Política
Nikolas desbanca campanha do PT e lidera engajamento nas redes com crítica à “hipocrisia dos ricos”
Deputado do PL supera em um dia quase todo o engajamento de Lula e aliados em campanha por taxação dos mais ricos; vídeo ironiza gastos do governo e questiona discurso petista
Com um vídeo publicado na última segunda-feira (7), o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) ultrapassou, em engajamento orgânico, quase todo o alcance conquistado pela campanha digital do PT, do presidente Lula e do governo federal ao longo de uma semana sobre a defesa da taxação dos super-ricos. O conteúdo, recheado de críticas ao discurso do governo, ironiza gastos pessoais de Lula e da primeira-dama Janja, além de expor contradições na narrativa petista sobre justiça social.
Enquanto os perfis oficiais do PT e do governo divulgaram cerca de 20 peças de conteúdo no Instagram entre os dias 2 e 8 de julho, com apoio de até R$ 100 mil em patrocínio, o vídeo de Nikolas, com produção simples e foco direto, atingiu 13,2 milhões de visualizações em 24 horas, acumulando impressionantes 1,1 milhão de curtidas e 67,5 mil comentários — números que superam em 88% o engajamento total da campanha petista no mesmo tema.
O post mais visualizado da esquerda foi o do “Boteco do Brasa”, com 20 milhões de views, mas apenas 16,7 mil curtidas e 1,6 mil comentários, evidenciando baixa taxa de interação frente ao alcance.
No vídeo, Nikolas questiona: “Quem movimenta R$ 10 mil paga R$ 600 de imposto, enquanto Lula usa gravata de R$ 1.680 da Louis Vuitton. Isso é justiça social?”. Ele ainda menciona gastos de Janja e Erika Hilton com produtos de luxo, além de criticar o uso de aviões da FAB em viagens oficiais, que, segundo ele, já teriam consumido quase R$ 700 milhões em 2025.
A crítica central do parlamentar é à suposta hipocrisia do governo: “Quem financiou o PT em 2006 foram bancos e empreiteiras. Hoje, os bancos continuam lucrando e o discurso de ‘ricos contra pobres’ só serve para dividir o país”, afirmou. Ele também relembrou casos de corrupção petista e sugeriu que os recursos desviados poderiam ter sido usados em hospitais, escolas e infraestrutura.
Nikolas também apontou que os estados com maiores taxas de homicídio e piores índices de saúde pública são governados pelo PT e aliados, como no Norte e Nordeste. Em sua visão, o partido utiliza o discurso de antagonismo — “ricos vs. pobres, brancos vs. negros, cristãos vs. ateus” — como ferramenta de polarização.
Sobre a taxação de grandes fortunas, o deputado argumenta que a medida poderá provocar a fuga de capitais, perda de investimentos e aumento da inflação — citando como exemplo o que teria ocorrido na Noruega. Ele também criticou a nova taxação de compras internacionais em sites como Shopee e o aumento no preço dos combustíveis.
Segundo Marcello Natale, especialista da agência Bn3 – Marketing Baseado em Números, o sucesso do vídeo de Nikolas mostra que, na política digital, “ninguém quer ser convencido — o público quer ser validado”. Para ele, o deputado mineiro tem se destacado por ler corretamente a opinião pública e transformar a indignação popular em conteúdo direto e de alto impacto.
Política
Lula afirma que ainda não há exigências de Trump sobre o “tarifaço”
Em encontro diplomático marcado na Malásia, Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump se preparam para negociar futura redução de tarifas, sem pé na mesa por enquanto

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que o governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump, ainda não apresentou exigências formais em relação à redução do chamado “tarifaço” aplicado sobre produtos brasileiros. Segundo Lula, o momento é de diálogo e construção de consensos, e não de imposições.
Durante agenda internacional, o presidente ressaltou que as negociações entre os dois países devem ocorrer com respeito mútuo e equilíbrio econômico, destacando que “não há exigências dele, e não há exigências nossas ainda”. A fala evidencia a estratégia de manter abertas as portas para o entendimento, sem assumir compromissos unilaterais que possam prejudicar a indústria nacional.
