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Política

Lula chega ao G7 no Canadá e debocha do evento: “Festa dos ricos”

Presidente diz que só participa para não parecer que recusou convite e critica gastos com conflitos em meio à miséria global

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Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante chegada a Calgary. Aeroporto Internacional de Calgary, Canadá.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou ao Canadá nesta segunda-feira (16) para participar da reunião ampliada do G7, grupo que reúne as sete maiores economias do mundo. Em tom irônico, Lula minimizou a importância do encontro, dizendo que participa apenas para “não dizer que recusa a festa dos ricos”.

“O G7 existe desde 1975, desde a crise do petróleo. Os primos ricos se reúnem, mas eles estão no G20. Acho que o G20 tem mais importância, densidade humana”, declarou Lula. “De qualquer forma, sou convidado desde que fui eleito em 2003 e eu participo para não dizer que eu recuso a festa dos ricos”, completou.

Durante a chegada ao hotel em Calgary, cidade próxima a Kananaskis — onde ocorre a cúpula —, o presidente expressou preocupação com o conflito entre Israel e Irã e afirmou que deve abordar o tema no breve discurso previsto para terça-feira (17). “Qualquer conflito me preocupa. Sou um homem que nasceu para a paz. Ver dinheiro sendo gasto com guerra, enquanto falta recurso para combater a miséria, me incomoda profundamente”, declarou.

Lula também evitou comentar a decisão do presidente norte-americano Donald Trump, que anunciou o retorno antecipado aos EUA devido à tensão no Oriente Médio e determinou a evacuação de Teerã.

Apesar da crítica à existência do G7 — que conta com Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Japão e União Europeia —, o Brasil foi um dos países convidados a participar da reunião ampliada, ao lado de África do Sul, Austrália, Coreia do Sul, Emirados Árabes, Índia e México.

Entre os compromissos diplomáticos, Lula aceitou uma reunião bilateral com o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, além de encontros com o primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, e o premiê da Alemanha, Friederich Merz. Também estão previstas conversas com representantes da União Europeia e uma possível bilateral com a Coreia do Sul.

Com a afirmação de que o G20 é mais representativo que o G7, Lula reforça uma linha diplomática crítica aos fóruns dominados pelas grandes potências ocidentais. A retórica reflete a estratégia do governo de buscar maior protagonismo em arenas multilaterais que incluam o Sul Global, mesmo enquanto participa dos palcos tradicionais da geopolítica mundial.

Redação Saiba+

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Política

Xerifão cobra da Polícia Civil dados sobre inquérito contra Renato Freitas

Deputado Tito Barichello solicita informações para embasar análise de representações por quebra de decoro na Assembleia do Paraná

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Reprodução

Em reunião realizada no dia 2 de junho, o deputado estadual Delegado Tito Barichello (União Brasil), conhecido como xerifão, solicitou oficialmente ao Conselho de Ética da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) o envio de um ofício à Polícia Civil para obter informações detalhadas sobre o inquérito que investiga o deputado Renato Freitas (PT). Segundo Barichello, os dados são fundamentais para embasar tecnicamente a análise das representações disciplinares em curso.

O pedido foi apoiado por outros membros do colegiado, que também entendem ser essencial dispor de informações precisas da investigação criminal para deliberar com responsabilidade sobre eventuais sanções ao parlamentar.

As representações contra Renato Freitas foram protocoladas pelos deputados Tito Barichello e Ricardo Arruda (PL), sob os números SEI nº 08005-21-2024 e SEI nº 08061-61-2024. Elas apontam supostas irregularidades cometidas por Freitas durante uma manifestação em junho de 2024, quando o deputado teria facilitado a entrada de manifestantes no plenário da Alep, incitado a ocupação do espaço e interrompido os trabalhos da Casa Legislativa.

De acordo com os parlamentares autores das denúncias, Freitas utilizou indevidamente suas prerrogativas parlamentares para promover atos que violam o artigo 272, inciso V, do Regimento Interno da Alep, o qual prevê punições por condutas consideradas lesivas ao decoro parlamentar.

Durante a reunião, também foi discutido o parecer do relator Moacyr Fadel (PSD), que recomendava o arquivamento das representações. Contudo, o parecer foi contestado pelos deputados Tito Barichello e Marcio Pacheco (PP), que já haviam pedido vistas na reunião anterior. Desta vez, Pacheco apresentou voto em separado defendendo a continuidade do processo disciplinar, inclusive com a aplicação de penalidades como a suspensão de prerrogativas parlamentares — direito à palavra, participação em cargos de direção e relatorias.

Pacheco classificou as ações de Freitas como “gravíssimas” e prejudiciais à integridade institucional da Alep, defendendo também a criação de um Código de Ética próprio para a Casa, como sugerido pelo presidente Ademar Traiano (PSD). Para ele, isso garantiria maior segurança jurídica e agilidade em processos disciplinares.

