Mundo
Trump e Putin se encontram no Alasca para discutir guerra na Ucrânia
Donald Trump e Vladimir Putin em encontro em Helsinki em 2018 Foto: Brendan Smialowski/AFP

Nesta sexta-feira, 15, o mundo volta os olhos para o Alasca, onde Donald Trump e Vladimir Putin terão seu primeiro encontro presencial em seis anos — e a primeira visita do presidente russo aos Estados Unidos em uma década. A reunião acontece em meio à guerra na Ucrânia, que já ultrapassa três anos e atravessa um período de estagnação no campo de batalha.
De acordo com o governo americano, a conversa servirá mais para “ouvir Putin” do que para firmar um acordo imediato. Ainda assim, analistas não descartam a possibilidade de um cessar-fogo temporário, embora considerem improvável que um acordo de paz seja fechado nesta etapa.
Para Trump, o encontro pode ser uma oportunidade de redefinir as relações com a Rússia, retomando diálogos interrompidos desde 2022. O republicano já havia prometido, durante a campanha, encerrar o conflito em até 24 horas após assumir o cargo, afirmando que a invasão russa jamais teria ocorrido sob sua gestão.
O presidente ucraniano Volodmir Zelenski não participará da reunião, mas, nos últimos dias, intensificou contatos com líderes europeus e com o próprio Trump para garantir que a Ucrânia não seja excluída de futuras negociações. Entre suas demandas estão a recusa a ceder territórios e a busca por garantias de segurança e integração à Otan.
Atualmente, a Rússia controla cerca de 19% do território ucraniano, incluindo a Crimeia anexada ilegalmente desde 2014, além de partes de Luhansk, Donetsk, Kherson e Zaporizhzhia. Especialistas como Angelo Segrillo e Carlos Gustavo Poggio avaliam que a postura de Putin pode ter sido influenciada pela ameaça de novas sanções econômicas severas por parte dos EUA, o que também abre espaço para negociações.
Apesar do clima diplomático, há ceticismo. Enquanto Putin vê o conflito a longo prazo, Trump busca resultados rápidos que possam render dividendos políticos, inclusive de olho em um possível Prêmio Nobel da Paz. No campo de batalha, a Rússia avança lentamente, com apoio da Coreia do Norte, mas enfrenta perdas militares estimadas em até um milhão de soldados segundo fontes ocidentais.
O encontro no Alasca, portanto, representa um momento de alta tensão e expectativas incertas. Pode resultar em um passo histórico rumo a um cessar-fogo ou apenas reforçar a distância entre as potências — deixando a Ucrânia, mais uma vez, no centro de um jogo geopolítico de interesses cruzados.
Mundo
Milei obtém vitória legislativa crucial e fortalece rumo do governo argentino
Com cerca de 40% dos votos, o presidente Javier Milei e seu partido garantem base ampliada no Congresso e reforçam a agenda de reformas

O presidente Javier Milei alcançou uma vitória significativa nas eleições legislativas da Argentina, em que seu partido, La Libertad Avanza, obteve cerca de 40,8% dos votos, superando a oposição peronista e garantindo uma nova condição de poder no Parlamento.
Essa conquista representa um avanço estratégico para o governo, pois permite maior fôlego institucional para impulsionar sua agenda de reformas econômicas, além de reduzir a vulnerabilidade frente a vetos ou entraves parlamentares.
Mesmo sem alcançar absoluta maioria, o resultado dá ao presidente Milei maior credibilidade política e um mandato reforçado para atuar no Congresso. Analistas indicam que o desempenho eleitoral neutraliza o risco de estagnação político-legislativa e abre caminho para o endurecimento ou aceleração de propostas como reformas fiscais, privatizações e abertura de mercados.
A vitória também marca simbolicamente uma virada em relação à derrota sofrida recentemente na província de Buenos Aires, considerada tradicional bastião opositor, na qual Milei havia sido superado por mais de 10 pontos percentuais. Neste pleito, contudo, a base governista conseguiu recuperar terreno e consolidar sua atuação em províncias-chave e grandes centros eleitorais.
Para o mercado, o resultado é interpretado como sinal positivo de estabilidade política e possibilidade de maior previsibilidade nas decisões econômicas. Ao mesmo tempo, cresce a pressão sobre o governo para que traduza o triunfo em avanços concretos para a sociedade – sobretudo em meio a inflação alta, desemprego e insatisfação popular.
Em suma, o governo de Javier Milei sai das urnas com uma base legislativa reforçada, mas entra numa nova fase em que será exigido entregar resultados. A vitória amplia seu horizonte de atuação, mas também amplia as expectativas de governança e eficácia.
Mundo
Argentina sob Marel Milei: avanços fiscais e crescente insatisfação social
Após dois anos no governo, as reformas liberais de Javier Milei mostram progresso macroeconômico, mas criam tensões profundas na indústria, emprego e dissonância social

