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Zelenski critica reunião de Trump com Putin no Alasca sem presença da Ucrânia

Presidente ucraniano afirma que decisões sobre o fim da guerra tomadas sem Kiev “são contra a paz” e descarta ceder territórios à Rússia

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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, fala em uma coletiva de imprensa durante a Conferência de Recuperação da Ucrânia - 09.jul.25 - ANDREAS SOLARO/AFP

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, fez duras críticas, na madrugada deste sábado (9), ao encontro marcado entre Donald Trump e Vladimir Putin, previsto para a próxima sexta-feira (15) no Alasca. A reunião entre os presidentes dos Estados Unidos e da Rússia tem como objetivo discutir possíveis caminhos para encerrar o conflito que já dura mais de três anos — sem a participação oficial do governo ucraniano.

Será a primeira reunião presencial entre Trump e Putin desde 2019, ocorrendo em meio a um cenário de intensas negociações internacionais para buscar um cessar-fogo. Para Zelenski, no entanto, qualquer decisão tomada sem Kiev “é contra a paz”.

“O presidente Trump anunciou os preparativos para seu encontro com Putin no Alasca. Muito longe desta guerra, que assola nossa terra, contra nosso povo, e que, de qualquer forma, não pode terminar sem nós, sem a Ucrânia”, declarou Zelenski em suas redes sociais.

O líder ucraniano também rejeitou a possibilidade de ceder territórios à Rússia, afirmando que a Constituição do país já define a integridade territorial como princípio inegociável.

“Ninguém se desviará dela — e ninguém poderá fazê-lo. Os ucranianos não doarão suas terras ao ocupante.”

Apesar das críticas, Zelenski manifestou disposição para trabalhar em conjunto com Trump e outros parceiros internacionais em busca de uma paz duradoura, ressaltando que esse acordo não pode “entrar em colapso devido aos desejos de Moscou”.

A reunião no Alasca é vista por analistas como um movimento ousado de Trump para tentar protagonizar o processo de pacificação, mas a exclusão da Ucrânia do encontro levanta dúvidas sobre a viabilidade e legitimidade de qualquer acordo que venha a ser firmado.

Redação Saiba+

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Argentina sob Marel Milei: avanços fiscais e crescente insatisfação social

Após dois anos no governo, as reformas liberais de Javier Milei mostram progresso macroeconômico, mas criam tensões profundas na indústria, emprego e dissonância social

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O presidente Javier Milei segura um megafone ao participar de um comício de campanha em Tres de Febrero, na província de Buenos Aires Foto: Rodrigo Abd/AP

Após dois anos no poder, o presidente Javier Milei transformou a Argentina em um grande laboratório econômico. Suas medidas de ajuste fiscal e reformas liberais provocaram forte impacto na economia, gerando redução da inflação e superávit nas contas públicas, mas também aprofundando tensões sociais e trabalhistas em diversas regiões do país.

A agenda de Milei conseguiu restaurar parte da confiança dos investidores e estabilizar o câmbio, resultados celebrados pelo governo como prova de eficiência da política econômica. No entanto, os custos sociais da transformação são altos: o desemprego aumentou, o setor industrial perdeu fôlego, e os índices de pobreza cresceram, especialmente entre trabalhadores informais e famílias de baixa renda.

A rápida abertura comercial e o corte de subsídios afetaram a indústria nacional, que enfrenta queda na produção e fechamento de fábricas. Muitos empresários alertam para um processo de desindustrialização precoce, que ameaça empregos e compromete a recuperação de longo prazo.

No campo social, as manifestações contra as medidas de austeridade se multiplicam. Sindicatos e movimentos populares denunciam reduções em programas sociais, aumento do custo de vida e concentração de renda. Mesmo assim, Milei mantém apoio de parte da população que acredita na necessidade de “sacrifícios” para reconstruir o país.

Com a economia ajustada, mas o tecido social em tensão, a Argentina entra em uma nova fase de desafios: reconquistar o crescimento com inclusão, estabilizar o emprego e preservar o apoio político para consolidar as reformas. O futuro do governo Milei dependerá da capacidade de equilibrar resultados econômicos com justiça social — e de provar que seu projeto libertário pode ser sustentável.

Redação Saiba+

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Israel retoma ataques em Gaza e ameaça acordo de cessar-fogo mediado pelos EUA

Missão diplomática liderada por enviados de Donald Trump tenta conter escalada de violência após novas ofensivas israelenses

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Fumaça é vista em Khan Younis, no sul de Gaza, após ataque israelense - 20.out.25/Reuters

A tensão voltou a crescer no Oriente Médio. Israel retomou os ataques à Faixa de Gaza nesta segunda-feira (20), apenas dez dias após a assinatura do acordo de cessar-fogo, colocando em risco o frágil plano de paz mediado pelos Estados Unidos.