O presidente do Conselho de Ética, deputado Delegado Jacovós (PL), informou que o parecer de Fadel foi vencido e que o voto de Pacheco pela continuidade do processo foi aprovado. Com a saída de Fadel do Conselho, a deputada Márcia Huçulak (PSD) assumirá a relatoria. Ela terá um prazo de 10 dias para analisar os autos, decidir sobre oitiva de testemunhas ou novas diligências, e apresentar um novo parecer.

Barichello, por ser parte interessada, não votou nem apresentou voto em separado.

Relembre o caso
Segundo a denúncia, Renato Freitas teria usado sua condição de deputado estadual para facilitar a invasão do plenário da Alep por manifestantes, durante protesto em junho deste ano. A ação impediu a continuidade da sessão legislativa. Os autores das representações pedem a cassação do mandato com base no artigo 272 do Regimento Interno, que trata de quebras de decoro que ameacem a ordem institucional e o funcionamento do Poder Legislativo.

Redação Saiba+

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Política

Capitão Alden comemora urgência para impedir aumento do IOF e critica governo Lula

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Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados

O deputado federal Capitão Alden (PL-BA), vice-líder da oposição na Câmara, comemorou, na noite desta segunda-feira (16), aprovação, por 346 votos a 97, do requerimento de urgência para a tramitação do Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 314 de 2025. A proposta visa impedir os efeitos do decreto editado pelo governo federal que elevou o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

Com a urgência aprovada, o projeto pode ser analisado diretamente no plenário a qualquer momento, sem necessidade de passar pelas comissões temáticas da Casa.

Segundo Alden, a aprovação representa uma “derrota” para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), que articulou o aumento como parte das medidas de ajuste fiscal para ampliar a arrecadação e evitar novas restrições no Orçamento de 2025.

Em um vídeo publicado nas redes sociais, Alden criticou a decisão do governo federal e defendeu a revogação do aumento.

“O povo já não aguenta mais. O governo Lula, ao invés de reduzir gastos e cortar na carne, quer aumentar mais impostos, e dessa vez é o IOF. Mais uma vez sabemos que quem vai pagar a conta é você, sou eu, somos todos nós brasileiros, empreendedores e consumidores”, afirmou.

Segundo o parlamentar baiano, o aumento impacta diretamente o custo do crédito e o poder de compra da população.

“Esse aumento encarece o crédito, aumenta a inflação e corrói o poder de compra de toda a população. Por isso votamos para aprovar o PDL. Esse PDL freia mais um massacre contra o bolso do povo brasileiro, ele reduz a carga tributária ao nível anterior, devolvendo, portanto, ao legislativo o controle sobre os tributos, restaura a previsibilidade para empresas e investidores, e ajuda a reconstruir a confiança no ambiente de negócios”, acrescentou.

Para Alden, o governo Lula deveria focar na redução de despesas.

“O governo brasileiro precisa aprender que não se resolve má gestão com o aumento de impostos. A resposta correta é cortar gastos e respeitar quem produz, quem trabalha e quem gera emprego desse país”, completou o deputado federal.

Redação Saiba+

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Política

Assembleia da Bahia vota hoje projetos do governo Jerônimo

Pauta inclui LDO, Refis, reestruturação de carreiras e mudanças no MP; sessão anterior foi esvaziada por falta de quórum

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Foto: Vaner Casaes / ALBA

A Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) retoma nesta terça-feira (17) a votação do conjunto de projetos enviados pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT), que incluem a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o novo Programa de Recuperação Fiscal (Refis), alterações nos planos de cargos e salários do Ministério Público da Bahia (MP-BA) e a reestruturação das carreiras da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB).

Os textos estavam previstos para serem apreciados em dois turnos, entre segunda (16) e terça (17), mas a sessão anterior não teve quórum suficiente para avançar com as votações, frustrando as expectativas da base aliada.

A presidente da Casa, deputada Ivana Bastos (PSD), chegou a abrir a sessão às 14h45 da segunda-feira, mas a ordem do dia não foi iniciada. Apenas o Pequeno Expediente foi utilizado para discursos, que abordaram temas como a greve dos professores da rede municipal de Salvador e a responsabilização do deputado Hilton Coelho (PSOL) pela invasão do plenário por membros do SINTAJ, em maio.

Nos bastidores, houve intensa mobilização da liderança governista para garantir a votação, mas mesmo com os esforços, a base não conseguiu reunir deputados em número suficiente. Ao ser questionado em plenário pelo deputado Robinho (União Brasil), o líder do governo, Rosemberg Pinto (PT), negou que o adiamento tenha sido responsabilidade da base aliada, alegando que o quórum estava presente.

A urgência na votação se dá por conta da proximidade do feriado de Corpus Christi e dos festejos juninos, que esvaziam o Legislativo com a ida dos parlamentares para seus redutos eleitorais no interior. Além disso, o recesso parlamentar de julho também se aproxima, e a Casa deve passar a operar em regime reduzido, o chamado “turnão”.

Redação Saiba+

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