeu o comando do Ministério da Previdência. A legenda, com 17 deputados e três senadores, manifestou publicamente insatisfação com o tratamento recebido do Palácio do Planalto, marcando a primeira rebelião vinda de um partido de esquerda.
O ciclo de derrotas começou no dia 14 de abril, quando 185 deputados — incluindo 81 de partidos aliados como União Brasil, PP, PSD, MDB e Republicanos — assinaram um requerimento de urgência para votação do PL da Anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro. Essas cinco siglas, apesar de ocuparem 11 ministérios, têm demonstrado fidelidade volátil ao governo.
No dia 22 de abril, outro desgaste: Pedro Lucas Fernandes (MA), líder do União Brasil na Câmara, recusou o convite para assumir o Ministério das Comunicações, dias depois de aceitá-lo. A recusa expôs um racha interno no partido, que ameaçou a governabilidade e colocou em xeque a aliança com a legenda.
A rejeição do recurso do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) na CCJ da Câmara, em 29 de abril, também pesou negativamente. Embora o governo não tenha posição oficial sobre a cassação, o apoio indireto — simbolizado pela visita de nove ministros durante a greve de fome de Glauber — evidenciou o desgaste.
No mesmo dia, União Brasil e PP anunciaram uma federação com discurso carregado de críticas ao governo Lula. Ministros das duas siglas, como Celso Sabino (Turismo) e André Fufuca (Esporte), estiveram presentes no evento, mas não foram convidados a discursar, enquanto opositores declarados, como o governador Ronaldo Caiado e os senadores Ciro Nogueira e Tereza Cristina, tiveram protagonismo.
Política
ACM Neto: José Ronaldo era o vice ideal em 2022
Durante homenagem em Feira de Santana, ex-prefeito de Salvador reconhece erro estratégico na campanha e defende antecipação na definição de chapas futuras

Durante sessão solene realizada na noite desta quinta-feira (8) na Câmara de Vereadores de Feira de Santana, o ex-prefeito de Salvador e atual vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, fez declarações marcantes sobre a eleição estadual de 2022. Na ocasião, Neto recebeu o título de cidadão feirense e a comenda Maria Quitéria, e aproveitou para refletir sobre a sua campanha ao governo da Bahia.
Em discurso emocionado, ACM Neto afirmou que gostaria de ter o ex-prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo, como seu vice na chapa eleitoral.
“José Ronaldo era o vice que eu desejava ter e eu trabalhei até o último minuto para que ele pudesse ser o vice ao meu lado. Não tenho dúvida de que ele era o melhor nome, o nome natural para ocupar essa posição. Entretanto, a conjuntura política e as articulações com os partidos aliados impediram que isso se concretizasse”, disse Neto.
Além de elogiar José Ronaldo, com quem mantém relação política histórica, Neto também avaliou os erros da campanha de 2022 e defendeu mudanças na estratégia para as próximas eleições.
“Ah Neto, você faria diferente? Sem dúvida, e pretendo fazer diferente. Acho que um ponto, por exemplo, é que não dá para deixar para anunciar a chapa na última hora. A gente tem que tentar antecipar essas decisões. Se depender de mim, sendo eu ou não o candidato, vamos virar o ano com o desenho político definido. De março para abril, já devemos ter anunciado o candidato a governador, a vice e os dois ao Senado. Isso não aconteceu em 2022 e fez falta”, ponderou.
Política
Ageu Marques assume a 1ª vice-presidência do PL em Salvador

O diretório municipal do Partido Liberal (PL) em Salvador nomeou, nesta quinta-feira (8), Ageu Marques Oliveira como novo primeiro vice-presidente da sigla na capital baiana. Natural de Irecê, no centro-norte da Bahia, Ageu terá mandato até o dia 8 de fevereiro de 2026, assumindo um papel de destaque na reorganização política do partido na capital baiana.
“É uma grande honra assumir a vice-presidência do maior partido do Brasil na capital do nosso estado. Agradeço ao deputado Capitão Alden pela confiança e indicação, e também ao ministro João Roma, presidente estadual do PL, pelo apoio”, afirmou Ageu.
Ageu deixou sua terra natal há cerca de 10 anos, atualmente assessor do deputado federal Capitão Alden (PL-BA), o ireceense é conhecido nos bastidores da política baiana e tem o respeito de lideranças da legenda. Sua nomeação é vista como parte da estratégia de fortalecimento do PL na capital e reconhecimento por sua atuação política nos últimos anos.
“Aceito essa missão com responsabilidade e compromisso com os ideais do nosso partido. Salvador é uma capital estratégica e vamos trabalhar para ampliar nossa base, ouvir as comunidades e representar com firmeza os valores do PL”, concluiu.
Com forte influência nos bastidores da política baiana, principalmente entre lideranças locais e estaduais, Ageu é considerado um articulador de confiança dentro do partido. Sua chegada à vice-presidência municipal consolida seu nome entre as principais apostas do campo conservador na Bahia.

Reprodução
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