A medida de Trump, que elevou tarifas sobre exportações brasileiras em setores estratégicos, é vista pelo governo como um desafio diplomático que precisa ser tratado com prudência e firmeza política. Lula reiterou que o Brasil buscará condições justas de comércio internacional, priorizando o fortalecimento das exportações e a valorização da produção nacional.
O encontro entre os dois líderes, previsto para os próximos dias, deve definir os rumos da relação econômica bilateral. De acordo com o Palácio do Planalto, a expectativa é que a reunião aproxime as posições e crie um ambiente propício para um acordo comercial mais equilibrado.
A postura de Lula reforça a imagem de um governo disposto ao diálogo, mas atento à defesa dos interesses brasileiros, sobretudo em temas ligados à competitividade, à indústria e à soberania econômica.
Política
Haddad prefere “ser gastador” a “caloteiro”, diz ministro da Fazenda
Em tom firme, Fernando Haddad defende o pagamento de precatórios e reafirma compromisso com a responsabilidade fiscal

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a defender nesta sexta-feira que o governo federal deve manter o pagamento regular dos precatórios, reforçando a importância de preservar a credibilidade financeira do país. Em suas palavras, ele afirmou que prefere “ter a pecha de ter gastado mais do que a de caloteiro”, deixando claro que a prioridade é honrar as dívidas judiciais da União.
Durante o discurso, Haddad criticou a ideia de adiar ou suspender pagamentos de precatórios, classificando tal prática como ilegal, inconstitucional e irracional. Para ele, a postergação desses valores não apenas compromete o equilíbrio fiscal, mas também afeta cidadãos e empresas que aguardam há anos por decisões judiciais transitadas em julgado.
O ministro enfatizou que o governo federal tem condições de cumprir suas obrigações sem recorrer a manobras contábeis. “A União tem capacidade de financiamento e deve dar o exemplo”, disse Haddad, destacando que a credibilidade econômica é construída com previsibilidade e respeito às regras.
A fala ocorre em meio às discussões sobre novas normas de controle de gastos públicos e revisão das regras fiscais. Haddad reforçou que o equilíbrio das contas públicas não deve vir à custa de descumprimentos judiciais, mas por meio de gestão responsável e planejamento de longo prazo.
O posicionamento do ministro foi visto como uma tentativa de consolidar uma imagem de responsabilidade e transparência diante de um cenário de incertezas fiscais. Com a declaração, Haddad sinaliza que o governo busca manter o compromisso com a estabilidade econômica, ainda que enfrente críticas por ampliar despesas em algumas áreas.
Política
Lula afirma que ‘traficantes são vítimas dos usuários’ ao criticar política de Trump
Em entrevista na Indonésia, presidente brasileiro responsabiliza usuários de drogas e questiona abordagem militar dos EUA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva provocou repercussão internacional ao afirmar, durante uma visita à Indonésia, que traficantes “são vítimas dos usuários também”, em uma crítica direta à política de combate ao narcotráfico conduzida pelo governo Donald Trump. Em suas declarações, Lula defendeu que o foco do enfrentamento à droga deve ir além dos fornecedores e abranger a demanda dos consumidores.
Durante a entrevista, o presidente brasileiro apontou que a abordagem militarizada dos EUA, com operações de ataque a rotas de drogas na América Latina, corre o risco de tratar o tráfico como um simples tema de segurança externa, ignorando fatores sociais internos. Ele argumentou que a causa do problema está na demanda por entorpecentes, o que torna os traficantes parte de um sistema impulsionado pelos usuários.
“Os usuários criam o mercado”, afirmou Lula, “os traficantes são vítimas dos usuários também”. A declaração representa uma linha de discurso mais humanitária e centrada em prevenção e política de saúde pública do que na repressão pura. Essa visão contrasta com a retórica de endurecimento defendida por Trump, que defende uso da força e expansão de operações no Caribe e América Latina como estratégia central.
A fala do presidente brasileiro foi interpretada como um posicionamento estratégico de diplomacia comparada, uma vez que Lula aproveitou o cenário para sugerir maior protagonismo de países de renda média no tema das drogas e questionar medidas unilaterais de segurança impostas por grandes potências.
Apesar de não detalhar planos específicos de política pública, o pronunciamento reacende o debate sobre reforma das leis de drogas, investimento em saúde mental e programas de reabilitação, e coloca o Brasil numa rota de menor alinhamento com os EUA no tema.
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