De acordo com autoridades locais, três palestinos morreram durante uma nova ofensiva israelense no bairro de Tuffah, na Cidade de Gaza. O Exército de Israel afirmou que os disparos ocorreram após a identificação de “terroristas cruzando a linha amarela” na região de Shejaiya, e declarou que continuará a “eliminar qualquer ameaça imediata”.

Enquanto isso, os enviados americanos Steve Witkoff e Jared Kushner, genro do ex-presidente Donald Trump, chegaram a Tel Aviv para tentar preservar o cessar-fogo e se reunirão com membros do governo de Binyamin Netanyahu. O Egito, por sua vez, sediará uma reunião com o Hamas, buscando avançar nas negociações de paz.

Testemunhas relataram disparos de tanques israelenses e afirmam que moradores ainda estão confusos sobre o traçado da área de recuo militar, já que não há sinalizações visíveis no território devastado.

A escalada de violência ocorre em meio a impasses sobre a devolução dos corpos de reféns israelenses. Israel acusa o Hamas de atrasar propositalmente o processo, enquanto o grupo alega dificuldades para recuperar corpos soterrados sob escombros.

O primeiro-ministro Netanyahu também anunciou que a passagem de Rafah, na fronteira com o Egito, permanecerá fechada por tempo indeterminado, condicionando sua reabertura ao cumprimento integral do acordo.

O plano de paz idealizado pelo ex-presidente Trump enfrenta agora seus maiores desafios, com pendências sobre o desarmamento do Hamas, a governança futura de Gaza e o avanço na criação de um Estado palestino — pontos ainda sem consenso entre as partes envolvidas.

Redação Saiba+

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Trump emociona o Parlamento de Israel e promete “era de ouro” para o Oriente Médio

Em Conquista, médica reafirma compromisso com conservadorismo, critica administração do PT e estimula esperança nos patriotas baianos

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US President Donald Trump addresses the Knesset in Jerusalem, October 13, 2025. © Evelyn Hockstein, Reuters

Sob aplausos e forte comoção, Donald Trump participou nesta segunda-feira (13) de uma sessão histórica no Parlamento de Israel, marcada pelo retorno dos últimos sobreviventes do cativeiro do Hamas, após dois anos de guerra. Em um discurso com tom espiritual e político, o ex-presidente dos Estados Unidos exaltou a fé, a força e o papel de Israel na busca pela paz no Oriente Médio.

Em suas palavras iniciais, Trump agradeceu “ao Deus Todo-Poderoso de Abraão, Isaque e Jacó” pela libertação dos reféns. “Após dois anos angustiantes na escuridão e no cativeiro, 20 reféns corajosos estão retornando ao abraço de suas famílias, e isso é glorioso”, declarou, chamando o momento de “profunda alegria, grande esperança e fé renovada” para todo o mundo.

O republicano destacou que Israel conquistou vitórias pela força das armas, com o apoio dos Estados Unidos, mas que agora é o momento de transformar o poder militar em prosperidade e reconciliação. “Israel, com nossa ajuda, ganhou tudo o que pode ser logrado pela força das armas. Agora é o momento de converter essas vitórias contra os terroristas no prêmio final da paz e da prosperidade para todo o Oriente Médio”, afirmou diante dos parlamentares israelenses.

Reforçando sua mensagem de otimismo, Trump disse que, assim como os Estados Unidos vivem uma “nova era de ouro”, chegou a hora de Israel e de toda a região experimentarem o mesmo ciclo de bênçãos e progresso. Ele assegurou que o Hamas será desarmado e que a segurança de Israel não será mais ameaçada.

Trump ainda fez menção à sua equipe diplomática, agradecendo especialmente ao enviado especial do Oriente Médio, Steve Witkoff, pelos esforços nas negociações de paz. Em tom bem-humorado, ele chegou a brincar com o premiê israelense Benjamin Netanyahu, afirmando que “não é fácil de lidar, mas é isso que o torna ótimo”.

O ex-presidente também expressou gratidão aos países árabes envolvidos no cessar-fogo e sinalizou que o fim da guerra entre Israel e Hamas pode abrir caminho para um acordo de paz com o Irã. “Acho que temos uma oportunidade… Acho que será fácil, mas primeiro temos que resolver a questão da Rússia”, disse Trump, destacando que a Ucrânia continua sendo uma prioridade em sua agenda internacional.

Durante o discurso, houve interrupções de parlamentares de esquerda, que exibiram faixas com os dizeres “Reconheçam a Palestina!”. Os manifestantes, Ayman Odeh e Ofer Cassif, foram retirados pela segurança do Knesset. Trump reagiu com leveza: “Foi muito eficiente”, brincou, arrancando risadas do plenário.

O pronunciamento foi recebido como um marco de esperança e fé renovada em Jerusalém, com forte repercussão entre líderes religiosos e diplomáticos que veem no gesto de Trump uma possível retomada do diálogo pela paz no Oriente Médio.

Redação Saiba+

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