Após dois anos no poder, o presidente Javier Milei transformou a Argentina em um grande laboratório econômico. Suas medidas de ajuste fiscal e reformas liberais provocaram forte impacto na economia, gerando redução da inflação e superávit nas contas públicas, mas também aprofundando tensões sociais e trabalhistas em diversas regiões do país.
A agenda de Milei conseguiu restaurar parte da confiança dos investidores e estabilizar o câmbio, resultados celebrados pelo governo como prova de eficiência da política econômica. No entanto, os custos sociais da transformação são altos: o desemprego aumentou, o setor industrial perdeu fôlego, e os índices de pobreza cresceram, especialmente entre trabalhadores informais e famílias de baixa renda.
A rápida abertura comercial e o corte de subsídios afetaram a indústria nacional, que enfrenta queda na produção e fechamento de fábricas. Muitos empresários alertam para um processo de desindustrialização precoce, que ameaça empregos e compromete a recuperação de longo prazo.
No campo social, as manifestações contra as medidas de austeridade se multiplicam. Sindicatos e movimentos populares denunciam reduções em programas sociais, aumento do custo de vida e concentração de renda. Mesmo assim, Milei mantém apoio de parte da população que acredita na necessidade de “sacrifícios” para reconstruir o país.
Com a economia ajustada, mas o tecido social em tensão, a Argentina entra em uma nova fase de desafios: reconquistar o crescimento com inclusão, estabilizar o emprego e preservar o apoio político para consolidar as reformas. O futuro do governo Milei dependerá da capacidade de equilibrar resultados econômicos com justiça social — e de provar que seu projeto libertário pode ser sustentável.
Mundo
Israel retoma ataques em Gaza e ameaça acordo de cessar-fogo mediado pelos EUA
Missão diplomática liderada por enviados de Donald Trump tenta conter escalada de violência após novas ofensivas israelenses

A tensão voltou a crescer no Oriente Médio. Israel retomou os ataques à Faixa de Gaza nesta segunda-feira (20), apenas dez dias após a assinatura do acordo de cessar-fogo, colocando em risco o frágil plano de paz mediado pelos Estados Unidos.
De acordo com autoridades locais, três palestinos morreram durante uma nova ofensiva israelense no bairro de Tuffah, na Cidade de Gaza. O Exército de Israel afirmou que os disparos ocorreram após a identificação de “terroristas cruzando a linha amarela” na região de Shejaiya, e declarou que continuará a “eliminar qualquer ameaça imediata”.
Enquanto isso, os enviados americanos Steve Witkoff e Jared Kushner, genro do ex-presidente Donald Trump, chegaram a Tel Aviv para tentar preservar o cessar-fogo e se reunirão com membros do governo de Binyamin Netanyahu. O Egito, por sua vez, sediará uma reunião com o Hamas, buscando avançar nas negociações de paz.
Testemunhas relataram disparos de tanques israelenses e afirmam que moradores ainda estão confusos sobre o traçado da área de recuo militar, já que não há sinalizações visíveis no território devastado.
A escalada de violência ocorre em meio a impasses sobre a devolução dos corpos de reféns israelenses. Israel acusa o Hamas de atrasar propositalmente o processo, enquanto o grupo alega dificuldades para recuperar corpos soterrados sob escombros.
O primeiro-ministro Netanyahu também anunciou que a passagem de Rafah, na fronteira com o Egito, permanecerá fechada por tempo indeterminado, condicionando sua reabertura ao cumprimento integral do acordo.
O plano de paz idealizado pelo ex-presidente Trump enfrenta agora seus maiores desafios, com pendências sobre o desarmamento do Hamas, a governança futura de Gaza e o avanço na criação de um Estado palestino — pontos ainda sem consenso entre as partes envolvidas.
Brasil7 dias atrásAbsolvição dos réus da tragédia no Ninho do Urubu choca o país
Política5 dias atrásReajuste do IPTU em São Paulo aponta onde imposto pode subir até 30%
Bahia6 dias atrásBahia reforça protagonismo no saneamento durante a FENASAN 2025
Política6 dias atrásEstudantes da rede estadual da Bahia participam da 22ª Semana Nacional de Ciência & Tecnologia
Política7 dias atrásGoverno avalia afastar regra do arcabouço para ampliar gastos em ano eleitoral
Polícia1 dia atrás“20 Dias de Mistério”: BDM entra na mira da polícia por sequestro na Ilha de Itaparica
Política4 dias atrásLula afirma que ‘traficantes são vítimas dos usuários’ ao criticar política de Trump
Política2 dias atrásTrump questiona Luiz Inácio Lula da Silva sobre prisão e menciona “perseguição”














